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VOCÊ CONHECE SEU FORNECEDOR DE BOI MAGRO?

Qualificação dos fornecedores

Você conhece os fornecedores de boi magro da sua propriedade? Fizemos uma análise criteriosa para que sua compra seja a mais rentável possível. Veja só:

Os gráficos acima comparam 3 fornecedores diferentes de um mesmo cliente GA, que foram avaliados pela homogeneidade dos lotes e a consistência de suas entregas. Para melhor entendimento do gráfico, entenda que quanto mais ao centro e mais à direita do círculo, melhor é o cenário. E quanto mais distante do centro e mais à esquerda, ou seja, mais próximo da borda, pior será o cenário.

Para minimizar variações de sazonalidade, diferenças de dieta e clima, analisamos um cliente e seus fornecedores em um curto espaço de tempo. Veja abaixo as conclusões:

Fornecedor 1 – Animais menos lucrativos, dispersão dos animais entre média a grande. Muito arriscado adquirir animais desse fornecedor. Nesta situação, o comprador deve pagar menos pelos animais para que esse risco seja “aceitável”.

Fornecedor 2 – Foi responsável pelo lote mais lucrativo, entretanto a maioria dos currais apresentou lucro menor e maior variabilidade de animais dentro do lote. Infelizmente esse fornecedor não tem constância nas entregas. Neste caso ele entregou um lote muito bom, mas não consegue ter constância nesse padrão.

Fornecedor 3 – É o mais previsível e eficiente, mostrando que vale a pena pagar um pouco mais por esse animal, pois a capacidade de gerar lucro no futuro tende a ser melhor.

Estratégia de apartação

Conhecer os custos, avaliar o potencial dos animais, utilizar estratégias de compras e conhecer seus fornecedores são passos para sucesso no processo de originação, porém de nada adianta fazer tudo isso e não realizar uma boa apartação dos animais no momento de entrada do confinamento. Vamos entender como utilizar isso ao seu favor.

Quando avaliamos os animais sabemos que, em teoria, lotes homogêneos são mais rentáveis, pois o manejo é mais preciso e eficiente. Dessa forma, os animais tendem a responder de maneira padronizada qualquer alteração de manejo, clima, dieta (com exceção logicamente dos refugos e adoentados).

Então, qual a melhor maneira de formar lotes homogêneos? Muita atenção nos diferentes pesos dentro da sua propriedade. Entenda quais são:

Peso do contrato ou Peso Financeiro – obtido no momento da compra dos animais. Na maioria das vezes é pesado no “balanção” e somado ao frete e comissão.

Peso zootécnico ou Peso de manejo de entrada – obtido pela pesagem individual (balancinha) ou pesagem em lote (“balanção”) quando os animais são pesados todos juntos no próprio caminhão.

Peso de produção ou peso real + econômico – obtido diariamente através das balanças de pesagem voluntária dentro dos currais de engorda. Permite saber quanto o animal está ganhando de peso em resposta ao manejo e dieta.

O peso de contrato é útil para a parte financeira, pois totalizará outros custos de frete e comissão, além do custo exato do animal pago pelo seu peso. A prática mais recomendada e feita por 67,7% dos clientes GA, é utilizar a balancinha no manejo de entrada, obtendo o peso individual dos animais.

Ao avaliar a base em 50% dos contratos, houve uma diferença entre peso de contrato e peso zootécnico de 16kg por animal. Se considerarmos um confinamento de 100 dias, isso representa uma diferença negativa de 160g por dia por animal. E em outros 25% dos contratos a diferença foi superior a 40kg, o que representa uma perda de 400g/dia (100 dias confinados).

Sabendo que o custo do boi magro + nutrição são representativos no custo total, fica claro a importância de se obter o peso individual dos animais (peso zootécnico) no momento de entrada de confinamento e, assim, evitar essas perdas na nutrição.

“Utilizar a balancinha e obter o peso individual dos animais potencializa as decisões de apartação.” Marcelo Ribas (Diretor Executivo da Intergado)

Teste de homogeneidade

Outro ponto importante é avaliar o quanto a variação dos animais (na entrada) influencia outros parâmetros como quantidade de @ produzidas, eficiência biológica, GMD e lucratividade. Sabemos que existem outras variáveis ao longo do processo que irão impactar a resposta zootécnica, mas o alerta que fica ao produtor é para trabalhar bem o manejo do confinamento, manter a operação de forma eficiente para que não tenha problemas, caso exista essa variação do lote.

Homogeneidade de peso x carcaça x exigência x ponto de abate

No gráfico acima, podemos ver que o coeficiente de variação (trata-se de uma medida de distribuição das probabilidades) dos animais tende a diminuir conforme aumenta os dias de cocho. Esse processo é natural devido a padronização e resposta do lote ao confinamento. Além disso, o mercado frigorífico exige essa uniformização dos lotes por questões comerciais.

Avaliamos o ganho de peso de cerca de 10 mil animais, utilizando o sistema de balanças eletrônicas voluntárias da Intergado, onde o animal é pesado automaticamente enquanto está bebendo água.

Pudemos observar que:

Coeficiente de variação baixo (lote homogêneo com animais muito similares em peso)
– Maior uniformização do lote com menos dias de cocho (melhores bonificações do frigorífico);
– Maior assertividade da exigência nutricional.

Coeficiente de variação alto (indicando animais diferentes no mesmo lote temos):
– Maior variação no GPD. Cada animal terá sua exigência nutricional, seu ponto de acabamento e, consequentemente, ponto de abate em dias diferentes.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar do Circuito Pecuária de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Tecnologia pecuária: você conhece as últimas tendências do setor?

Tecnologia na pecuária
Fique por dentro dessas tendências de tecnologia pecuária e entenda porque algumas propriedades brasileiras se destacam no cenário mundial!

Não consegue ler agora o artigo “Tecnologia pecuária: você conhece as últimas tendências do setor”? Clique no play e ouça este post:

Até o ano de 2050, a produção de alimentos em todo o mundo terá a missão de sustentar 2,3 bilhões de pessoas a mais. O crescimento do setor deverá ser de 70%, priorizando a produtividade e o incremento de cerca de 120 milhões de hectares de novas áreas. Essa necessidade deve impulsionar a ampliação de investimentos na agricultura e na pecuária da ordem de 60% — boa parte voltada à capacidade de geração de proteína animal, que precisará crescer 200 milhões de toneladas. Neste cenário, seremos 9,2 bilhões de seres humanos no planeta e 72% dos países em desenvolvimento vão consumir carne — contra o índice de 58% aferido atualmente.

 

Esses dados apurados por uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul reforçam a importância de aplicar as últimas tendências de tecnologia pecuária nas fazendas brasileiras. A modernização tem sido responsável pela transformação, ainda que gradativa, deste segmento econômico — especialmente nos últimos 10 anos. O Brasil deixou o modelo praticado décadas atrás, de criar gado de forma extensiva por meio de grandes áreas de pastagens, e começou a intensificar a produção de proteína por meio dos sistemas de TIP (Terminação Intensiva a Pasto) e de confinamento com maior controle nutricional, além do GMD (Ganho Médio Diário), para escalar a produção e alcançar melhor qualidade.

 

Esses sistemas exigem acompanhamento e monitoramento constantes para garantir a alta produtividade alta e a boa lucratividade do plantel. Por isso é importante considerar a coleta, a leitura e a interpretação corretas dos diversos dados que interferem na quantidade de carne produzida a cada ciclo, o que só pode ser feito com eficiência se houver gestão da informação adequada.


Continue a leitura para saber quais são as últimas tendências de aplicação da tecnologia pecuária que vão fazer a sua fazenda produzir mais arrobas com menos custos.

 

Business Intelligence (BI): aplicação da tecnologia pecuária

 

O processo de coletar, organizar, compartilhar e analisar as informações procedentes de um monitoramento constante é chamado de inteligência de negócios — business intelligence, em inglês. Por meio dessa técnica é possível transformar a gestão de processos e otimizá-los para que o resultado seja o mais eficiente possível.

