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Lucro na operação pecuária: como não deixá-lo à margem do negócio

lucro na operação pecuária
A tecnologia e a integração entre a lavoura e a pecuária estão entre as alternativas aliadas para que o lucro na operação pecuária seja cada vez maior.

 

A cadeia produtiva da pecuária de corte é um segmento do agronegócio brasileiro com elevada concorrência, incertezas, diferentes resultados e faixas de ganho. O país tem o segundo maior rebanho bovino do mundo de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com um sistema de produção complexo e diversificado, para conquistar, manter e aumentar o lucro na operação pecuária cada produtor precisa considerar dados e ferramentas que dão ao gerente da propriedade e toda sua equipe condições para desenvolver seu sistema de produtividade e rendimento combinando metas às condições ambientais e mercadológicas.

 

É claro que o produtor não deve se apropriar de uma operação específica pensando somente em seu fim, mas encará-la como uma maneira de atingir suas metas – que precisam estar suficientemente claras por meio de números e previsões. Tomar decisões baseadas exclusivamente na intuição é um risco que o empresário rural não está mais disposto a correr. E isso tem feito a diferença nos resultados das fazendas e no desempenho da pecuária brasileira. A adoção da tecnologia e o acompanhamento detalhado dos diversos indicadores da fazenda – operacional, zootécnico, financeiro e administrativo – baseado na análise de informações precisas melhora consideravelmente a rentabilidade do negócio. Um dos indicadores a serem observados com atenção é o de ganho médio diário (GMD) e lotação.


Alguns especialistas são taxativos e dizem que lotações inferiores à 1 UA/ha e ganho médio diário inferior a 420 gramas são um forte impeditivo para que a propriedade lucre mais. Neste sentido, há aspectos importantes que podem ajustar melhor a operação ao resultado:

 

  • previsão de abate: quantos animais serão abatidos e quando;
  • previsão de desmame;
  • plano técnico para atingir a meta proposta.

 

Sobre este último tópico, inclusive, é importante saber que donos de propriedades de confinamento de gado de corte que utilizam softwares de gestão têm 74% de aumento na produtividade. A informação é impactante pelo volume e comprovada por especialistas que já analisaram os movimentos de fazendas com e sem a adoção da tecnologia. Além disso, eles têm gastos operacionais 20% menores e obtêm 16% mais de economia nas despesas administrativas. Ou seja, o capital investido em tecnologia retorna rapidamente ao caixa em forma de aumento de produtividade e de redução de custos.

 

Para chegar a tais números, especialistas e estudiosos se debruçaram sobre fazendas de todo o Brasil para entender o que elas tinham em comum e como registravam esse avanço. A curiosidade se deu justamente pela mudança radical na produtividade das propriedades em pouco mais de 40 anos: nos anos 60 e 70, a pecuária brasileira era essencialmente extensiva, com pouquíssimo controle das informações e, quando esse acontecia, se dava considerando anotações manuais em papel, por funcionários que podiam se equivocar em um dado ou outro. Não existia a cultura que entende e valoriza um sistema avançado de coleta e análise de dados, coisa que começou a ser procurada pelos melhores produtores do país que focam essencialmente em dois fatores: qualidade e sustentabilidade econômica.

 

Essa mudança de pensamento elevou a média de produtividade da pecuária brasileira para 5,57 arrobas por hectare entre os anos de 2013 e 2017, conforme publicado recentemente no estudo Ativos da Pecuária de Corte, feito pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Isso é 22,2% a mais do que os índices obtidos entre 2007 e 2012

 

Quem obtém lucro na operação pecuária de corte?

 

A Agropastoril Campanelli é uma empresa familiar que atua na agricultura e na pecuária e que se tornou referência em gestão de confinamento no Brasil, sendo essa sua principal atividade. O uso da tecnologia está no DNA da empresa que desde o início da operação, há 8 anos, já fazia o controle de dados do confinamento. Contudo, a partir de 2015 com a implantação de soluções mais modernas a empresa integrou os módulos de controle para gestão do confinamento, automação do trato e rastreabilidade que otimizou a operação e permitiu o acompanhamento minucioso de todo o ciclo produtivo facilitando a administração do confinamento.

