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Nutrição: onde está o erro?

Nutrição animal – É de “tirar o sono” do pecuarista

A nutrição animal representa aproximadamente 80-90% do custo total da produção dentro de um confinamento. Literalmente é de tirar o sono do pecuarista devido à sua representatividade e deve ser tratada com atenção, pois afeta a lucratividade do negócio.

Para esta análise, utilizamos a base de dados de clientes GA, com aproximadamente 1,5 milhão de cabeças abatidas, considerando o período de janeiro a maio nos anos de 2019, 2020 e 2021.

Primeiramente, avaliamos o lucro bruto (R$/cabeça) e percebemos que houve um declínio de 2019 para cá. A margem em 2019 foi de 15,04% e passou para 25,66% em 2020, caindo em 2021 para 7,59%. O ano de 2020 favoreceu boas margens para o pecuarista que iniciou o período confinado com estoques de insumos abastecidos e obteve boas negociações de compra de animais de reposição. Somado a isso, conseguiu excelentes resultados devido às altas da arroba do boi gordo. Já 2021, a situação está totalmente diferente com as altas dos custos dos insumos e do boi magro, exigindo melhor gestão do confinador. Confira na tabela abaixo:

Já o custo alimentar em R$/cabeça sofreu uma alta crescente no mesmo período avaliado. Em 2019, ele representava 81,74%, em 2020, 83,42% e em 2021 passou para 87,09%. Veja na tabela abaixo:

Fica evidente que a nutrição animal está impactando cada vez mais o custo total da produção, com representatividades muito próximas de 90%. Dessa maneira, o pecuarista PRECISA utilizar outras estratégias para melhorar esse cenário.

Analisando a visão do resultado (tabela abaixo) realizado nos últimos 3 anos, vemos uma evolução nas @ produzidas. Em 2019, foram produzidas 7,68@. Já em 2020, houve um ganho de produtividade que atingiu 9,31@ e, em 2021, uma diminuição para 8,14@. Importante destacar que o aumento registrado em 2020 reflete um aumento da quantidade de dias de cocho (o detalhamento dos índices zootécnicos será apresentado no conteúdo de produtividade).

Considerando uma carcaça de 21@, em 2019 as 7,68@ produzidas representavam 35,44% da produção em confinamento; em 2020 representou 41,51% e em 2021, uma participação de 39,29%. Quando avaliamos o custo em R$/@, vemos que em 2019 ele representou 58,64%; em 2020, 50,9% e em 2021, diminuiu para 48,92%, o que favoreceu a margem do pecuarista.

Ao decompor o custo do boi magro e seu ágio frente ao boi gordo, podemos perceber que em 2019, praticamente não houve ágio, ou seja, o valor pago pelo boi magro foi muito próximo do valor de venda do boi gordo, representando apenas 0,22% de ágio. Já em 2020, houve um deságio dessa relação, com valores negativos de -9,24%, que indicam melhor lucratividade ao produtor. No entanto, nos primeiros 5 meses de 2021, notamos que o boi magro já representa 13% do valor do boi gordo, uma demonstração do quanto as altas da reposição afetam o lucro.

Mesmo com uma melhora na produção de @ dentro do confinamento, a margem do pecuarista se estreitou e o ano de 2021 está sendo desafiador. Fica claro a necessidade de trabalhar com uma gestão madura, onde os custos são controlados, existe gestão de estoque e boas negociações dos animais de reposição. Para obter tudo isso, é preciso dados completos da sua propriedade, que podem ser obtidos através de sistemas de gestão e auxiliam na tomada de decisões de maneira assertiva.

Outro fator notado em nossa análise foi que historicamente, no segundo semestre do ano, há uma valorização nos preços de venda em R$/@. Destaque para o ano de 2020 com aumentos representativos a partir do segundo semestre e atenção também para 2021 com o “descolamento” significativo dos valores, devido às altas da arroba, conforme levantamento abaixo:

A sinalização de preços de venda melhores para o segundo semestre, mostra uma oportunidade para produtores atingirem um melhor retorno financeiro sobre a produção, ainda em 2021. Para tanto, só será possível para aqueles que forem MUITO eficientes da porteira para dentro.

Para finalizar, elencamos algumas estratégias nutricionais que vão muito além do custo da dieta e podem ser aplicadas na propriedade:

  • Bom planejamento das atividades;
  • Gestão do estoque;
  • Eficiência na fabricação;
  • Eficiência no fornecimento;
  • Avaliar o desempenho do animal criteriosamente;
  • Avaliar o retorno sobre os investimentos em eficiência;

Nesta sequência de artigos vamos debater todos os itens acima. Acompanhe!

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar do Circuito Pecuária de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Lucro na operação pecuária: como não deixá-lo à margem do negócio

lucro na operação pecuária
A tecnologia e a integração entre a lavoura e a pecuária estão entre as alternativas aliadas para que o lucro na operação pecuária seja cada vez maior.

 

A cadeia produtiva da pecuária de corte é um segmento do agronegócio brasileiro com elevada concorrência, incertezas, diferentes resultados e faixas de ganho. O país tem o segundo maior rebanho bovino do mundo de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com um sistema de produção complexo e diversificado, para conquistar, manter e aumentar o lucro na operação pecuária cada produtor precisa considerar dados e ferramentas que dão ao gerente da propriedade e toda sua equipe condições para desenvolver seu sistema de produtividade e rendimento combinando metas às condições ambientais e mercadológicas.

 

É claro que o produtor não deve se apropriar de uma operação específica pensando somente em seu fim, mas encará-la como uma maneira de atingir suas metas – que precisam estar suficientemente claras por meio de números e previsões. Tomar decisões baseadas exclusivamente na intuição é um risco que o empresário rural não está mais disposto a correr. E isso tem feito a diferença nos resultados das fazendas e no desempenho da pecuária brasileira. A adoção da tecnologia e o acompanhamento detalhado dos diversos indicadores da fazenda – operacional, zootécnico, financeiro e administrativo – baseado na análise de informações precisas melhora consideravelmente a rentabilidade do negócio. Um dos indicadores a serem observados com atenção é o de ganho médio diário (GMD) e lotação.