 

A estratégia é fazer uso de recursos que permitam resgatar o histórico de ações e comportamentos por meio de relatórios, gráficos, indicadores corretos e dados estatísticos que permitam tomar a decisão acertada para o negócio. Para fazer isso na pecuária, é imprescindível que o dono da fazenda utilize ferramentas de gestão da informação que permitam o processamento e análise de milhares de dados do seu negócio em tempo real. Integradas a equipamentos, elas apresentam um retrato claro do que acontece na propriedade — isso é ter as rédeas do negócio nas mãos.

 

Por meio de softwares robustos de BI focados nos indicadores da pecuária, é possível:

 

  • identificar os impactos do trato no confinamento;
  • medir os benefícios dos tipos de dieta fornecida ao rebanho;
  • acompanhar a evolução do gado ao longo de cada ciclo;
  • saber qual é  a rentabilidade de cada boi e lote na cria, recria e engorda com simulação dos melhores cenários para a fazenda;
  • diversos outros indicadores importantes para o produtor.

 

Pecuária moderna: de olho na tela

 

O controle dos plantéis já não pode mais ser feito de forma manual. Uma das tendências mais importantes da implantação da tecnologia pecuária é a digitalização de todos os dados e informações, mas não da forma como muitas empresas fazem.

 

Diferentemente da simples inserção manual de dados numa planilha eletrônica, a inovação nas propriedades passa pela utilização de notebooks, tablets, smartphones, chips e leitores de códigos de barra pelos operadores da fazenda. Isso torna a coleta de informações do campo mais precisa, facilitando a visualização na tela pelos gestores, que acompanham a evolução dos números a cada operação.

 

Os softwares mais modernos do mercado são híbridos, ou seja, funcionam online e offline permitindo a sincronização das informações coletadas no campo com o banco de dados no servidor ou na nuvem, automaticamente. Assim, os milhares de dados são processados mais rapidamente para que o Business Intelligence possa gerar relatórios e estatísticas que vão permitir a análise precisa e maior o controle de toda a operação – de ponta a ponta.

 

Mercado em expansão: previsão de aumento na demanda por carne impulsiona pecuária de corte

 

As altas taxas de crescimento da demanda mundial por proteína animal nos próximos anos trazem grandes oportunidades de negócios para pecuária brasileira, que hoje tem o segundo maior rebanho bovino do mundo conforme levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas para atender às expectativas do mercado em quantidade e qualidade, é preciso produzir cada vez mais arrobas em menos hectares. É importante, por exemplo, selecionar raças que ganhem peso mais rapidamente e consumam menos. Essa missão só pode ser alcançada com o uso de tecnologia reprodução, nas técnicas de manejo, na evolução do rebanho, no controle de sanidade, na rastreabilidade, na engorda e, principalmente, em como gerir e controlar todas essas informações.

 

Como em qualquer atividade de precisão, um desvio, por menor que seja, pode gerar prejuízos significativos. No caso da pecuária, diferenças ainda que pequenas no dia a dia podem custar milhares de toneladas de perda de produtividade ao final do ciclo.

 

Quanto antes o produtor absorver e dominar o uso da tecnologia produção, mais oportunidades de negócios conseguirá aproveitar agora e no futuro, garantindo o crescimento sustentável da fazenda nos âmbitos produtivo, ambiental e econômico.

Continue acompanhando as informações do nosso blog e saiba mais sobre como a tecnologia pecuária pode ajudar a transformar positivamente a sua propriedade e aumentar a lucratividade do seu negócio.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial e tecnologia pecuária como um todo, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
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  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

Software para pecuária de corte: quais as vantagens de usar uma solução completa

Software para pecuária de corte: quais as vantagens de usar uma solução completa
Software para pecuária de corte: conheça algumas vantagens de trabalhar com essa tecnologia na sua propriedade.

 

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A tendência de coletar mais informações e tomar decisões baseadas em análises de dados é uma realidade em diversos setores do mercado, e a tecnologia é a principal ferramenta que torna isso possível. Não investir em recursos desse tipo pode acabar custando mais para o negócio. Segundo a consultoria TNS Research, que pesquisou o investimento em TI em empresas de 11 países, quem adota inovações como sistemas de gestão, mobilidade, big data e computação tem crescimento até 53% maior do que quem não investe. No mercado da produção de proteína animal, a adoção de software para pecuária de corte é um bom exemplo de como a tecnologia pode otimizar todo o processo.

 

Uma plataforma integrada que organize e controle desde a reprodução dos animais até a previsão do ponto ótimo de abate oferece diversas vantagens aos produtores. Muitas das propriedades agropastoris ainda confia apenas em registros analógicos ou não integrados para controlar a produção. Isso reduz a confiabilidade das informações, que estão sujeitas à diversas falhas humanas.

 

Além disso, as propriedades rurais do Brasil costumam ter áreas extensas. É muito mais difícil localizar informações sobre processos que ocorrem em diferentes locais da fazenda sem o auxílio de um sistema centralizado. A tecnologia de um software para pecuária de corte pode resolver esses problemas e apresentar melhorias rapidamente no gerenciamento do negócio.

 

As vantagens de um software para pecuária de corte em diversas etapas da produção

 

A digitalização das propriedades rurais oferece mecanismos que possibilitam ao produtor visualizar em quais processos ocorrem desperdício de tempo, pessoas e insumos, por exemplo. Assim, é possível reduzir custos de produção e melhorar a margem de retorno do investimento. Reunimos neste artigo algumas das principais vantagens em levar a tecnologia para o lado de dentro da porteira da sua fazenda.

 

Acompanhamento detalhado de reprodução e cria

 

Considerado o negócio “menos rentável” da pecuária por ser mais longo e exigir muitos manejos, a cria vem ganhando destaque como base da cadeia produtiva. A alta no preço dos bezerros e a ausência de animais para engorda está impactando negativamente no fluxo da cadeia, o que faz da cria uma etapa estratégica para a produção de carne continuar crescendo e o Brasil ganhar mais espaço e competitividade no mercado internacional. A meta agora é a evolução do rebanho, o que só é possível com o domínio de técnica e tecnologia. Um sistema de gestão adequado permite controlar com precisão a quantidade de manejos de cada matriz na estação de monta e o tempo deles, além de monitorar indicadores como a taxa de concepção, de nascimento, de desmama e a mortalidade de bezerros. A partir desses dados, é possível quantificar a evolução do rebanho e gerar um histórico preciso de reprodução.

 

Além dos dados zootécnicos, um software completo de gestão possibilita o gerenciamento dos dados financeiros e do fluxo de caixa cujo controle torna a produção viável e é fundamental para alcançar uma margem sustentável de retorno do capital. Conhecendo os dados ideais para a reprodução eficiente, pode-se antecipar situações e tomar decisões que contornem os possíveis problemas do processo.

 

Melhoria do perfil nutricional do rebanho

 

A nutrição é um dos aspectos mais importantes para determinar a qualidade do rebanho e também para o planejamento financeiro da recria, engorda a pasto e do confinamento. É fundamental, por isso, considerar as demandas nutricionais de cada categoria e de cada período da curva de crescimento do animal, que impacta no estoque de suprimentos e na produção. Mas esses não são os únicos dados a serem monitorados.

 

Com o auxílio de um software para pecuária de corte, é possível definir uma meta para o ganho de peso diário e acompanhar o valor inicial, o projetado do dia e o final de cada animal diariamente em cada sistema produtivo. Monitora-se ainda a quantidade de alimentos ingeridos e desperdiçados. Os zootecnistas e agrônomos definem o planejamento nutricional e a curva de crescimento dos animais com base nesses critérios e acompanham diariamente e constantemente os dados apresentados pelo sistema.

 

Dessa forma, o produtor tem uma visão objetiva de todo o processo nutricional do rebanho e pode identificar gargalos operacionais que impactam na eficiência do fornecimento e influenciam no desempenho zootécnico, por exemplo.

 

Mais controle do rebanho e rastreamento dos animais

 

Um dos principais desafios dos pecuaristas é controlar exatamente o número de animais em áreas extensas de criação. Com o mapeamento oferecido por um bom software para pecuária de corte, é possível manter o controle sobre o inventário de animais por categoria, rebanho e local. As operações de manejo e movimentações do rebanho também podem ser acompanhadas.