 

— Hoje estamos num nível de gestão no confinamento que sem esse software a gente nunca estaria. A gente tem desde a gestão da rastreabilidade até a gestão do fornecimento todo automatizado, atualmente na fazenda a gente não usa mais papel. – diz Victor Campanelli sobre a virada do sistema com a tecnologia integrada na administração do seu negócio.

 

O primeiro passo para isso acontecer é fazer uma coleta precisa para gerar dados confiáveis. O segundo e o mais importante passo na gestão eficiente do confinamento de gado de corte, é analisar os dados corretamente, preferencialmente com o apoio de uma equipe especializada, formada por zootecnistas e estatísticos para interpretar o que o software recebe de informação e converter em gráficos de curva de evolução.

Integração entre lavoura e pecuária é alternativa para aumento na margem de lucro

 

Integrar à atividade pecuária à agrícola tem sido uma alternativa adotada por produtores de gado de corte para aumentar o lucro na operação. A prática da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é vantajosa, uma vez que proporciona melhorias do solo e do pasto. Além disso, observa-se resultado positivo de ganho de peso do rebanho durante todo o ano.

 

O coordenador de Integração Lavoura-Pecuária (ILPF) da Cooperativa Agroindustrial Cocamar, Renato Watanabe afirma que o sistema que pode se tornar fundamental em um futuro nada distante permite intensificar a produção e pode contribuir para a consolidação do Brasil como produtor mundial de alimentos prezando pela preservação das florestas.

 

Em Altônia, noroeste do Estado paranaense, os custos da atividade pecuária e das despesas da Fazenda Califórnia são oriundos da produção de soja. O produtor progride de forma significativa com a adoção do sistema que integra a lavoura com a pecuária. Armando Gasparetto, dono da propriedade, se mostra satisfeito com os resultados e afirma não enxergar futuro para a pecuária sem integração com a agricultura – o que afeta diretamente o lucro na operação pecuária. “Antigamente, quando falavam de reformar o pasto, já ficava preocupado. Hoje, acredito que sem a integração é impossível trabalhar. Essa prática foi a solução pra mim, indico e aconselho a todos que conheço”.

 

Segundo o pecuarista, o cultivo contínuo de soja, capim e a criação de gado interrompeu o efeito sanfona. Ou seja, o ganho de peso do rebanho no verão e a perda de peso durante o inverno. O que interferia no abate animal, que chegava a passar de dois anos. A prática de integração ao permitir aproveitamento do solo e do pasto, manteve o campo em bom estado até mesmo no inverno, garantindo o peso animal. A Fazenda Califórnia somou aos resultados positivos desta integração, o ganho de peso diário do gado de 1,2 kg/cabeça, em uma área onde a média diária é de 250 gramas.

 

Para que o sucesso que envolve o aumento do lucro na operação pecuária possa ser atingido, o produtor precisa contar com planejamento e apoio profissional e eficaz, uma vez que o sistema de integração com a agricultura exige uma quantidade maior de processos acontecendo ao mesmo tempo dentro da propriedade. Além disso, para implantar tal sistema é necessário investir, seja na correção do solo, custo operacional com maquinário, ou ainda com necessidades específicas. Mas, vale ressaltar que a expectativa de reversão do capital investido é de um ano.

 

Lucro na operação pecuária: nem todos conseguem aferir

 

Talvez você não saiba, mas a maioria das propriedades pecuárias do Brasil não consegue apurar corretamente quanto lucrou ao final do ciclo produtivo. Infelizmente o percentual de negócios nesta situação é altíssimo e pode chegar a 80% das fazendas. A avaliação é do engenheiro agrônomo Daniel Pagotto.

