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Informação de valor que gera resultado.
O bom resultado vem da origem
Todo produtor deveria conhecer todos os custos envolvidos no seu negócio, pois quando falamos de sucesso na pecuária, é importante conhecer e controlar os custos de produção com profundidade.
É possível que o produtor realize negócios com segurança, desde que tenha estratégias bem definidas. A atividade pecuária é arriscada e envolve diversas variáveis. Algumas são controláveis e outras nem tanto, como por exemplo as oscilações do mercado.
Os custos mais impactantes do confinamento são de reposição e nutrição. A reposição representa 80% do custo total do negócio e a nutrição representa de 80-90% do custo de produção. Com participações tão representativas, fica claro que ter uma gestão de alta maturidade, controlar e acompanhar os custos é extremamente necessário.

Quais fatores podem afetar o bolso do pecuarista? Vejamos:
- Preço de mercado
É importante estar atento às oscilações dos preços e oportunidades que o mercado pode te oferecer. O momento atual é delicado devido à baixa oferta de animais e consequente valorização dos animais de reposição.
- Fornecedor
Entender seus parceiros, identificar quem são os melhores fornecedores que entregam animais mais homogêneos e com melhor previsibilidade de resposta – aqueles lotes que “deixam” mais resultado e com que frequência isso acontece.
- Distância (Transporte)
Entender que a distância pode impactar as primeiras semanas de adaptação e na resposta sanitária dos protocolos de entrada. É importante traçar uma operação para que isso não atrapalhe o desempenho do animal.
- Gestão de contrato
É de extrema importância ter o controle das informações negociadas em um contrato para saber o valor real por cabeça, fornecedor e período, para tomar decisões mais assertivas na compra e pagar o justo pelo melhor resultado.
- Custo da aquisição (Frete/Comissão)
Envolve a compra do animal, frete, comissão e outros valores que impactarão no valor final do animal.
- Manejo de entrada
Trata-se dos primeiros manejos, formação de lotes, adaptação dos animais e como isso pode impactar no resultado.
Fica claro que a impossibilidade de controlar as variáveis externas pode afetar a rentabilidade do negócio. Portanto, é fundamental que o produtor tenha total controle e busque sempre melhorias sobre as variáveis internas para que aproveite as melhores oportunidades de reposição.
Para entender esse cenário através de dados, fizemos uma simulação entre o valor pago pelo boi magro e os valores de eficiência biológica do animal (a eficiência biológica avalia o custo da carcaça produzida, ou seja, quanto de comida o animal precisou para produzir 1@ de carcaça).
Sabemos que outras variáveis como manejo, controle de sobra, trato, eficiência da fábrica e dieta, também interferem no resultado, porém conseguimos fazer uma previsão do lucro. Veja no gráfico abaixo:

No gráfico da esquerda, o pecuarista teve R$ 431,32 de lucro, porém se ele se tornar mais eficiente pode potencializar o resultado e aumentar o lucro para R$ 520,71/cabeça. Uma diferença de quase R$90,00, devido a eficiência biológica.
Vamos supor que uma propriedade atingiu a máxima eficiência biológica e os animais de reposição são similares ao exemplo anterior, porém devido às oscilações do mercado, o pecuarista pagou mais caro pelo boi magro. Nesta situação, o resultado foi de R$ 204,00/cabeça. Se ele tivesse feito uma compra padrão, em valores justos, esse valor alcançaria R$ 658,03 por cabeça, o que o resulta em uma diferença de R$ 454,03 por animal.
Em propriedades que já tem uma estrutura bem definida ou estão em processo contínuo de melhorias (automação da fábrica, controle de estoque, leitura de cocho), fica evidente que a compra do boi magro bem feita favorecerá o lucro. Ressaltamos a importância de realizar bons negócios na compra do boi magro e se proteger de outras variáveis.
“Boi bom é o que deixa o melhor lucro.” Marcelo Ribas (Diretor Executivo da Intergado)
Para saber acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar do Circuito Pecuária de Alta Performance.
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Conteúdo e Estudos:
Marcelo Ribas (CEO Intergado)
Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.
Paulo Marcelo (CEO da GA)
Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.
Análises:
Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado
Produção do conteúdo:
Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)
Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.