Alguns especialistas são taxativos e dizem que lotações inferiores à 1 UA/ha e ganho médio diário inferior a 420 gramas são um forte impeditivo para que a propriedade lucre mais. Neste sentido, há aspectos importantes que podem ajustar melhor a operação ao resultado:

 

  • previsão de abate: quantos animais serão abatidos e quando;
  • previsão de desmame;
  • plano técnico para atingir a meta proposta.

 

Sobre este último tópico, inclusive, é importante saber que donos de propriedades de confinamento de gado de corte que utilizam softwares de gestão têm 74% de aumento na produtividade. A informação é impactante pelo volume e comprovada por especialistas que já analisaram os movimentos de fazendas com e sem a adoção da tecnologia. Além disso, eles têm gastos operacionais 20% menores e obtêm 16% mais de economia nas despesas administrativas. Ou seja, o capital investido em tecnologia retorna rapidamente ao caixa em forma de aumento de produtividade e de redução de custos.

 

Para chegar a tais números, especialistas e estudiosos se debruçaram sobre fazendas de todo o Brasil para entender o que elas tinham em comum e como registravam esse avanço. A curiosidade se deu justamente pela mudança radical na produtividade das propriedades em pouco mais de 40 anos: nos anos 60 e 70, a pecuária brasileira era essencialmente extensiva, com pouquíssimo controle das informações e, quando esse acontecia, se dava considerando anotações manuais em papel, por funcionários que podiam se equivocar em um dado ou outro. Não existia a cultura que entende e valoriza um sistema avançado de coleta e análise de dados, coisa que começou a ser procurada pelos melhores produtores do país que focam essencialmente em dois fatores: qualidade e sustentabilidade econômica.

 

Essa mudança de pensamento elevou a média de produtividade da pecuária brasileira para 5,57 arrobas por hectare entre os anos de 2013 e 2017, conforme publicado recentemente no estudo Ativos da Pecuária de Corte, feito pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Isso é 22,2% a mais do que os índices obtidos entre 2007 e 2012

 

Quem obtém lucro na operação pecuária de corte?

 

A Agropastoril Campanelli é uma empresa familiar que atua na agricultura e na pecuária e que se tornou referência em gestão de confinamento no Brasil, sendo essa sua principal atividade. O uso da tecnologia está no DNA da empresa que desde o início da operação, há 8 anos, já fazia o controle de dados do confinamento. Contudo, a partir de 2015 com a implantação de soluções mais modernas a empresa integrou os módulos de controle para gestão do confinamento, automação do trato e rastreabilidade que otimizou a operação e permitiu o acompanhamento minucioso de todo o ciclo produtivo facilitando a administração do confinamento.

 

— Hoje estamos num nível de gestão no confinamento que sem esse software a gente nunca estaria. A gente tem desde a gestão da rastreabilidade até a gestão do fornecimento todo automatizado, atualmente na fazenda a gente não usa mais papel. – diz Victor Campanelli sobre a virada do sistema com a tecnologia integrada na administração do seu negócio.

 

O primeiro passo para isso acontecer é fazer uma coleta precisa para gerar dados confiáveis. O segundo e o mais importante passo na gestão eficiente do confinamento de gado de corte, é analisar os dados corretamente, preferencialmente com o apoio de uma equipe especializada, formada por zootecnistas e estatísticos para interpretar o que o software recebe de informação e converter em gráficos de curva de evolução.

Integração entre lavoura e pecuária é alternativa para aumento na margem de lucro

 

Integrar à atividade pecuária à agrícola tem sido uma alternativa adotada por produtores de gado de corte para aumentar o lucro na operação. A prática da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é vantajosa, uma vez que proporciona melhorias do solo e do pasto. Além disso, observa-se resultado positivo de ganho de peso do rebanho durante todo o ano.

 

O coordenador de Integração Lavoura-Pecuária (ILPF) da Cooperativa Agroindustrial Cocamar, Renato Watanabe afirma que o sistema que pode se tornar fundamental em um futuro nada distante permite intensificar a produção e pode contribuir para a consolidação do Brasil como produtor mundial de alimentos prezando pela preservação das florestas.

 

Em Altônia, noroeste do Estado paranaense, os custos da atividade pecuária e das despesas da Fazenda Califórnia são oriundos da produção de soja. O produtor progride de forma significativa com a adoção do sistema que integra a lavoura com a pecuária. Armando Gasparetto, dono da propriedade, se mostra satisfeito com os resultados e afirma não enxergar futuro para a pecuária sem integração com a agricultura – o que afeta diretamente o lucro na operação pecuária. “Antigamente, quando falavam de reformar o pasto, já ficava preocupado. Hoje, acredito que sem a integração é impossível trabalhar. Essa prática foi a solução pra mim, indico e aconselho a todos que conheço”.

 

Segundo o pecuarista, o cultivo contínuo de soja, capim e a criação de gado interrompeu o efeito sanfona. Ou seja, o ganho de peso do rebanho no verão e a perda de peso durante o inverno. O que interferia no abate animal, que chegava a passar de dois anos. A prática de integração ao permitir aproveitamento do solo e do pasto, manteve o campo em bom estado até mesmo no inverno, garantindo o peso animal. A Fazenda Califórnia somou aos resultados positivos desta integração, o ganho de peso diário do gado de 1,2 kg/cabeça, em uma área onde a média diária é de 250 gramas.

 

Para que o sucesso que envolve o aumento do lucro na operação pecuária possa ser atingido, o produtor precisa contar com planejamento e apoio profissional e eficaz, uma vez que o sistema de integração com a agricultura exige uma quantidade maior de processos acontecendo ao mesmo tempo dentro da propriedade. Além disso, para implantar tal sistema é necessário investir, seja na correção do solo, custo operacional com maquinário, ou ainda com necessidades específicas. Mas, vale ressaltar que a expectativa de reversão do capital investido é de um ano.

 

Lucro na operação pecuária: nem todos conseguem aferir

 

Talvez você não saiba, mas a maioria das propriedades pecuárias do Brasil não consegue apurar corretamente quanto lucrou ao final do ciclo produtivo. Infelizmente o percentual de negócios nesta situação é altíssimo e pode chegar a 80% das fazendas. A avaliação é do engenheiro agrônomo Daniel Pagotto.