 

Segundo ele, no tocante ao lucro na operação pecuária, falta às empresas o acompanhamento por meio da tecnologia e a adoção de um conceito de gestão financeira que considera aspectos como:

 

  • criação de um orçamento anual;
  • gestão completa e eficiente do fluxo de caixa;
  • estruturação de um balanço patrimonial gerencial;
  • validação de controle de riscos financeiros;
  • compartilhamento das informações aos sócios e herdeiros do negócio.

 

Considere que a observância desses pontos e da adoção da tecnologia na propriedade é o que vai levar a sua propriedade aos próximos 20 anos — e não o que trouxe ela nas últimas duas décadas. E isso inclui rever a margem de lucro por hectare de cada empreendimento.

 

— O lucro médio das fazendas brasileiras de gado de corte é de R$ 37, o que é financeiramente inviável. O objetivo a ser buscado pelos produtores é uma cifra que ultrapassa os R$ 400/ha – , afirmou.

Para saber mais sobre como aumentar o lucro na operação pecuária e transformar a gestão da sua propriedade, acesse o nosso site e leia outros artigos do nosso blog.

 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
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controle de gado de corte

Impacto da tecnologia na rentabilidade do confinamento

confinamento
A tecnologia impacta no confinamento de bovinos – e o impacto é bastante positivo. Entenda melhor nesse post.

Não pode ler agora o artigo “Impacto da tecnologia na rentabilidade do confinamento”? Clique no player e ouça este post:

 

O setor agropecuário brasileiro costuma apresentar crescimento mais expressivo que a economia nacional. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, enquanto o PIB de 2017 cresceu apenas 1%, a agropecuária aumentou sua representatividade no mercado em 13%. Apesar do ano positivo, esta é uma das atividades econômicas que mais sofre com oscilações internacionais, impactos de fatores externos, variações cambiais e climáticas, mobilidade e legislação, entre outros.

Felizmente, a importância desse negócio para o país o coloca em posição prioritária quando o assunto são pesquisas científicas, estudos, descobertas e inovações que melhorem a produtividade, aumentem o rendimento das propriedades e diminuam a perda nos confinamentos. Isso fica evidente quando o produtor, buscando a excelência na gestão, decide investir em sistemas que tornam o processo de administração das rotinas produtivas mais eficiente.

Viabilizadas pela capilarização cada vez maior das conexões de internet rápida — inclusive em áreas distantes dos grandes centros urbanos —, plataformas completas de gerenciamento de rebanhos têm ganhado a preferência de muitos empreendedores do campo que comprovam: coleta e monitoramento constantes de dados fazem os lucros aumentarem significativamente.


Pensando nisso, a GA lança o primeiro eBook sobre o Impacto da Tecnologia na Rentabilidade do Confinamento. Baixe agora.

 

Mais controle, mais rentabilidade

 

O assunto já foi estudado por especialistas que constataram: donos de propriedades que utilizam softwares de gestão têm 73% de aumento na produtividade, cerca de 20% menos gastos operacionais e 16% de economia nas despesas administrativas. Não é mágica: trata-se de organização e do uso da inteligência de dados a favor dos negócios.

Em muitos casos esse tipo de controle já acontece, mas de forma precária — e até amadora. Por meio de anotações manuscritas, cadernos, e planilhas de preenchimento manual, diversos gestores acreditam estar fazendo a coisa certa, quando na verdade não obtêm um retrato fiel e preciso do que, de fato, está acontecendo. E como esses dados, apesar de imprecisos, podem ser muito próximos dos aferidos por uma plataforma digital, a tendência é acreditar que a diferença no longo prazo não é tão significativa. Mas aí é que o engano acontece.