 

Com a tecnologia de rastreabilidade, os bovinos são identificados e acompanhados individualmente. O sistema mantém um inventário de aplicações de vacinas e medicações, o histórico completo do manejo e das informações básicas do animal. Todos os registros são centralizados, precisos e mantidos em uma plataforma de fácil operação.

 

Além das vantagens citadas, o monitoramento tecnológico da fazenda e do rebanho pode otimizar o rendimento de diversas áreas da produção. O monitoramento constante e a tomada de decisões orientadas por dados está revolucionando a pecuária moderna e levando grandes empresários rurais ao crescimento.

Para acompanhar outras informações sobre a aplicação da tecnologia na pecuária moderna e conhecer a solução perfeita para aperfeiçoar a gestão da sua fazenda, leia o nosso blog e acesse o nosso site.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

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controle de gado de corte

Recria de bezerros: como manter uma boa gestão

Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
Recria de bezerros: aprenda, nesse post, como manter uma boa gestão na sua propriedade.

O processo de criação comercial do gado de corte é dividido em várias fases extremamente importantes, mas uma delas exerce maior influência sobre a rentabilidade final de cada animal em relação às demais: a recria de bezerros. Em muitos casos, essa etapa acaba sendo “esquecida” pelos produtores, que focam mais em outras atividades como a terminação, que está mais perto do lucro desejado pelo pecuarista. Considerando que a produção de carne é uma cadeia industrial cuja a matéria-prima principal de uma atividade é o produto final de outra, lembre-se: sem cria não há bezerros para a recria. Consequentemente, sem os garrotes da recria não há boi para engorda e terminação.

Poucos são os pecuaristas que atuam em todas as atividades da cadeia (da cria à terminação) e mesmo estes, muitas vezes, não têm o volume ideal de crias e garrotes para garantir um fluxo constante de abate que mantenha o caixa positivo. Como o foco da maioria dos pecuaristas está na terminação, o mercado para garrotes é estratégico e promissor. Independente do modelo de negócio, é fundamental ter o controle preciso dos custos e do lucro de cada etapa para conquistar e manter a saúde financeira da fazenda.

O ciclo da recria tem duração média de dois anos e é fundamental controlar os diferentes fatores que determinam o bom resultado dessa atividade, que é a mais longa da pecuária de corte. Fazer a gestão adequada da originação, do manejo da pastagem incluindo a adubação, da suplementação nutricional e do desempenho do animal exige cuidado na coleta dos dados e uma análise precisa dessas informações para evitar que pequenas perdas ao longo do processo se transforme em prejuízo no final do ciclo.

Nesta recria os animais desmamados são manejados para desenvolver musculatura e ossatura suficientes para reprodução ou engorda. No caso das fêmeas, que serão incorporadas ao rebanho como matrizes, o desenvolvimento tem como objetivo dar condições para que ela entre no período reprodutivo o mais cedo possível. Já no caso dos machos, o objetivo é obter estrutura corporal em que o crescimento físico se reduza e ocorra a deposição de carne e gordura na carcaça, dando um bom acabamento na fase de terminação.

Valorização da recria de bezerros

Apesar da importância e da interferência direta sobre a lucratividade do plantel, a recria costuma ser pouco valorizada e relegada a um segundo plano em muitas fazendas brasileiras. A atitude não é a adequada, nem pelo impacto nos lucros e nem pelo tempo que ela ocupa no processo, que chega a 40% do ciclo de produção. A recria atinge, em média, 27% do rebanho total (considerando produções com abate aos 24 meses).

Justamente pela quantidade expressiva de animais nesta etapa, é fundamental dedicar um bom tempo do planejamento pecuário a esta fase produtiva. A preocupação do produtor deve ser no sentido de que quanto mais tempo eles permanecem na propriedade, alongam o ciclo de produção e contribuem para a redução da eficiência e da rentabilidade da atividade.

Desafios da fase de recria de bezerros

No Brasil, muitas das fazendas fazem a recria dos animais a pasto. Nestes casos, o ganho de peso é diretamente influenciado pela produção da forragem. Essa produção, no entanto, é sazonal e o pecuarista terá que lidar com períodos de alto ganho de peso e baixo ganho de peso. Por exemplo:

  • no período das águas, há mais disponibilidade de forragem porque o ambiente apresenta maiores temperaturas, umidade, luminosidade. Isso significa que o ganho de peso será maior;
  • no período da seca, há menor disponibilidade de forragem, menor ganho e até perda de peso.

Situações como esta exigem a preparação e o planejamento constantes por parte dos produtores. É fundamental que eles adotem soluções modernas de gestão agropecuária para que obtenham todos os dados sobre o comportamento do rebanho, as interferências externas e as previsões de consumo de alimento e insumos veterinários. Por meio do acompanhamento digital oferecido pelos softwares de pecuária, é possível avaliar o comportamento do gado nas diferentes condições meteorológicas.

Como o período das chuvas começa entre os meses de setembro e outubro e se estende até março e abril, a alta produção de forragem proporciona o ganho ampliado de peso. Neste sentido, manter a curva de crescimento do animal constante é o grande desafio da fase de recria. O produtor tem que se preocupar e impedir a ocorrência do “efeito boi-sanfona”, que ganha peso na estação de águas e perde na seca. Animais com essa característica costumam ficar entre 4,5 e 5 anos na propriedade, consumindo insumos, mão-de-obra, alimentos dando gastos para oferecer retorno só dentro de meia década (isso, se ocorrer).

A solução para este tipo de situação é adotar a tecnologia para contornar fatores externos como a sazonalidade da produção de forragem. É possível fazer isso usando estratégias de suplementação que ajudarão a manter a curva de crescimento constante — o chamado “boi 777”.

Considere o seguinte exemplo:

  • um boi chega à desmama oito meses depois do nascimento, em plena estação das águas, com 210 quilos;
  • durante a fase de recria, que dura 12 meses, ele passa por dois períodos: uma seca e outra estação de chuvas;
  • para não perder peso na época do ano em que chove pouco, recebe suplementação proteica de 0,3% do peso vivo e atinge 282 quilos — aqui ele já pesa cerca de 9,5 arrobas;
  • com o passar do tempo e a volta da estação das águas, este boi volta a alimentar-se de pasto e chega à marca de 14 arrobas;
  • este animal será encaminhado à terminação, que durará os próximos quatro meses, pesando 21 arrobas e engordando 1,3 quilos por dia.

Observe que neste caso mesmo que o confinamento aconteça durante um segundo período de seca, o boi termina em menos tempo que um animal que não tenha passado por essa estratégia (em cerca de 2 anos) e apresenta resultados mais expressivos.

É fundamental que o produtor saiba que quanto menor a idade de abate, maior a rentabilidade do rebanho. A estratégia é reduzir a idade de abate, o que acontece quando se consegue diminuir a duração da fase de recria. Esta etapa pode variar entre 12 e 36 meses e ela é a única fase com tempo variável ao longo do ciclo produtivo. Daí a necessidade de dar a devida atenção à recria de bezerros.

Para saber mais sobre como manter a boa gestão da recria de bezerros, acesse o nosso site e leia o nosso blog, que trazem informações atualizadas para orientar os produtores sobre como aumentar a lucratividade do próprio negócio.


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controle de gado de corte

Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta

Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta
Na pecuária moderna, os gestores acompanham dados em tempo real e conseguem visualizar toda a rentabilidade do processo. Saiba mais nesse nosso artigo!

 

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Desde o começo dos anos 60 até hoje, o processo de produção de proteína animal passou por transformações extremamente importantes: além de mais que dobrar o tamanho do rebanho, a demanda interna cresceu, o mercado externo ganhou mais atenção e a relação de produção por hectare exigiu a transformação da atividade essencialmente extensiva em uma pecuária moderna e preocupada com a rentabilidade.