 

Segundo ele, no tocante ao lucro na operação pecuária, falta às empresas o acompanhamento por meio da tecnologia e a adoção de um conceito de gestão financeira que considera aspectos como:

 

  • criação de um orçamento anual;
  • gestão completa e eficiente do fluxo de caixa;
  • estruturação de um balanço patrimonial gerencial;
  • validação de controle de riscos financeiros;
  • compartilhamento das informações aos sócios e herdeiros do negócio.

 

Considere que a observância desses pontos e da adoção da tecnologia na propriedade é o que vai levar a sua propriedade aos próximos 20 anos — e não o que trouxe ela nas últimas duas décadas. E isso inclui rever a margem de lucro por hectare de cada empreendimento.

 

— O lucro médio das fazendas brasileiras de gado de corte é de R$ 37, o que é financeiramente inviável. O objetivo a ser buscado pelos produtores é uma cifra que ultrapassa os R$ 400/ha – , afirmou.

Para saber mais sobre como aumentar o lucro na operação pecuária e transformar a gestão da sua propriedade, acesse o nosso site e leia outros artigos do nosso blog.

 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta

Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta
Na pecuária moderna, os gestores acompanham dados em tempo real e conseguem visualizar toda a rentabilidade do processo. Saiba mais nesse nosso artigo!

 

Não consegue ler agora o artigo “Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta”? Clique no play e ouça este post:

 

Desde o começo dos anos 60 até hoje, o processo de produção de proteína animal passou por transformações extremamente importantes: além de mais que dobrar o tamanho do rebanho, a demanda interna cresceu, o mercado externo ganhou mais atenção e a relação de produção por hectare exigiu a transformação da atividade essencialmente extensiva em uma pecuária moderna e preocupada com a rentabilidade.

 

Além da mudança de pensamento, os pecuaristas brasileiros começaram a perceber na prática a importância de concentrar os esforços e investimentos na inovação e em sistemas dedicados à gestão agropecuária. O passar dos anos mostrou como é fundamental identificar dados, analisar informações e planejar ações de curto, médio e longo prazos, a fim de garantir que o plantel seja cada vez mais rentável e o negócio dê mais lucro por meio de produtos diferenciados e de altíssima qualidade. O resultado é comprovado por meio de estatísticas e estudos de especialistas: pecuaristas que implantam sistemas dedicados à gestão agropecuária conseguem produzir mais de 20 arrobas por hectare/ano, cerca de quatro vezes mais do que quem adota técnicas mais antigas de controle de pasto, alimentação e outros fatores. Essa diferença acontece porque as plataformas modernas interligam todas as áreas da fazenda, permitindo o monitoramento em tempo real dos cochos, da engorda dos animais, do manejo, e indicando o ponto ótimo para o abate.

 

Estudos recentes mostraram como as propriedades que utilizam softwares de gestão são mais produtivas que outras. Em média, essa diferença chega a 73% no aumento da produção com 20% menos gastos operacionais e 16% de economia nas despesas administrativas. O motivo dessa diferença positiva é simples: quando a inteligência da informação é aplicada a favor dos negócios, o caminho para o crescimento fica mais rápido e seguro.

 

Neste sentido é fundamental buscar uma solução completa que permita ao gestor a prática de uma pecuária moderna, mais precisa e minuciosamente planejada. Só essa estratégia poderá garantir um rendimento crescente na sua fazenda.

 

A importância está em todo o processo

 

Muitas fazendas do Brasil têm áreas significativamente grandes. Essa característica, que valoriza o negócio por um lado, também pode ser a responsável por interferir no bom andamento da produção, fazendo com que a gestão dê “um passo para a frente e outro para trás”. O problema não está no tamanho da fazenda ou do rebanho, mas na falta de controle preciso de cada processo e do seus impactos no resultado da fazenda. Isso acontece quando não há a aplicação correta de plataformas de gestão agropecuária completas para as necessidades da propriedade, assim como a ausência de um banco de dados e de análises eficientes sobre o comportamento do rebanho diante deste ou daquele processo aplicado.

 

Numa das maiores fazendas do Brasil, a Nova Piratininga (GO), os gestores precisaram intervir rapidamente quando assumiram o controle da propriedade. Apesar da dimensão da área e da quantidade de animais, os processos não estavam integrados e a desinformação impedia que a produção atingisse seu máximo potencial.

 

O gerente administrativo da propriedade, José Cláudio da Silva, dá como exemplo o que foi implementado diante desse quadro: “No primeiro ano, quando não tínhamos controle nem sabíamos qual era o gado que tinha na fazenda, focamos no controle de rebanho. Buscamos um sistema completo de gestão que permitiu fazer o inventário do gado, o que aconteceu paralelamente à formação das equipes e qualificação das pessoas”, afirmou.

 

Depois da escolha da empresa mais preparada para fornecer a tecnologia, os 205 mil hectares da propriedade passaram a ter os dados coletados e inseridos no sistema. Por meio da Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF), os gestores começaram a conhecer o rebanho e ter números claros sobre o ciclo reprodutivo. Hoje a empresa faz a cria com as raças Nelore e Angus a partir da plataforma completa de administração de fazendas.

 

— Ao longo dos últimos cinco anos, evoluímos e hoje, só na temporada 2017/2018, já entramos com 52 mil matrizes na estação de monta; fizemos ainda 68 mil protocolos de IATF e só pra ter uma ideia da diferença que isso faz no processo completo, tivemos cerca de 340 mil manejos. Quando olhamos o quadro geral, com as etapas de vacina, desmama e outros trabalhos, é que conseguimos ver que não há a menor possibilidade de se fazer isso só com as pessoas, por melhor que o time seja. A tecnologia é imprescindível para o agronegócio, sobretudo a pecuária moderna de corte — diz. Hoje a propriedade consegue trabalhar com 35 currais simultâneamente, com uma média de 4 lotes por dia em cada um desses currais.