Um exemplo que ajuda a dimensionar essa divergência é o que é perdido com o desperdício de alimentos no confinamento. Numa propriedade que tem 2 mil cabeças, por exemplo, há uma perda média de eficiência de produção e distribuição de ração entre 3% e 5% a cada ciclo de 100 dias. Isso significa que a cada quilo de ração perdido no trato por dia, a fazenda perde aproximadamente R$ 700 — o que representa um prejuízo diário de cerca de R$ 4,6 mil.

Num outro exemplo, o prejuízo na venda final do gado que não teve um controle preciso no fornecimento de energia gerando uma redução de apenas 2% no ganho de peso diário, pode chegar a quase R$ 35 mil num confinamento de 2 mil cabeças. Muito dinheiro, sobretudo se comparado com o valor investido em plataformas de gestão agropecuária e na capacitação de funcionários.

 

Tecnologia: solução ideal para o pecuarista

 

Ainda que estejam cada vez mais populares, planilhas eletrônicas e aplicativos para tablets e celulares ajudam, mas não resolvem a situação. No primeiro caso, leituras incorretas, erro na inserção de dados e outras falhas podem apresentar panoramas equivocados para os donos de fazendas. No segundo, os recursos querem atender o maior número de produtores possível, deixando de lado as especificidades de cada unidade de negócio e impossibilitando a personalização. Algumas informações importantes para a sua atividade não poderão ser inseridas, ou alguns relatórios fundamentais não estarão disponíveis — e a inclusão desses campos não costuma ser uma solicitação entregável ao cliente.

Softwares avançados facilitam e simplificam o gerenciamento do negócio, atendendo a todos os processos administrativos, financeiros e operacionais. Essas plataformas permitem o acompanhamento do animal desde a entrada dele no confinamento até a saída, com informações precisas sobre a sanidade, movimentação, ganho de peso diário e a indicação do ponto ótimo de abate.

De quanto mais informações os gestores de propriedades agropastoris dispuserem, melhor será o planejamento das etapas de produção. O cruzamento dos dados permitirá aos profissionais — zootecnistas, agrônomos e veterinários — estimar o consumo diário de cada animal, o ganho médio de peso e se o ciclo está evoluindo da maneira adequada a garantir a margem de lucro estipulada para o negócio.

 

Para saber como aumentar o controle e os lucros do seu confinamento, leia o e-Book Impacto da Tecnologia na Rentabilidade do Confinamento.

Bons negócios!

ebook confinamento

 


Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

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Os erros mais comuns no confinamento de boi

Quais erros você deve evitar no confinamento de boi?

O ano de 2018 foi bastante desafiador para a pecuária de corte brasileira. A expectativa dos produtores era que após a crise econômica registrada nos últimos anos, o poder de compra dos consumidores fosse restabelecido e os lucros aumentassem, mas o relatório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) elaborado em conjunto com a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) mostra que a valorização da arroba ficou abaixo da inflação mesmo com as exportações aquecidas. No campo, a maior oferta de fêmeas para abate por conta da virada do ciclo pecuário favoreceu uma negociação maior por parte dos frigoríficos, levando à diminuição dos preços. E agora, para o segundo trimestre de 2019, a gestão do confinamento de boi deve ser feita de forma a minimizar erros e aumentar o bom desempenho dos plantéis nas propriedades.

 

O momento é de revisão de práticas que foram implementadas no ano passado — ou vêm sendo executadas há algum tempo — mas não resultaram em bons números nem aumento de produtividade e lucro. Essas práticas geram impactos em importantes métricas de resultados que orientam a gestão da propriedade agropecuária. Medir e controlar cada um dos processos evitando pequenos erros que, apesar de comuns geram prejuízos, traz a possibilidade de redução de custos e ganhos mais expressivos até o final do ciclo no curto e médio prazos.