 

Além da mudança de pensamento, os pecuaristas brasileiros começaram a perceber na prática a importância de concentrar os esforços e investimentos na inovação e em sistemas dedicados à gestão agropecuária. O passar dos anos mostrou como é fundamental identificar dados, analisar informações e planejar ações de curto, médio e longo prazos, a fim de garantir que o plantel seja cada vez mais rentável e o negócio dê mais lucro por meio de produtos diferenciados e de altíssima qualidade. O resultado é comprovado por meio de estatísticas e estudos de especialistas: pecuaristas que implantam sistemas dedicados à gestão agropecuária conseguem produzir mais de 20 arrobas por hectare/ano, cerca de quatro vezes mais do que quem adota técnicas mais antigas de controle de pasto, alimentação e outros fatores. Essa diferença acontece porque as plataformas modernas interligam todas as áreas da fazenda, permitindo o monitoramento em tempo real dos cochos, da engorda dos animais, do manejo, e indicando o ponto ótimo para o abate.

 

Estudos recentes mostraram como as propriedades que utilizam softwares de gestão são mais produtivas que outras. Em média, essa diferença chega a 73% no aumento da produção com 20% menos gastos operacionais e 16% de economia nas despesas administrativas. O motivo dessa diferença positiva é simples: quando a inteligência da informação é aplicada a favor dos negócios, o caminho para o crescimento fica mais rápido e seguro.

 

Neste sentido é fundamental buscar uma solução completa que permita ao gestor a prática de uma pecuária moderna, mais precisa e minuciosamente planejada. Só essa estratégia poderá garantir um rendimento crescente na sua fazenda.

 

A importância está em todo o processo

 

Muitas fazendas do Brasil têm áreas significativamente grandes. Essa característica, que valoriza o negócio por um lado, também pode ser a responsável por interferir no bom andamento da produção, fazendo com que a gestão dê “um passo para a frente e outro para trás”. O problema não está no tamanho da fazenda ou do rebanho, mas na falta de controle preciso de cada processo e do seus impactos no resultado da fazenda. Isso acontece quando não há a aplicação correta de plataformas de gestão agropecuária completas para as necessidades da propriedade, assim como a ausência de um banco de dados e de análises eficientes sobre o comportamento do rebanho diante deste ou daquele processo aplicado.

 

Numa das maiores fazendas do Brasil, a Nova Piratininga (GO), os gestores precisaram intervir rapidamente quando assumiram o controle da propriedade. Apesar da dimensão da área e da quantidade de animais, os processos não estavam integrados e a desinformação impedia que a produção atingisse seu máximo potencial.

 

O gerente administrativo da propriedade, José Cláudio da Silva, dá como exemplo o que foi implementado diante desse quadro: “No primeiro ano, quando não tínhamos controle nem sabíamos qual era o gado que tinha na fazenda, focamos no controle de rebanho. Buscamos um sistema completo de gestão que permitiu fazer o inventário do gado, o que aconteceu paralelamente à formação das equipes e qualificação das pessoas”, afirmou.

 

Depois da escolha da empresa mais preparada para fornecer a tecnologia, os 205 mil hectares da propriedade passaram a ter os dados coletados e inseridos no sistema. Por meio da Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF), os gestores começaram a conhecer o rebanho e ter números claros sobre o ciclo reprodutivo. Hoje a empresa faz a cria com as raças Nelore e Angus a partir da plataforma completa de administração de fazendas.

 

— Ao longo dos últimos cinco anos, evoluímos e hoje, só na temporada 2017/2018, já entramos com 52 mil matrizes na estação de monta; fizemos ainda 68 mil protocolos de IATF e só pra ter uma ideia da diferença que isso faz no processo completo, tivemos cerca de 340 mil manejos. Quando olhamos o quadro geral, com as etapas de vacina, desmama e outros trabalhos, é que conseguimos ver que não há a menor possibilidade de se fazer isso só com as pessoas, por melhor que o time seja. A tecnologia é imprescindível para o agronegócio, sobretudo a pecuária moderna de corte — diz. Hoje a propriedade consegue trabalhar com 35 currais simultâneamente, com uma média de 4 lotes por dia em cada um desses currais.

 

Ecossistema opera melhor que soluções individuais

 

Tamanha demanda por informações de qualidade, processamento rápido e preciso de dados exige mais do que a simples implantação de um software de gestão agropecuária. Ainda que existam aplicativos que se propõem a coletar os dados da fazenda, valorizando pontualmente uma etapa ou outra do processo, somente uma plataforma mais ampla poderá ajudar o gestor de fazenda a ter uma visão de 360 graus do negócio e, principalmente, evoluir seu rebanho do ponto de vista quantitativo e qualitativo.

 

Um ecossistema completo voltado à gestão agropecuária implantado há menos de um ano em diversas fazendas modelo pelo Brasil comprova os benefícios de trabalhar com uma plataforma única. Nelas, os sistemas de cria, recria, engorda a pasto e TIP (Terminação Intensiva a Pasto) fornecem dados de processamento que permitem a gestão da informação de pelo menos 450 mil cabeças em IATF na estação de monta 17/18, 500 mil cabeças na recria, 325 mil cabeças na engorda a pasto e mais de 2,7 milhões de manejos operacionais no país.

 

— Esse sistema é como um sonho para o fazendeiro e o gestor agropecuário. Ele difere do que existe no mercado, porque as soluções que existem por aí não entregam o que precisamos de fato. É difícil até para que os próprios fornecedores entendam e entreguem o que quem trabalha com pecuária mais necessita — avalia o gerente da Nova Piratininga, José Cláudio da Silva.

 

A fazenda conta com a plataforma para:

 

  • coletar os dados no campo com precisão;
  • programar os eventos de manejo (periodicidade diária, semanal e mensal) com calendário de atividades por atividade, curral e por funcionário;
  • gerenciar a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e fazer o planejamento da estação de monta com evolução dos resultados para a próxima estação;
  • automatizar a fabricação e o fornecimento da nutrição ao animal;
  • planejar e realizar o controle sanitário;
  • ter o histórico completo de vida do animal incluindo movimentações, sanidade, nutrição, originação, destino;
  • fazer o inventário do gado obter consultoria na gestão da informação;
  • registrar o Kardex de cada animal com todo o seu histórico de custo desde nascimento até o abate;
  • controlar o estoque de insumos;
  • controlar o mapa do gado;
  • cruzar e analisar os dados estatisticamente.

 

Outro diferencial da plataforma é a facilidade de interpretação dos dados, que são apresentados em gráficos completos para agilizar a tomada de decisão pelo gestor. Ainda no exemplo da Nova Piratininga, a zootecnista responsável pelo planejamento de cria, recria e confinamento, Joyce Resende afirma que “o ecossistema mostra claramente cada operação, o que permite identificar os pontos de entrave e superá-los”. Essa praticidade é fundamental para o bom andamento da fazenda já que o universo de dados é imenso e sem um resumo visual da operação na rotina diária, “fica muito difícil trabalhar pelos resultados”.

 

Pecuária moderna viabiliza melhoria no controle do calendário sanitário

 

A preocupação com o correto controle da sanidade do rebanho é, além de uma exigência legal imprescindível, um fator importantíssimo para a obtenção de resultados extremamente positivos ao final do ciclo — e impactar positivamente o cliente ao entregar uma carne com garantia de qualidade.

 

Esta área recebe atenção especial dentro da propriedade da Nova Piratininga, e o Ecossistema que torna possível o exercício da pecuária moderna ajuda a operacionalizar o calendário sanitário.

 

Segundo o médico veterinário Elci Rincón, consultor especialista em sanidade e reprodução bovina, a plataforma permite controlar a vacinação e acompanhar a saúde dos animais, prevenindo doenças e as tratando da forma mais rápida possível.

 

— Só a tecnologia aplicada à nossa atividade é que poderia fornecer um diferencial que é muito importante para o meu trabalho: reunir um prontuário completo da saúde de cada boi. Consigo fazer isso por meio de um brinco individual que busca, num banco de dados, a informação completa sobre as doenças que ele já teve, se precisa de algum tratamento especial e até se devemos aplicar hormônios para induzir o cio. Tudo fica programado e além do arquivo, já obtemos a medicação e a dose corretas em cada caso.