 

Ecossistema opera melhor que soluções individuais

 

Tamanha demanda por informações de qualidade, processamento rápido e preciso de dados exige mais do que a simples implantação de um software de gestão agropecuária. Ainda que existam aplicativos que se propõem a coletar os dados da fazenda, valorizando pontualmente uma etapa ou outra do processo, somente uma plataforma mais ampla poderá ajudar o gestor de fazenda a ter uma visão de 360 graus do negócio e, principalmente, evoluir seu rebanho do ponto de vista quantitativo e qualitativo.

 

Um ecossistema completo voltado à gestão agropecuária implantado há menos de um ano em diversas fazendas modelo pelo Brasil comprova os benefícios de trabalhar com uma plataforma única. Nelas, os sistemas de cria, recria, engorda a pasto e TIP (Terminação Intensiva a Pasto) fornecem dados de processamento que permitem a gestão da informação de pelo menos 450 mil cabeças em IATF na estação de monta 17/18, 500 mil cabeças na recria, 325 mil cabeças na engorda a pasto e mais de 2,7 milhões de manejos operacionais no país.

 

— Esse sistema é como um sonho para o fazendeiro e o gestor agropecuário. Ele difere do que existe no mercado, porque as soluções que existem por aí não entregam o que precisamos de fato. É difícil até para que os próprios fornecedores entendam e entreguem o que quem trabalha com pecuária mais necessita — avalia o gerente da Nova Piratininga, José Cláudio da Silva.

 

A fazenda conta com a plataforma para:

 

  • coletar os dados no campo com precisão;
  • programar os eventos de manejo (periodicidade diária, semanal e mensal) com calendário de atividades por atividade, curral e por funcionário;
  • gerenciar a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e fazer o planejamento da estação de monta com evolução dos resultados para a próxima estação;
  • automatizar a fabricação e o fornecimento da nutrição ao animal;
  • planejar e realizar o controle sanitário;
  • ter o histórico completo de vida do animal incluindo movimentações, sanidade, nutrição, originação, destino;
  • fazer o inventário do gado obter consultoria na gestão da informação;
  • registrar o Kardex de cada animal com todo o seu histórico de custo desde nascimento até o abate;
  • controlar o estoque de insumos;
  • controlar o mapa do gado;
  • cruzar e analisar os dados estatisticamente.

 

Outro diferencial da plataforma é a facilidade de interpretação dos dados, que são apresentados em gráficos completos para agilizar a tomada de decisão pelo gestor. Ainda no exemplo da Nova Piratininga, a zootecnista responsável pelo planejamento de cria, recria e confinamento, Joyce Resende afirma que “o ecossistema mostra claramente cada operação, o que permite identificar os pontos de entrave e superá-los”. Essa praticidade é fundamental para o bom andamento da fazenda já que o universo de dados é imenso e sem um resumo visual da operação na rotina diária, “fica muito difícil trabalhar pelos resultados”.

 

Pecuária moderna viabiliza melhoria no controle do calendário sanitário

 

A preocupação com o correto controle da sanidade do rebanho é, além de uma exigência legal imprescindível, um fator importantíssimo para a obtenção de resultados extremamente positivos ao final do ciclo — e impactar positivamente o cliente ao entregar uma carne com garantia de qualidade.

 

Esta área recebe atenção especial dentro da propriedade da Nova Piratininga, e o Ecossistema que torna possível o exercício da pecuária moderna ajuda a operacionalizar o calendário sanitário.

 

Segundo o médico veterinário Elci Rincón, consultor especialista em sanidade e reprodução bovina, a plataforma permite controlar a vacinação e acompanhar a saúde dos animais, prevenindo doenças e as tratando da forma mais rápida possível.

 

— Só a tecnologia aplicada à nossa atividade é que poderia fornecer um diferencial que é muito importante para o meu trabalho: reunir um prontuário completo da saúde de cada boi. Consigo fazer isso por meio de um brinco individual que busca, num banco de dados, a informação completa sobre as doenças que ele já teve, se precisa de algum tratamento especial e até se devemos aplicar hormônios para induzir o cio. Tudo fica programado e além do arquivo, já obtemos a medicação e a dose corretas em cada caso.

 

Tais informações ajudam a escolher o ponto mais adequado para abater o animal, que não deve ser conduzido a esta etapa dentro do período de carência de um medicamento, por exemplo. “Sem a tecnologia, essa janela poderia não ser respeitada, ainda que involuntariamente, o que interferiria prejudicialmente na qualidade da carne”.

 

Por fim, o resultado desta preocupação e do monitoramento constante do plantel e da propriedade é a aplicação do business intelligence (BI), que é o que permite saber o melhor momento para vender, ajuda a identificar onde os custos da operação estão maiores, além de mostrar oportunidades para melhorar o fluxo de caixa.

Para acompanhar outras informações sobre a aplicação da tecnologia na pecuária moderna e conhecer a solução perfeita para aperfeiçoar a gestão da sua fazenda, leia o nosso blog e acesse o nosso site.

 


Se você se interessa por pecuária no Brasil, e demais tendências da pecuária moderna, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

A visão do dono define o tipo de resultado?

Para responder essa pergunta, primeiramente precisamos entender quais dados e qual a fonte de informação esse pecuarista tem em mãos para tomar suas decisões. Isso só reforça a importância do controle, administração e gestão de todos os dados da propriedade.

A base de dados da GA representa 68% do mercado de confinamento brasileiro e, ao analisarmos o comportamento desses confinadores, vemos que 28% deles não atualizam os custos operacionais da sua atividade há mais de 1 ANO e lançam um valor de diária estimado, na maioria das vezes. Ao considerar a alta dos custos em 2020, isso representa um grande risco para o negócio e inviabiliza medir a rentabilidade do negócio da forma correta.

Por sua vez, 72% dos clientes GA de alta gestão atualizam essa informação a cada dois meses e, ao fazerem isto, reduzem o risco e garantem resultados mais confiáveis. Já aqueles que fazem a integração com ERP têm esse ajuste mensal e de forma dinâmica, o que torna a apuração do resultado muito mais segura.

É importante entender que existem diferentes maneiras de observar e medir os resultados. Mas afinal de contas, qual é a melhor? Vamos entender essa evolução:

Foco no custo – Nesta etapa, o produtor se dedica aos custos, então realiza boas compras de insumos e animais de reposição.