 

Muitos pecuaristas já sabem que para controlar a produção intensiva onde tempo é literalmente dinheiro, é preciso ter acesso rápido e atualizado dos números de todos os processos, custos, estoque de insumos, etc. São muitos dados gerados num curto espaço de tempo e que precisam ser analisados com precisão e agilidade para que as decisões tomadas sejam as mais corretas para o negócio. Fazer isso sem um sistema de gestão é humanamente impossível e tomar decisões sem as informações adequadas traz grandes riscos para o negócio. A melhor maneira de analisar o desempenho do seu negócio de confinamento de boi é por meio da implantação e uso de avançadas plataformas de coleta e análise de dados. São elas que permitem aferir as áreas do confinamento que estão entregando melhor resultado e as que precisam de atenção além de monitorar como cada animal se comporta em relação aos procedimentos adotados.

 

Pensando nesse processo de acompanhamento constante e na importância dele para o avanço do negócio, nossos especialistas desenvolveram este e-book que reúne os erros mais comuns na gestão do confinamento de boi. Eles apresentam algumas das práticas equivocadas que ocorrem com maior frequência nos confinamentos brasileiros e dá dicas sobre o melhor caminho para evitá-las. Seguindo as sugestões dos profissionais da Gestão Agropecuária e implementando uma solução digital para gestão da sua produção você vai reduzir os riscos de prejuízos e terá mais chances de aumentar a lucratividade.

 

Clique aqui agora e saiba quais práticas devem ser evitadas para impedir que a produtividade da sua fazenda caia.

 

Alimentação e sanidade no confinamento de boi

Essas duas áreas de cuidados são as duas mais importantes dentro de qualquer fazenda do Brasil. Se os animais não comerem da forma correta e não houver um sistema de proteção biológico válido e eficaz, a engorda não vai acontecer e o resultado será um ganho de carcaça inexpressivo. Os lucros, obviamente, vão cair bastante.

 

Logicamente a maior parte dos gestores pecuários sabe da importância desses dois processos e os elencam como aqueles sobre os quais eles e seus times depositam mais atenção. Isso é quase uma unanimidade, mas se as boas práticas fossem tão frequentes assim, não haveria fazendas com problemas relacionados a essas duas áreas. Veja o caso da ração, por exemplo: é um dos insumos que mais interfere no resultado produtivo da fazenda e qualquer alteração, por mínima que seja, pode impactar de forma perceptível no final do ciclo.

 

A falha aqui costuma envolver o não cumprimento adequado do plano nutricional criado pelo nutricionista. Sem o controle diário e detalhado por tipo de dieta e formulação que foi fabricado e do que foi realmente distribuído no cocho não é possível garantir a entrega de energia necessária para a engorda dos animais. Sem esse acompanhamento, pequenos desvios entre o volume fabricado e o distribuído se tornam rotina e, o pior, aumentam com o passar do tempo causando grandes prejuízos financeiros. Em alguns casos, a quantidade de ração fabricada não corresponde ao que foi fornecido no cocho — e essa divergência entre os números só pode ser aferida com precisão se houver uma plataforma completa que gerencie a fábrica de ração e o fornecimento do trato no confinamento de boi. Quando as anotações são feitas manualmente num caderno ou numa planilha, os arredondamentos costumam acontecer e prejudicar a leitura fiel do quadro.

 

Um dos principais indícios de que há algo que precisa ser revisto são os dados “100% perfeitos”, como diz o gerente comercial da Gestão Agropecuária, Newton Filho: “eles podem mascarar uma série de problemas e no curto e médio prazos, minar a lucratividade do seu negócio”.

 

Da mesma forma, a utilização inadequada de medicamentos e vacinas com a desculpa de que é mais barato economizar em remédios e na aplicação dos mesmos pode, aos poucos, piorar a qualidade da carne obtida ao final do ciclo. As vacinas devem ter um calendário de aplicação bem definido e é fundamental segui-lo à risca. Caso contrário, um único animal que sofra de alguma doença pode contaminar todo o lote.