 

Tais informações ajudam a escolher o ponto mais adequado para abater o animal, que não deve ser conduzido a esta etapa dentro do período de carência de um medicamento, por exemplo. “Sem a tecnologia, essa janela poderia não ser respeitada, ainda que involuntariamente, o que interferiria prejudicialmente na qualidade da carne”.

 

Por fim, o resultado desta preocupação e do monitoramento constante do plantel e da propriedade é a aplicação do business intelligence (BI), que é o que permite saber o melhor momento para vender, ajuda a identificar onde os custos da operação estão maiores, além de mostrar oportunidades para melhorar o fluxo de caixa.

Para acompanhar outras informações sobre a aplicação da tecnologia na pecuária moderna e conhecer a solução perfeita para aperfeiçoar a gestão da sua fazenda, leia o nosso blog e acesse o nosso site.

 


Se você se interessa por pecuária no Brasil, e demais tendências da pecuária moderna, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

Pecuária de precisão: 5 passos para obter os melhores resultados

pecuária de precisão

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Os mais de 50 anos da criação de animais com fins comerciais no Brasil moldaram uma atividade que hoje coloca o país no topo do ranking da produção mundial. Nas décadas mais recentes, a adoção de recursos tecnológicos e metodologias modernas permitiu elevar a atividade a um patamar classificado como pecuária de precisão. Essa maneira de trabalhar trouxe muitos benefícios, mas nem todos os produtores estão acostumados a encontrar termos como cloud computing, chips, software e hardware no meio rural.

O motivo do estranhamento é o fato de que muitos donos de fazendas ainda preferem controlar o andamento das rotinas administrativas da propriedade manualmente — o que para eles pode parecer mais confiável do que inserir informações em um computador, por exemplo. Para isso, lançam mão de planilhas de preenchimento manual, cadernos de anotações e outros recursos considerados ultrapassados pelos produtores de alto desempenho.

Ainda que pareçam mais confiáveis — muitos alegam ter dificuldades para confiar em informações virtuais —, esse método é mais sujeito a erros e não permite o acompanhamento em tempo real de grandes plantéis como acontece com as técnicas mais modernas existentes no mercado.

Continue a leitura e saiba por onde começar para modernizar a sua propriedade e aumentar significativamente a lucratividade da sua fazenda.

Passo 1: Confie na nuvem

 

A computação em nuvem — também chamada de cloud computing — é uma tecnologia em crescimento em praticamente todas as atividades econômicas do mundo. É ela que está por trás da chamada “onipresença” do mundo virtual, pois trata-se de um conjunto de computadores e sistemas que nunca param de trabalhar. É utilizada por bancos, companhias telefônicas, corretoras de investimentos e grandes indústrias para manter seus dados sempre acessíveis e seguros.

Com o uso da computação em nuvem, quaisquer informações podem ser armazenadas digitalmente e permanecerem sempre disponíveis. Os dados são mantidos em data centers, que são grandes parques com diversos computadores interligados, que atuam de forma redundante entre si. Isso impede que por um motivo qualquer alguma coisa se perca. Além disso, esses locais são monitorados à distância e in loco por amplos sistemas de segurança para evitar que incidentes comprometam as informações.

Passo 2: Meça tudo o que for possível

 

Independentemente do tamanho da propriedade, há diversos fatores que interagem uns com os outros e se alteram, minuto a minuto, refletindo diretamente no resultado final. Se um determinado animal está doente tende a se alimentar menos reduzindo assim o seu desempenho. Se o ganho de peso individual e do lote não é medido diariamente, não é possível mensurar a eficiência da dieta adotada e muito menos predizer o ponto ótimo de abate. Sem medir o consumo e as sobras de ração no cocho não é possível fazer a gestão adequada do estoque de insumos considerando a melhor oportunidade de preço para compra sem contar o impacto no processo de fabricação e distribuição no desempenho dos animais. Até dados que parecem irrelevantes quando somados podem causar uma diferença significativa de rentabilidade.

Para que a propriedade seja marcada pela pecuária de precisão que acontece ali, é fundamental ser extremamente detalhista na gestão e buscar medir absolutamente tudo o que acontece. Deslocamentos e movimentos dos animais, o quanto eles ingerem de água e alimento por dia, qual é a variação de peso com o passar do tempo, quais as diferenças entre grupos semelhantes e outros aspectos ainda mais específicos precisam ser acompanhados diariamente. Depois de coletados, eles podem ser analisados em relatórios periódicos que ajudarão o pecuarista a tomar as decisões acertadas para produzir cada vez mais e melhor.

Passo 3: Integre todas as áreas

 

O acompanhamento minucioso de uma fazenda torna-se mais difícil na mesma proporção em que ela cresce. Por outro lado, ninguém impedirá o aumento da produção porque não tem como verificar a evolução do negócio. Neste sentido, a adoção de ferramentas tecnológicas de alto nível é fundamental.

Hoje existem no mercado equipamentos de campo que contém sensores e interfaces de comunicação que permitem a coleta de dados em tempo real. E não é apenas a leitura feita por um funcionário: conectados à redes de computadores, eles podem emitir de forma ininterrupta detalhes sobre o quanto de alimento foi distribuído nos cochos, em quanto tempo foi consumido, qual o peso do animal antes e depois de comer, entre outras inúmeras variáveis da rotina agropecuária. A riqueza de informações contribui também para analisar quais os processos mais eficientes para a estrutura da fazenda e quais podem ser melhorados.

Passo 4: Invista em capacitação

 

A tradicional imagem do homem do campo de chapéu, andando à cavalo e com pouca instrução mas muito conhecimento prático tende a ser cada vez mais rara nas propriedades de alto rendimento. Ainda que muito do que eles sabem seja válido, é preciso atualizar os meios pelos quais a produção terá capacidade de crescer e a lucratividade, aumentar. O perfil deste profissional tem que ser cada vez mais analítico e familiarizado com dispositivos modernos.

Essas tecnologias tendem a permitir o controle completo da propriedade, a qualquer momento e em qualquer lugar, por meio de smartphones e tablets. Além disso, a quantidade de informação gerada a partir do processamento dos dados emitidos pelos equipamentos da fazenda é imensa, e a análise e interpretação delas será fundamental para definir os rumos de cada ciclo produtivo.

 

Passo 5: Use um software de gestão

 

Para unificar todas essas ações e permitir que elas gerem o resultado adequado, é fundamental mantê-las sob o controle criterioso de uma plataforma completa de gestão agropecuária. É ela quem permitirá organizar, ler, compreender e agir conforme as necessidades para garantir o funcionamento perfeito de toda a fazenda — desde a chegada do animal até a identificação do ponto ótimo de abate e a sua comercialização.

Esse tipo de recurso permite otimizar o controle das atividades, aumentando significativamente a eficiência de todos os setores da cadeia interna. É ele que vai indicar a lucratividade da fazenda, em quais aspectos é preciso investir mais e o que pode estar drenando o lucro de um negócio tão minucioso como a pecuária.

Continue acompanhando nosso blog para saber como aumentar a lucratividade da sua fazenda.

Pecuária de corte: como obter melhores resultados em poucos passos

Pecuária de corte
A pecuária de corte exige propriedades cada vez mais preparadas e tecnológicas. Veja algumas dicas para começar essa trajetória.

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O mais recente estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a alimentação no mundo revela: a produção de alimentos precisa aumentar em 50% até o ano de 2050. Ainda que pareça distante, este prazo exige preparação adequada e ações rápidas, visto que hoje cerca de 815 milhões dos 7 bilhões de habitantes do mundo não têm o que comer. Daqui a 32 anos, haverá dez bilhões de pessoas na Terra e a segurança alimentar é uma questão complexa demais para ser considerada uma estratégia de curto ou médio prazos. As soluções passam, invariavelmente, pela pecuária de corte de alta produtividade.