Foco na receita – O produtor realiza boas vendas e tenta obter boas negociações de seus animais.

Foco na produtividade – Otimização dos processos para melhorar os índices e aumentar sua margem (bonificações ou premiações do frigorífico, por exemplo)

Foco no capital – Trabalha focado na rentabilidade e retorno do seu negócio, pois atingiu o alto nível de maturidade da gestão.

É importante entender que essa é uma escalada da baixa para alta gestão de maturidade e esse processo também está relacionado aos diferentes perfis do pecuarista, pois cada um tem habilidades que devem ser usadas ao seu favor.

“Operar em baixa maturidade, é estar em um risco muito elevado.” – Paulo Marcelo (CEO da GA)

O que muda da visão produtiva para a visão econômica na minha fazenda?

Na gestão de alta performance, onde se utiliza soluções de gestão integradas à sistemas ERP, é possível enxergar o mesmo animal como DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), e isso muda completamente a visão de negócio e daquilo que será medido para se chegar ao resultado desejado.

Nessa mudança de visão produtiva para uma visão empresarial, o produtor deixa de monitorar apenas o peso de entrada/saída do animal e passa a acompanhar o seu estoque de arrobas que, ao valor da cotação do dia, mostra o valor real do ativo biológico do seu negócio.

Pode até parecer uma simples mudança de conceito, mas na prática significa saber seu estoque real e o quanto ele vale, obtendo uma visão de caixa mais precisa. Com informações econômicas é possível conectar os relatórios zootécnicos aos contábeis e os números revelam o valor real do seu negócio de forma mais segura. Para isso, vamos entender os perfis da gestão do negócio rural.           

Perfil de gestão de Negócio

O pecuarista com baixa gestão não consegue ter uma visão real do seu negócio. Se analisarmos os custos nutricionais em uma gestão de baixa maturidade, os valores são fixos ou atualizados apenas na última compra. Já na alta maturidade, esses custos são extremamente dinâmicos, a cada entrada de insumo o sistema de gestão da GA, integrado ao ERP, gera uma média ponderada móvel que, somada ao custo operacional da fábrica, fornece o custo real da dieta desses animais.

Nota-se o alto risco financeiro dentro do negócio quando consideramos que a nutrição representa cerca de 80% do custo da atividade.

Todas as anotações e registros realizados por humanos estão suscetíveis à erros, o que deixa o pecuarista em uma posição insegura sobre seu negócio. Índices como gestão de estoque, fluxo de caixa, eficiência de fornecimento e fabricação da ração são diretamente afetados, consequentemente, o resultado econômico não é confiável. Na alta maturidade, o resultado econômico está integrado com o resultado da contabilidade geral e fornece números mais precisos. Nesse cenário, o pecuarista consegue controlar melhor a exposição aos riscos e aproveitar as oportunidades do mercado.

Para saber mais informações sobre gestão de alta performance na pecuária, não deixe de participar do Circuito de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Paulo Marcelo (CEO da GA): Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Marcelo Ribas (CEO Intergado): Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA): Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Nutrição – O que precisa acontecer da porteira para dentro

Vimos no artigo anterior o resultado financeiro do confinamento nos últimos 3 anos e como a margem de lucro prevista para 2021 vai exigir um aumento significativo de eficiência na produção destacando o que pode impactar no resultado. Como é uma sequência, recomendo que leia antes este artigo. [colocar link do artigo 1 de nutrição]

Para um resultado mais apurado, fizemos uma simulação de um confinamento com capacidade estática de 5 mil cabeças que realiza 2 giros por ano totalizando 105 dias de confinamento, com um consumo médio diário de 16kg de matéria natural e custo da dieta de R$0,80/kg.

Primeiramente avaliamos a eficiência de fabricação e um dos índices importantíssimos e, para muitos ainda desconhecido, que é o chamado “custo do excesso”. Ele indica o quanto foi fabricado de ração acima dos índices toleráveis. Supondo que esta fábrica tenha que produzir 100kg da dieta e a tolerância da fabricação seja de 5% a mais ou a menos. Isso indica que se fabricar abaixo de 95kg ou acima de 105kg está ultrapassando essa margem de erro tolerado. A isso, chamamos custo do excesso!

É comum vermos que a fábrica sempre erra para valores acima do tolerado e observando a base de dados, sabemos que o custo do excesso representa em média 1% do custo alimentar.

No gráfico acima, vemos fábricas com ótimos índices de eficiência de fabricação (automatizadas) e outras nem tanto (sem automação) e podemos notar as grandes variações dos valores “desperdiçados”.

Em uma eficiência de 50%, o custo do excesso é de R$99,54/cabeça gerando um “desperdício” total de R$995.413,82. Quando trabalhamos com os melhores índices de eficiência, esses valores podem ser reduzidos para R$5,23/cabeça e R$52.390,20 considerando a capacidade de 10 mil animais.

Evolução da eficiência de fabricação (Efeito Dunning-Kruger)

No cliente analisado acima, percebe-se que com a anotação manual da produção da fábrica, a eficiência estava acima de 80%. Em agosto de 2017, foi iniciado o processo de automatização da fábrica do confinamento. Inicialmente, a eficiência registrou queda mostrando os números reais da operação. A partir disso, o produtor pode identificar os erros de estrutura, erros operacionais e falhas humanas que interferiam na eficiência da fábrica. O processo de ajuste levou de 6 meses a 1 ano até que a eficiência estabilizasse de forma correta. Dessa maneira, houve redução significativa no desperdício de ingredientes, melhorando o controle do estoque e reduzindo o custo com a nutrição. Este é o tempo médio de implantação e estabilização, mas já registramos casos em que produtores corrigiram os erros com mais velocidade e colheram resultados em apenas 3 meses.

Fica claro que quanto mais rápido essa transição for feita, menor o impacto financeiro da atividade.