 

Coleta de dados com precisão: o caminho para os bons resultados do confinamento de boi

 

Para que todo o confinamento da propriedade seja acompanhado da forma mais precisa possível, é imprescindível que o gestor agropecuário considere a importância da adoção de plataformas de tecnologia e a encare como uma aliada no negócio. A época de que a lucratividade do negócio viria do tamanho do rebanho e não da qualidade dele deixou de existir, e para atender às necessidades do mercado, será preciso inovar.

 

Para o CEO da Gestão Agropecuária, Paulo Dias, a falta de planejamento é o principal gargalo que impede que os resultados do negócio sejam muito mais expressivos.

 

— A fazenda de confinamento é, cada vez mais, uma entidade holística. Todos os setores precisam trocar informações, acompanhar o que as etapas pregressas e posteriores estão fazendo e compreender a importância do trabalho que está sendo feito em outras unidades visando o resultado final. Não dá mais para manter os dados segmentados.

 

Para conhecer mais sobre os processos mais eficazes na gestão do confinamento de boi, clique no link abaixo agora e leia o nosso e-book gratuito sobre os erros mais comuns no confinamento de boi.

 

confinamento de boi

Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária

Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária
Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária: entenda melhor essa diferença

Hoje vamos conversar sobre a inteligência artificial na pecuária brasileira e de que forma isso interfere na inteligência do seu negócio. Você sabe como aproveitar a tecnologia neste sentido?

 

Em primeiro lugar, é importante dizer que essas discussões não são apenas importantes, mas imprescindíveis para o cenário que vivemos hoje. O Brasil tem um PIB agropecuário que chega a R$ 1,5 trilhão por ano e nós somos um dos três maiores exportadores de alimentos do planeta. Tão grandiosa quanto essa posição é a nossa responsabilidade: espera-se que o Brasil responda por 40% de toda a produção de alimentos que deve dobrar até 2050 para atender a demanda do aumento populacional no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação.


Seremos 9 bilhões de pessoas que vão consumir mais frutas, verduras, legumes, grãos e principalmente, mais carne. A produção de proteína animal precisará aumentar pelo menos 13% para atender às demandas dos mercados interno e externo. Mas qual é o melhor caminho para chegarmos a esse volume? Como podemos começar a escalar nossa produção hoje e transformar a produtividade da pecuária brasileira?

 

Aplicação da inteligência artificial na pecuária

 

Muita gente ainda tem uma visão equivocada de que o campo e os computadores são de universos totalmente diferentes e, pior, que não são compatíveis. Alguns gestores agropecuários têm resistência em buscar e implantar soluções e recursos tecnológicos nas suas fazendas. Adotar tecnologia exige uma mudança de cultura que começa pela maneira como o dono vê o negócio até chegar na ponta mudando o jeito como o peão lida com o animal. O fator humano é a grande questão já que a barreira da infraestrutura necessária para o uso da tecnologia no campo – acesso à energia, internet, equipamentos adaptados ao meio rural e softwares específicos para a pecuária – já foi superada há muito tempo. Mas muitos pecuaristas insistem em viver no passado enquanto o mercado evolui a galopes montado na análise dos dados gerados no campo. E contra dados não há “achismos”. Com dados confiáveis nas mãos, o produtor tem a segurança de tomar as melhores decisões para o seu negócio.

 

Mais que uma ferramenta tecnológica, um sistema de gestão completo é a representação concreta da inteligência de mercado. Pra entender o que isso significa basta perceber que todos os recursos disponíveis no software foram desenvolvidos para atender as necessidade do mercado, portanto são a tradução das melhores práticas. O que significa que, se você não usa os recursos disponíveis, muito provavelmente você está perdendo mercado para os produtores que usam. Esses têm uma visão mais precisa e completa do seus negócios e podem, a partir disso, identificar oportunidades que você está perdendo porque não tem informação suficiente para perceber quais são. Simples assim.