 

Para alcançar esse patamar diferenciado, aperfeiçoando ainda mais a gestão das fazendas com alta produtividade, evoluindo os processos em menos tempo e, principalmente, ocupando menos áreas, é fundamental implantar sistemas avançados que permitam a coleta, o monitoramento e a interpretação dos dados. Com o auxílio de técnicos e consultores de gestão da informação, o negócio estará preparado para crescer com rentabilidade a partir do aumento da demanda previsto para as próximas décadas.

 

Evidentemente que a tecnologia exige a adoção de novas rotinas e mudanças em uma série de procedimentos, inclusive na gestão de pessoas. E é justamente por isso que a implantação de avançados softwares de gestão ajuda a fazenda a evoluir com a simplificação e padronização dos processos bem como o seu controle e acompanhamento. Soluções completas permitem a gerir toda a operação dos sistemas de cria, recria, engorda a pasto, TIP e confinamento, monitorar resultados financeiros e operacionais por evento ou manejo, por ciclo, histórico de evolução do rebanho individualizado e por lote, entre outras funcionalidades. Assim, o empresário rural tem informação confiável para analisar sua propriedade e enxergar seu negócio além dos números.

 

Fatores fundamentais para o bom desempenho da pecuária de corte

 

Coleta e interpretação de índices zootécnicos

 

Muitos pecuaristas ainda resistem à uma tendência irreversível na pecuária de corte: a execução metódica de todos os registros zootécnicos da propriedade. Em muitos casos essa resistência está ligada ao desconhecimento da sua importância para o processo produtivo, e principalmente da compreensão do seu impacto nos custos e na rentabilidade do negócio. Em outros, os pecuaristas ainda não criaram a cultura da disciplina administrativa na fazenda, e acabam abrindo brechas para a imprecisão e a análise equivocada dos ciclos. No entanto, as duas formas de trabalho têm que ser aperfeiçoadas.

 

Esses dados coletados e analisados vão garantir a boa administração da fazenda e permitir o planejamento de médio e longo prazo do negócio, que além de sustentável financeiramente, torna-se escalável. Entre os que são referência em qualquer empreendimento pecuário estão:

 

  • taxa de prenhez;
  • taxa de natalidade;
  • período de serviço;
  • intervalo entre partos;
  • idade de entouramento das fêmeas;
  • idade ao primeiro parto;
  • taxa de desmama;
  • mortalidade média (1-2 anos, 2-3 anos, 3-4 anos, vacas);
  • idade de venda dos machos;
  • relação touro/vaca;
  • taxa de reposição;
  • taxa de descartes;
  • taxa de desfrute.

 

Além de computá-las, o gestor da fazenda precisa entender essas informações e compará-las aos seus respectivos valores de referência. Elas estão intimamente ligadas às metas da propriedade e a busca pelo atingimento é o que vai fomentar um projeto ideal de gestão da pecuária de corte.

Controle da evolução do rebanho

 

A quantidade de dados que uma fazenda gera diariamente é gigantesca. Mesmo que o plantel seja pequeno ou médio, são muitas as variáveis que, juntas, vão interferir diretamente no resultado final.

 

Considerando as diversas possibilidades de manejo, é possível controlar a evolução do rebanho levando em consideração o estoque inicial de vacas, touros, a quantidade de nascimentos e compras no ano, as mortes ocorridas, os índices que eram previstos e quanto efetivamente foi atingido e ainda planejar qual será o tamanho do plantel até o final do ciclo. Isso é fundamental para que o pecuarista preveja o rendimento dos insumos — como a oferta e disponibilidade de pasto, por exemplo — para que não sofra com reveses imprevisíveis.

 

Tecnologia para medição e obtenção de resultados

 

Logicamente o monitoramento constante de uma série de critérios — como os apresentados neste texto — e inúmeros outros compõem a rotina administrativa de uma fazenda de pecuária de corte requer um sistema robusto para que nada se perca. A adoção de ferramentas tecnológicas de alto nível é fundamental.

Hoje existem no mercado equipamentos de campo que contém sensores e interfaces de comunicação que permitem a coleta de dados em tempo real. E não é apenas a leitura feita por um funcionário: conectados à redes de computadores, eles podem emitir de forma ininterrupta detalhes sobre o quanto de alimento foi distribuído nos cochos, em quanto tempo foi consumido, qual o peso do animal antes e depois de comer, entre outras inúmeras variáveis da rotina agropecuária. A riqueza de informações contribui também para analisar quais os processos mais eficientes para a estrutura da fazenda e quais podem ser melhorados.

 

Mas mais do que equipamentos, a tecnologia e a computação em nuvem permitiram o surgimento de plataformas completas de gestão de fazendas. Entre os diferenciais delas estão a possibilidade de controlar, de olho na tela, o andamento da propriedade em tempo real e automatizar as rotinas operacionais e administrativas.

 

Com base em protocolos avançados, business intelligence e consultoria de especialistas, é possível atingir o nível máximo no controle do negócio, garantindo que tudo o que foi planejado, de fato, se converteu em resultados.

Para conhecer mais sobre as soluções e obter outras informações sobre a gestão de fazendas e pecuária de corte, acesse nosso site e leia o nosso blog.

 


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controle de gado de corte

Os erros mais comuns no confinamento de boi

Quais erros você deve evitar no confinamento de boi?

O ano de 2018 foi bastante desafiador para a pecuária de corte brasileira. A expectativa dos produtores era que após a crise econômica registrada nos últimos anos, o poder de compra dos consumidores fosse restabelecido e os lucros aumentassem, mas o relatório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) elaborado em conjunto com a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) mostra que a valorização da arroba ficou abaixo da inflação mesmo com as exportações aquecidas. No campo, a maior oferta de fêmeas para abate por conta da virada do ciclo pecuário favoreceu uma negociação maior por parte dos frigoríficos, levando à diminuição dos preços. E agora, para o segundo trimestre de 2019, a gestão do confinamento de boi deve ser feita de forma a minimizar erros e aumentar o bom desempenho dos plantéis nas propriedades.

 

O momento é de revisão de práticas que foram implementadas no ano passado — ou vêm sendo executadas há algum tempo — mas não resultaram em bons números nem aumento de produtividade e lucro. Essas práticas geram impactos em importantes métricas de resultados que orientam a gestão da propriedade agropecuária. Medir e controlar cada um dos processos evitando pequenos erros que, apesar de comuns geram prejuízos, traz a possibilidade de redução de custos e ganhos mais expressivos até o final do ciclo no curto e médio prazos.

 

Muitos pecuaristas já sabem que para controlar a produção intensiva onde tempo é literalmente dinheiro, é preciso ter acesso rápido e atualizado dos números de todos os processos, custos, estoque de insumos, etc. São muitos dados gerados num curto espaço de tempo e que precisam ser analisados com precisão e agilidade para que as decisões tomadas sejam as mais corretas para o negócio. Fazer isso sem um sistema de gestão é humanamente impossível e tomar decisões sem as informações adequadas traz grandes riscos para o negócio. A melhor maneira de analisar o desempenho do seu negócio de confinamento de boi é por meio da implantação e uso de avançadas plataformas de coleta e análise de dados. São elas que permitem aferir as áreas do confinamento que estão entregando melhor resultado e as que precisam de atenção além de monitorar como cada animal se comporta em relação aos procedimentos adotados.

 

Pensando nesse processo de acompanhamento constante e na importância dele para o avanço do negócio, nossos especialistas desenvolveram este e-book que reúne os erros mais comuns na gestão do confinamento de boi. Eles apresentam algumas das práticas equivocadas que ocorrem com maior frequência nos confinamentos brasileiros e dá dicas sobre o melhor caminho para evitá-las. Seguindo as sugestões dos profissionais da Gestão Agropecuária e implementando uma solução digital para gestão da sua produção você vai reduzir os riscos de prejuízos e terá mais chances de aumentar a lucratividade.

 

Clique aqui agora e saiba quais práticas devem ser evitadas para impedir que a produtividade da sua fazenda caia.

 

Alimentação e sanidade no confinamento de boi

Essas duas áreas de cuidados são as duas mais importantes dentro de qualquer fazenda do Brasil. Se os animais não comerem da forma correta e não houver um sistema de proteção biológico válido e eficaz, a engorda não vai acontecer e o resultado será um ganho de carcaça inexpressivo. Os lucros, obviamente, vão cair bastante.