Erros de fabricação e riscos

  • Custo médio equivocado – erro induzido na conta final por animal e lote;
  • Gestão do estoque – importante realizar boas negociações de compra e manter o estoque abastecido, se prevenindo das oscilações do mercado e alterações da dieta;
  • Quebra no peso de entrada – utilizar o balanção na entrada dos animais mascarando o peso correto por animal;
  • Resposta do animal – mudanças na dieta podem impactar negativamente no desempenho do animal.

Abaixo elencamos algumas boas práticas na fabricação.

Boas práticas de fabricação

– Planejamento: executar corretamente as dietas planejadas (adaptação, crescimento, terminação);

– Pré-Mistura: trabalhar com pré-mistura aumenta a assertividade e reduz o erro de desperdício, pois são ingredientes utilizados em baixas quantidades;

– Atualização da matéria seca: trabalhar com dados atualizados constantemente, fornecendo a dieta correta dentro do formulado;

– Batida (Tamanho x Assertividade): quanto menor a batida, maior o erro;

– Equipamento / Infraestrutura: realizar manutenções preventivas e manter em condições ideais de trabalho.

Fica claro que dentro da porteira existem vários pontos a serem melhorados quando falamos de nutrição animal. O processo de automação vem como uma melhoria representativa da fábrica de ração, reduzindo os custos desperdiçados, permitindo melhor gestão do estoque e do resultado financeiro da atividade.

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Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Pecuária de precisão: 5 passos para obter os melhores resultados

pecuária de precisão

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Os mais de 50 anos da criação de animais com fins comerciais no Brasil moldaram uma atividade que hoje coloca o país no topo do ranking da produção mundial. Nas décadas mais recentes, a adoção de recursos tecnológicos e metodologias modernas permitiu elevar a atividade a um patamar classificado como pecuária de precisão. Essa maneira de trabalhar trouxe muitos benefícios, mas nem todos os produtores estão acostumados a encontrar termos como cloud computing, chips, software e hardware no meio rural.

O motivo do estranhamento é o fato de que muitos donos de fazendas ainda preferem controlar o andamento das rotinas administrativas da propriedade manualmente — o que para eles pode parecer mais confiável do que inserir informações em um computador, por exemplo. Para isso, lançam mão de planilhas de preenchimento manual, cadernos de anotações e outros recursos considerados ultrapassados pelos produtores de alto desempenho.

Ainda que pareçam mais confiáveis — muitos alegam ter dificuldades para confiar em informações virtuais —, esse método é mais sujeito a erros e não permite o acompanhamento em tempo real de grandes plantéis como acontece com as técnicas mais modernas existentes no mercado.

Continue a leitura e saiba por onde começar para modernizar a sua propriedade e aumentar significativamente a lucratividade da sua fazenda.

Passo 1: Confie na nuvem

 

A computação em nuvem — também chamada de cloud computing — é uma tecnologia em crescimento em praticamente todas as atividades econômicas do mundo. É ela que está por trás da chamada “onipresença” do mundo virtual, pois trata-se de um conjunto de computadores e sistemas que nunca param de trabalhar. É utilizada por bancos, companhias telefônicas, corretoras de investimentos e grandes indústrias para manter seus dados sempre acessíveis e seguros.

Com o uso da computação em nuvem, quaisquer informações podem ser armazenadas digitalmente e permanecerem sempre disponíveis. Os dados são mantidos em data centers, que são grandes parques com diversos computadores interligados, que atuam de forma redundante entre si. Isso impede que por um motivo qualquer alguma coisa se perca. Além disso, esses locais são monitorados à distância e in loco por amplos sistemas de segurança para evitar que incidentes comprometam as informações.

Passo 2: Meça tudo o que for possível

 

Independentemente do tamanho da propriedade, há diversos fatores que interagem uns com os outros e se alteram, minuto a minuto, refletindo diretamente no resultado final. Se um determinado animal está doente tende a se alimentar menos reduzindo assim o seu desempenho. Se o ganho de peso individual e do lote não é medido diariamente, não é possível mensurar a eficiência da dieta adotada e muito menos predizer o ponto ótimo de abate. Sem medir o consumo e as sobras de ração no cocho não é possível fazer a gestão adequada do estoque de insumos considerando a melhor oportunidade de preço para compra sem contar o impacto no processo de fabricação e distribuição no desempenho dos animais. Até dados que parecem irrelevantes quando somados podem causar uma diferença significativa de rentabilidade.

Para que a propriedade seja marcada pela pecuária de precisão que acontece ali, é fundamental ser extremamente detalhista na gestão e buscar medir absolutamente tudo o que acontece. Deslocamentos e movimentos dos animais, o quanto eles ingerem de água e alimento por dia, qual é a variação de peso com o passar do tempo, quais as diferenças entre grupos semelhantes e outros aspectos ainda mais específicos precisam ser acompanhados diariamente. Depois de coletados, eles podem ser analisados em relatórios periódicos que ajudarão o pecuarista a tomar as decisões acertadas para produzir cada vez mais e melhor.

Passo 3: Integre todas as áreas

 

O acompanhamento minucioso de uma fazenda torna-se mais difícil na mesma proporção em que ela cresce. Por outro lado, ninguém impedirá o aumento da produção porque não tem como verificar a evolução do negócio. Neste sentido, a adoção de ferramentas tecnológicas de alto nível é fundamental.

Hoje existem no mercado equipamentos de campo que contém sensores e interfaces de comunicação que permitem a coleta de dados em tempo real. E não é apenas a leitura feita por um funcionário: conectados à redes de computadores, eles podem emitir de forma ininterrupta detalhes sobre o quanto de alimento foi distribuído nos cochos, em quanto tempo foi consumido, qual o peso do animal antes e depois de comer, entre outras inúmeras variáveis da rotina agropecuária. A riqueza de informações contribui também para analisar quais os processos mais eficientes para a estrutura da fazenda e quais podem ser melhorados.

Passo 4: Invista em capacitação

 

A tradicional imagem do homem do campo de chapéu, andando à cavalo e com pouca instrução mas muito conhecimento prático tende a ser cada vez mais rara nas propriedades de alto rendimento. Ainda que muito do que eles sabem seja válido, é preciso atualizar os meios pelos quais a produção terá capacidade de crescer e a lucratividade, aumentar. O perfil deste profissional tem que ser cada vez mais analítico e familiarizado com dispositivos modernos.