 

Ainda que os modelos de negócios de um ou outro produtor sejam diferentes, os processos, as métricas e os indicadores são os mesmos. Seja na cria, na recria, na engorda a pasto ou no confinamento é necessário controlar a nutrição, a sanidade, a curva de ganho de peso, o fluxo de caixa, inventário do gado, movimentações e manejos, dentre muitos outros. O que muda é a análise e o cruzamento dos dados para simular os cenários mais eficientes e rentáveis de cada modelo. E para provar essa tese o que mais se vê pelo Brasil são casos de sucesso do uso de softwares de gestão agropecuária.

 

Cases de sucesso: é possível aplicar inteligência artificial na pecuária?

 

Um desses casos é o da Fazenda Nova Piratininga, que fica no município de São Miguel do Araguaia, em Goiás. Essa é uma das maiores propriedades do Brasil, com uma área total de mais de 205 mil hectares. O negócio deles tem pelo menos 130 mil cabeças de gado, 1,7 mil quilômetros de estradas, 1,8 mil pastos e cerca de 300 funcionários. Obviamente que os números, impressionantes, já indicam que controlar tudo isso não é uma tarefa das mais fáceis.

 

Há pouco menos de dez anos o que existia lá era uma megaestrutura sub-aproveitada. Apesar da área construída, ninguém sabia sequer quantos animais estavam dentro da porteira. O manejo não existia e a coisa “corria solta”, sem nenhuma preocupação com a produtividade.

 

O salto se deu quando os novos gestores da fazenda implantaram uma solução completa de gestão agropecuária e prepararam as equipes a operá-lo. Nada complicado, e a capacitação dos funcionários aconteceu de forma rápida. Eram muitas novidades, claro, mas o resultado que eles alcançaram a partir daquele momento entrou para a história do negócio e o transformou num case nacional.

 

Os gestores associaram o uso das melhores técnicas à tecnologia e a estratégia deu um grande resultado. Com a adoção da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), a equipe e os animais se acostumaram ao manejo e cuidado na coleta de dados desse processo começou a mostrar a realidade da fazenda na parte da cria, dando condições dos técnicos e zootecnistas de acompanhar e monitorar indicadores estratégicos para o negócio e, principalmente, puderam planejar as melhorias necessária para evoluir o rebanho e alcançar os resultados projetados para o seu modelo de negócio.

 

Resultado: na estação de monta do período de 2017/2018, a fazenda trabalhou com 52 mil matrizes e fez 68 mil protocolos de IATF. Foram mais de 360 mil manejos e o gerenciamento de 35 currais passou a acontecer simultaneamente, em tempo real — o que seria impossível de se fazer apenas com a força humana.

 

Essa mudança importante na gestão, sobre a qual nós já falamos no nosso blog num post especial sobre o assunto, fez surgir um novo horizonte de oportunidades. A compilação de todos os dados numa mesma plataforma permitiu explorar o potencial das máquinas (inteligência artificial na pecuária) em prol do movimento do mercado (inteligência de negócio). O produtor já não está mais sozinho gastando seu tempo e energia para fazer montar fórmulas e interpretar os números em planilhas preenchidas no curral pelos peões. Agora o produtor está analisando diversos cenários de negócio em gráficos visualmente amigáveis a partir de dados colhidos com precisão mostrando a realidade da fazenda em tempo real. Em qual desses dois casos você acredita que o gestor tomará melhores decisões?

 

Essa condição aprimorada de gerenciamento permitiu à fazenda pensar em outras estratégias, como investir na rastreabilidade da carne para alcançar outros clientes. Com as informações detalhadas sobre cada animal desde a entrada na porteira até a saída dele da propriedade, fica mais fácil planejar a aproximação com o consumidor final que quer cada vez mais transparência no processo que envolve o produto que ele coloca na mesa.

 

A mensagem que deixo pra você é essa: não perca tempo fazendo o que as máquinas podem fazer melhor e mais rápido que você. Concentre sua energia em fazer aquilo só você pode fazer: decidir o presente e o futuro da sua fazenda! E, certamente, a inteligência artificial na pecuária é uma grande aliada.


Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

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