 

Logicamente a maior parte dos gestores pecuários sabe da importância desses dois processos e os elencam como aqueles sobre os quais eles e seus times depositam mais atenção. Isso é quase uma unanimidade, mas se as boas práticas fossem tão frequentes assim, não haveria fazendas com problemas relacionados a essas duas áreas. Veja o caso da ração, por exemplo: é um dos insumos que mais interfere no resultado produtivo da fazenda e qualquer alteração, por mínima que seja, pode impactar de forma perceptível no final do ciclo.

 

A falha aqui costuma envolver o não cumprimento adequado do plano nutricional criado pelo nutricionista. Sem o controle diário e detalhado por tipo de dieta e formulação que foi fabricado e do que foi realmente distribuído no cocho não é possível garantir a entrega de energia necessária para a engorda dos animais. Sem esse acompanhamento, pequenos desvios entre o volume fabricado e o distribuído se tornam rotina e, o pior, aumentam com o passar do tempo causando grandes prejuízos financeiros. Em alguns casos, a quantidade de ração fabricada não corresponde ao que foi fornecido no cocho — e essa divergência entre os números só pode ser aferida com precisão se houver uma plataforma completa que gerencie a fábrica de ração e o fornecimento do trato no confinamento de boi. Quando as anotações são feitas manualmente num caderno ou numa planilha, os arredondamentos costumam acontecer e prejudicar a leitura fiel do quadro.

 

Um dos principais indícios de que há algo que precisa ser revisto são os dados “100% perfeitos”, como diz o gerente comercial da Gestão Agropecuária, Newton Filho: “eles podem mascarar uma série de problemas e no curto e médio prazos, minar a lucratividade do seu negócio”.

 

Da mesma forma, a utilização inadequada de medicamentos e vacinas com a desculpa de que é mais barato economizar em remédios e na aplicação dos mesmos pode, aos poucos, piorar a qualidade da carne obtida ao final do ciclo. As vacinas devem ter um calendário de aplicação bem definido e é fundamental segui-lo à risca. Caso contrário, um único animal que sofra de alguma doença pode contaminar todo o lote.

 

Coleta de dados com precisão: o caminho para os bons resultados do confinamento de boi

 

Para que todo o confinamento da propriedade seja acompanhado da forma mais precisa possível, é imprescindível que o gestor agropecuário considere a importância da adoção de plataformas de tecnologia e a encare como uma aliada no negócio. A época de que a lucratividade do negócio viria do tamanho do rebanho e não da qualidade dele deixou de existir, e para atender às necessidades do mercado, será preciso inovar.

 

Para o CEO da Gestão Agropecuária, Paulo Dias, a falta de planejamento é o principal gargalo que impede que os resultados do negócio sejam muito mais expressivos.

 

— A fazenda de confinamento é, cada vez mais, uma entidade holística. Todos os setores precisam trocar informações, acompanhar o que as etapas pregressas e posteriores estão fazendo e compreender a importância do trabalho que está sendo feito em outras unidades visando o resultado final. Não dá mais para manter os dados segmentados.

 

Para conhecer mais sobre os processos mais eficazes na gestão do confinamento de boi, clique no link abaixo agora e leia o nosso e-book gratuito sobre os erros mais comuns no confinamento de boi.

 

confinamento de boi

O impacto da sanidade animal na produtividade

A sanidade animal é um dos fatores que afetam a produtividade em confinamento de bovinos. Para entender melhor esse impacto, utilizamos a base de clientes da GA para fazer algumas análises mais aprofundadas. Veja só:

 Relação do desempenho com a sanidade

Avaliamos 2 milhões de animais, considerando as doenças versus desempenho do animal, constatamos uma taxa de mortalidade de 0,35%.

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Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Da base analisada, cerca de 2,94% dos animais foram medicados pelas seguintes causas: refugo de cocho (29,52%), pneumonia (23,54%), outros (22,05%), problemas de casco (20,42%) e fraqueza (4,47%). Foram classificadas na categoria “Outros” as doenças com menos de 3% de ocorrência como cólica, bicheira, ferimentos, fratura, desnutrição, diarreia, entre outras. 

Ressaltamos a importância de capacitar os responsáveis pela ronda sanitária e pelo cadastro das doenças no sistema, para que identifiquem e registrem as doenças de forma correta e padronizada, evitando nomes aleatórios, erros de digitação e outros que comprometam a análise dos dados que, por sua vez, dificultam o bom planejamento do controle de sanidade. 

Conforme podemos ver nos gráficos abaixo, a forma do registro de ocorrências relacionadas à sanidade é um dos fatores que demonstram o grau de maturidade de gestão das fazendas.

Alta maturidade

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Baixa maturidade

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Quando comparamos fazendas com alta e baixa maturidade de gestão, percebemos diferenças entre os motivos de morte registrados. A diferença está na capacidade de diagnóstico das razões de morte (necropsia). Nas fazendas de alta maturidade há treinamento da ronda sanitária junto ao consultor de sanidade, identificação correta das doenças, prescrição de tratamentos mais efetivos e todos esses processos permitem controlar melhor as doenças minimizando perdas de desempenho e perdas do ativo (boi) por morte.

A pneumonia é uma das doenças mais comuns em animais confinados e de grande importância devido à alta contaminação do rebanho, por isso tem gerado um prejuízo na ordem de R$18 milhões/ano para a pecuária nacional *. E embora não impacte fortemente o ganho de peso, é a principal causa de morte em confinamentos.

* Análise realizada a partir do índice de pneumonia registrado na base de dados da GA (2 milhões de animais / 5 últimos anos) associando custos de tratamento e morbidade.

Outro fator relevante é que 75% das doenças acontecem nos primeiros 30 dias de confinamento, conforme mostra o gráfico abaixo:

 Doença x Desempenho x Dias de cocho

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Nota-se que para todas as doenças listadas, há impacto maior durante o primeiro mês (30 dias), indicando que é um período que requer maior atenção, em especial dos responsáveis pela ronda sanitária. 

O impacto da doença no desempenho animal 

No gráfico abaixo, conseguimos ver o impacto no ganho médio diário após tratamento para os principais problemas de sanidade encontrados. 

Doença x GMD

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Obs.: Sem tratamento indica animais considerados saudáveis.

A pneumonia é a principal causa de mortalidade em confinamentos, porém não é a doença que mais afeta o ganho de peso diário. Para animais saudáveis (sem tratamento), o desempenho foi de 1,42 kg/dia em média. Quando tratados para pneumonia (1,37kg/dia), problemas de casco (1,26kg/dia), outros motivos (1,16 kg/dia), refugo de cocho (1,06 kg/dia) e fraqueza (1,01 kg/dia).

No geral, um animal doente perde 210 g/dia e, considerando 100 dias de cocho, representaria um prejuízo de R$231,00 por cabeça.

 Impacto da doença no desempenho

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Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Ressaltamos a importância de se atentar aos fornecedores, realizar os protocolos sanitários, manter a ronda sanitária com rigidez, em especial nos primeiros 30 dias, a fim de minimizar as perdas e mortalidade de animais.

 Onde mora o risco?

Controle de sanidade de acordo com perfil clínico

Utilizando os dados de uma propriedade com sistemas de balanças eletrônicas da Intergado, avaliamos animais com problemas de casco em diferentes níveis (leve, moderado e grave). O peso vivo (PV) dos animais foi observado no período de 30 dias antes e 30 dias após o tratamento. O dia zero é o dia em que foi feito o tratamento.

Perda produtividade x Perfil clínico

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Consideramos período improdutivo quando o animal está perdendo ou deixando de ganhar peso até o momento em que ele retorne ao seu desempenho anterior. Esses dias geram um custo, pois são diárias gastas para recuperar o peso que já havia sido atingido pelo animal anteriormente. No animal acometido de forma mais grave pela doença, no período de 30 dias, houve uma perda de desempenho de 3,19 dias.