Essas tecnologias tendem a permitir o controle completo da propriedade, a qualquer momento e em qualquer lugar, por meio de smartphones e tablets. Além disso, a quantidade de informação gerada a partir do processamento dos dados emitidos pelos equipamentos da fazenda é imensa, e a análise e interpretação delas será fundamental para definir os rumos de cada ciclo produtivo.

 

Passo 5: Use um software de gestão

 

Para unificar todas essas ações e permitir que elas gerem o resultado adequado, é fundamental mantê-las sob o controle criterioso de uma plataforma completa de gestão agropecuária. É ela quem permitirá organizar, ler, compreender e agir conforme as necessidades para garantir o funcionamento perfeito de toda a fazenda — desde a chegada do animal até a identificação do ponto ótimo de abate e a sua comercialização.

Esse tipo de recurso permite otimizar o controle das atividades, aumentando significativamente a eficiência de todos os setores da cadeia interna. É ele que vai indicar a lucratividade da fazenda, em quais aspectos é preciso investir mais e o que pode estar drenando o lucro de um negócio tão minucioso como a pecuária.

Continue acompanhando nosso blog para saber como aumentar a lucratividade da sua fazenda.

Eficiência dos processos produtivos

O que o animal “fala” sobre isto

Quando falamos de desempenho animal precisamos entender todos os processos que fazem parte do processo produtivo. Neste artigo, trouxemos algumas análises relevantes sobre esse tema.

Analisamos clientes com automação na fábrica de ração para entender o erro por tipo de alimento e, segundo a base de dados da GA, a maioria dos clientes erra para “cima’’ durante a fabricação da dieta. Também foi constatado que os ingredientes proteicos, insumos de alto custo, são os que apresentam a maior margem de erro conforme gráfico abaixo:

Erros na fabricação por tipo de alimento


Fonte: GA + INTERGADO, 2021

O cenário ideal é fabricar e fornecer a dieta o mais próximo do previsto para não “furar” o estoque e, dessa maneira, consumir os ingredientes dentro do planejado para não prejudicar o desempenho do animal (caso seja necessário realizar a troca de ingredientes durante o ciclo) e não aumentar os custos de produção.

Com a tecnologia de pesagem voluntária diária dos animais da Intergado, conseguimos obter todos esses dados e entender o que está impactando na produtividade.

No gráfico abaixo, analisamos um animal de uma fazenda tecnificada. Percebemos que o desvio entre o desempenho previsto pela dieta formulada e pela dieta fornecida foi de apenas 3%, indicando bons índices do processo. (Linha preta e cinza praticamente sobrepostas).

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

O nutricionista dessa propriedade, formulou uma dieta considerando que o animal terminaria o confinamento com 547kg. O cliente estimou o ganho de peso diário no sistema com média de 1,5 kg/dia (linha dourada) com peso final esperado de 515kg. Já a medição diária e individual, através das balanças eletrônicas da Intergado, mostrou que o animal terminou o período confinado com 532kg.

Existe uma diferença entre a predição e a resposta real do animal e, nesse caso específico, a fábrica de ração trabalhava com índices de controle rigorosos, porém com margem para melhoria da eficiência. Vale ressaltar que mesmo com uma boa operação de fábrica, ainda assim, podemos ter diferenças entre a realidade e as previsões.

Concluímos que nessa situação, estamos subestimando a exigência do animal na formulação da dieta e que a tecnologia do “boi sensor” (animal coletando dados para orientar as decisões do pecuarista, através do monitoramento das pesagens diárias voluntárias nas balanças da Intergado) pode ajudar a calibrar o modelo para chegar no ponto de equilíbrio. Vamos entender melhor no próximo gráfico.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

No gráfico acima, vemos que a linha azul reflete exatamente o que aconteceu com o boi, pois é o acompanhamento feito a partir da pesagem diária do animal. Importante ressaltar que com o dado real temos mais informações para calibrar e tomar decisões referente ao confinamento. Vimos um desvio de 30,52% entre o ganho de peso real e o ganho de peso previsto pelo modelo (linhas preta e cinza praticamente sobrepostas).

Também fica claro que utilizar o ganho linear (linha dourada) não é a melhor opção a ser adotada quanto ao desempenho do animal. Isso pode trazer erros no controle de estoque e, o mais importante, não é possível identificar o que realmente está acontecendo com o animal ao longo do processo de engorda.

Para isso, temos a oportunidade de usar o animal como um sensor da fazenda já que ele responde a todas as interações e usar o conhecimento sobre o seu comportamento para corrigir os processos durante os dias de cocho, equilibrando exigência nutricional e desempenho para tomar melhores decisões produtivas e econômicas.

O custo da perda de desempenho

Naturalmente, ao longo do período confinado, o ganho de peso diário diminui e depois tende a estabilizar. Inicialmente, é maior devido ao ganho compensatório e depois se estabiliza quando o animal já está habituado à dieta, ao cocho e ao ambiente.

Um dos fatores que interferem no desempenho animal é a troca de dietas que exigem uma adaptação do animal à nova formulação. No gráfico abaixo, percebemos o impacto das trocas de dieta em 2 momentos, acarretando uma perda de 5,27 kg que representa R$58,00/cabeça durante o confinamento.

Ganho de peso diário x Dias de confinamento

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Essas mudanças de ingredientes na dieta podem ser pressionadas pelo mercado ou por falha de algum fornecedor, como aconteceu muito em 2020. Mas, com o planejamento de estoque bem-feito, com insumos suficientes para o ciclo e mantendo as eficiências dos processos (sem perdas) é possível controlar os custos e evitar a troca de ingredientes que prejudicam o desempenho animal. Mesmo quando as trocas são por ingredientes similares em qualidade e energia, a resposta do animal é negativa.