Quanto mais rápido o animal for diagnosticado e tratado, melhor a resposta ao tratamento e menor o impacto dos dias improdutivos no custo da operação. Para isso, é fundamental a ronda estar treinada para identificar as doenças precocemente e evitar que evoluam para o seu estágio mais grave. A dificuldade do diagnóstico precoce é que muitas doenças são difíceis de identificar a “olho nu” e muitos animais só demonstram os sintomas quando estão em estado mais grave.

Contudo, um sintoma comum é a perda de desempenho identificada pela desaceleração do ganho diário ou da perda de peso, e isso só é possível identificar com a medição diária do peso real do animal. Dessa forma, é possível identificar animais subclínicos e atuar de forma mais assertiva e rápida.

No caso analisado no gráfico abaixo, alguns animais apresentaram perda de desempenho e não tinham sido diagnosticados e nem medicados. Em um rebanho monitorado pela Intergado através das balanças de pesagem automática, a média do ganho de peso dos animais sadios foi de 1,83kg/dia. 

Animais classificados como subclínicos, não foram diagnosticados pela ronda sanitária e tiveram produtividade de 1,63kg/dia, ou seja, 200g a menos do que o rebanho saudável. Já os animais clínicos, que foram identificados e tratados, tiveram desempenho de 1,58kg/dia, ou seja, 250g a menos que os saudáveis.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Ao longo de 100 dias de cocho, o animal subclínico deixou de entregar R$220,00 e o animal clínico, R$275,00, conforme gráfico abaixo.

Impacto financeiro por perfil clínico

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Para cada animal tratado, estima-se que outros 5 animais não foram diagnosticados pela ronda. Fica a mensagem que ter equipamentos que acompanhem o desempenho do animal diariamente contribui para melhoria do processo produtivo.

Analisamos mais profundamente o caso de um animal subclínico, que foi alertado pelos sistemas da Intergado, mas não foi tratado. Veja no gráfico abaixo

Dias improdutivos por doença

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Antes de adoecer, esse animal estava com peso vivo de 430kg e apresentando bom desempenho. Quando começou a perder peso, a ronda confirmou como normal mesmo sendo alertado pelo sistema de pesagem da Intergado. Chegou ao peso de 410kg aproximadamente e mesmo sem tratamento, seu sistema imune combateu o problema sanitário não identificado (“auto cura”) e retomou o ganho de peso de forma mais lenta levando 40 dias para voltar ao peso do seu pico anterior. 

Ou seja, tivemos 40 dias improdutivos, onde o alimento fornecido não foi convertido em @ produzidas nem acabamento de carcaça, pois o animal estava usando essa “energia” para se recuperar da doença enquanto perdia peso. Esse cenário representou um prejuízo de R$520,00. É importante ressaltar que esse custo é muito acima de qualquer tratamento que deveria ter sido feito.

Retorno do investimento

Analisando o impacto gerado pelo risco de perdas relacionadas somente aos processos que envolvem a nutrição e o controle de sanidade, ou seja, colocando na “ponta do lápis” é fácil perceber como o investimento em tecnologia e capacitação de equipe é viável e de rápido retorno mesmo em negócios de pequeno porte.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Para entender melhor o impacto dessas variáveis no seu negócio, CLIQUE AQUI e faça uma simulação de cenários com um dos nossos consultores técnicos.

Concluímos com estas análises que para aumentar a produtividade é fundamental fazer a gestão precisa da sanidade e, embora não represente tanto na parte financeira, é essencial reduzir custos principalmente em anos desafiadores quanto à margem. 

Dentre algumas dicas, recomendamos realizar a pesagem diária e automática do animal e a partir disso, estabelecer alertas sanitários, sempre acompanhando os dados de eficiência da ronda sanitária, que são cruciais para melhoria do processo.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar da nossa Trilha de Conhecimento.

Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Produção do conteúdo:

Kelly Alves (Diretora de Marketing da GA)

Milena Marzocchi (Zootecnista e Analista de negócios da GA)
Jade Medeiros (Redatora)

Análises:

Vinícius Félix (Mestre em bioestatística e Diretor de P&D da GA)

Luigi Cavalcanti (Doutor em zootecnia e head de P&D da Intergado)

+ Time de estatísticos e cientistas de dados (GA e Intergado)

O bom resultado vem da origem

Todo produtor deveria conhecer todos os custos envolvidos no seu negócio, pois quando falamos de sucesso na pecuária, é importante conhecer e controlar os custos de produção com profundidade.

É possível que o produtor realize negócios com segurança, desde que tenha estratégias bem definidas. A atividade pecuária é arriscada e envolve diversas variáveis. Algumas são controláveis e outras nem tanto, como por exemplo as oscilações do mercado.

Os custos mais impactantes do confinamento são de reposição e nutrição. A reposição representa 80% do custo total do negócio e a nutrição representa de 80-90% do custo de produção. Com participações tão representativas, fica claro que ter uma gestão de alta maturidade, controlar e acompanhar os custos é extremamente necessário.

(Fonte GA, 2021)

Quais fatores podem afetar o bolso do pecuarista? Vejamos:

  • Preço de mercado

É importante estar atento às oscilações dos preços e oportunidades que o mercado pode te oferecer. O momento atual é delicado devido à baixa oferta de animais e consequente valorização dos animais de reposição.

  • Fornecedor

Entender seus parceiros, identificar quem são os melhores fornecedores que entregam animais mais homogêneos e com melhor previsibilidade de resposta – aqueles lotes que “deixam” mais resultado e com que frequência isso acontece.

  • Distância (Transporte)

Entender que a distância pode impactar as primeiras semanas de adaptação e na resposta sanitária dos protocolos de entrada. É importante traçar uma operação para que isso não atrapalhe o desempenho do animal.

  • Gestão de contrato

É de extrema importância ter o controle das informações negociadas em um contrato para saber o valor real por cabeça, fornecedor e período, para tomar decisões mais assertivas na compra e pagar o justo pelo melhor resultado.

  • Custo da aquisição (Frete/Comissão)

Envolve a compra do animal, frete, comissão e outros valores que impactarão no valor final do animal.

  • Manejo de entrada

Trata-se dos primeiros manejos, formação de lotes, adaptação dos animais e como isso pode impactar no resultado.

Fica claro que a impossibilidade de controlar as variáveis externas pode afetar a rentabilidade do negócio. Portanto, é fundamental que o produtor tenha total controle e busque sempre melhorias sobre as variáveis internas para que aproveite as melhores oportunidades de reposição.

Para entender esse cenário através de dados, fizemos uma simulação entre o valor pago pelo boi magro e os valores de eficiência biológica do animal (a eficiência biológica avalia o custo da carcaça produzida, ou seja, quanto de comida o animal precisou para produzir 1@ de carcaça).

Sabemos que outras variáveis como manejo, controle de sobra, trato, eficiência da fábrica e dieta, também interferem no resultado, porém conseguimos fazer uma previsão do lucro. Veja no gráfico abaixo:

No gráfico da esquerda, o pecuarista teve R$ 431,32 de lucro, porém se ele se tornar mais eficiente pode potencializar o resultado e aumentar o lucro para R$ 520,71/cabeça. Uma diferença de quase R$90,00, devido a eficiência biológica.

Vamos supor que uma propriedade atingiu a máxima eficiência biológica e os animais de reposição são similares ao exemplo anterior, porém devido às oscilações do mercado, o pecuarista pagou mais caro pelo boi magro. Nesta situação, o resultado foi de R$ 204,00/cabeça. Se ele tivesse feito uma compra padrão, em valores justos, esse valor alcançaria R$ 658,03 por cabeça, o que o resulta em uma diferença de R$ 454,03 por animal.

Em propriedades que já tem uma estrutura bem definida ou estão em processo contínuo de melhorias (automação da fábrica, controle de estoque, leitura de cocho), fica evidente que a compra do boi magro bem feita favorecerá o lucro. Ressaltamos a importância de realizar bons negócios na compra do boi magro e se proteger de outras variáveis.

“Boi bom é o que deixa o melhor lucro.” Marcelo Ribas (Diretor Executivo da Intergado)

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Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

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