Veja no gráfico abaixo, o que aconteceu em 2020 com 5 mudanças na dieta provocadas por condições de mercado, trocando por ingredientes de igual valor nutricional:

Composição das dietas x Ganho de peso diário (GPD) x Energia metabolizável (EM)

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

As linhas tracejadas na vertical indicam os períodos em que foram realizadas trocas de ingredientes por indisponibilidade no mercado. Na linha laranja, temos a Energia Metabolizável (EM) que foi entregue ao longo do tempo, considerando as mudanças de ingredientes. Nota-se que o nutricionista tentou manter estável durante as trocas, mas na linha verde temos o GPD do animal mostrando quedas drásticas em cada troca.

Os animais estavam abaixo do seu potencial máximo e, segundo estimativas, para recuperar as perdas, os animais precisariam de 9 dias a mais de cocho, representando um custo adicional de R$117,00 por cabeça.

Em casos em que é necessário fazer a mudança na dieta, o mais recomendado é realizar essa troca de forma gradativa e, assim, facilitar a adaptação do animal e reduzir perdas de desempenho. A melhor forma de fazer isso é com a automação da fabricação e do fornecimento, que facilitam intercalar diferentes dietas ao longo do dia de trato e por períodos determinados.

Importante entender que o bovino é um animal que gosta de rotina e as decisões que tomamos durante o período confinado refletem diretamente na performance do animal. Utilizar o animal como “sensor” é uma grande oportunidade de tomar decisões assertivas. Dessa maneira, fica claro que para ser um bom pecuarista é preciso ser um bom planejador e também um bom observador.

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Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

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Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar

Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar? Descubra nesse post!

A monta natural é o sistema de reprodução em que o touro permanece com as vacas durante todo o ano. Para muitos pecuaristas, zootecnistas e veterinários, trata-se de uma forma ultrapassada de se promover a reprodução dos animais, mas a avaliação das propriedades e o acompanhamento da realidade brasileira mostram que, na verdade, 90% das matrizes em idade reprodutiva são cobertas por monta natural (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP).

Apesar disso, não exercer um controle preciso sobre a estação pode impactar diretamente na boa administração da fazenda. A monta sem definição torna bem mais difícil executar corretamente os controles sanitários, produtivos e reprodutivos do rebanho e pode fazer com que a rentabilidade da fazenda caia. Por esta razão, é fundamental que o dono da fazenda, seus gestores e equipes definam e planejem com a maior precisão possível os melhores períodos para que os acasalamentos aconteçam. Ainda que seja comum realizar essa prática em duas estações ao longo ano, essa estratégia não é sugerida a qualquer tipo de propriedade por fazer com que os nascimentos ocorram durante um intervalo cronológico muito grande. Isso interfere no manejo e facilita a incidência de doenças nos bezerros que nascem na época mais úmida do ano, por exemplo.

Você já sabe da necessidade de observar o processo produtivo da pecuária de corte de ponta a ponta e que o acompanhamento do ciclo por meio de dados é cada vez mais imprescindível para o alcance das metas de produtividade e lucratividade da propriedade, portanto o quanto antes esse processo começar, melhor. Mas como a tecnologia pode ajudar a obter os melhores resultados?

 

Controle aprimorado do rebanho na monta natural

Ao planejar a estação de monta para o início do período das chuvas, o pecuarista e a sua equipe devem considerar todos os fatores que interferem no fluxo produtivo. Nesta fase, não adianta achar que um dado é pequeno o suficiente para passar batido: tudo interfere no resultado final, e por isso é importante para o bom andamento dos procedimentos.

A comparação e a análise de dados por meio de uma ferramenta avançada de controle de gado vão favorecer a desmistificação de algumas crenças que podem iludir e induzir à interpretação equivocada.

Consideremos uma hipótese costumeiramente apresentada por especialistas: um touro P.O. que tenha custado cerca de R$ 8 mil fará parte de um mesmo rebanho por, no máximo, quatro anos. O custo deste animal é, portanto, de R$ 2 mil/ano. Caso ele esteja em um pasto alugado, deve se somar a este valor outros R$ 360 por cada período de 12 meses. Contando a imunização necessária, os medicamentos, a remuneração do colaborador e o manejo ao longo de todo o ano, chega-se ao custo de pelo menos outros R$ 100 por ano. Num cenário de monta natural em que esse touro interaja com um lote de pelo menos 30 vacas, o custo de geração de bezerros será de R$ 2,4 mil por ano.

Agora imagine uma situação semelhante, mas utilizando a Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). O cálculo é muito mais simples, porque depende unicamente da quantidade de vacas expostas ao sêmen (que custa a partir de R$ 12). Somados os hormônios e o trabalho do inseminador (mais R$ 40), são R$ 1,5 mil para as mesmas 30 vacas.

Esse tipo de comparação até pode ser feita manualmente, mas a partir da adoção de um sistema de gestão agropecuária baseado na precisão de dados, permite ao administrador da fazenda economizar tempo e dinheiro ao tomar a melhor decisão mais rapidamente. Até porque são diversos fatores a serem considerados. Entre eles estão o índice de prenhez, o peso na desmama e o preço de venda.

Monitoramento da monta natural e IATF

A evolução do rebanho desde a reprodução exige uma visão completa do negócio. A organização dos fluxos, como dissemos no começo deste artigo, é imprescindível e não deve acontecer somente dentro da fazenda. Além disso, deve-se contemplar etapas importantes como a cria e a recria, oportunizando a leitura em tempo real e a interpretação completa dos dados, fornecendo:

  •  Calendário dos eventos por lote com controle de toda a operação, incluindo dados do curral, atividades por equipe e profissional;
  • Financeiro: custos de produção individual da matriz e do bezerro;
  • Previsão de parto pós-IATF por meio de relatórios na web e nos coletores off-line;
  • Acompanhamento dos índices de: idade ao primeiro parto, taxa de prenhez, índice de serviço, intervalo entre partos, taxa de nascimento, taxa de concepção por touro por partida, custo da IATF por matriz e por lote, controle de nutrição e suplementação, dentre outros;
  • Histórico de vida do bezerro incluindo alocação de piquete (mapa do gado), custos de sanidade, nutrição a pasto e suplementação, dados zootécnicos, custos operacionais, taxa de desmame, dentre outros;
  • Nutrição: Controle de consumo vaca/bezerro com creep feeding, por cabeça ou percentual do peso vivo e controle de consumo apenas das matrizes;
  • Planejamento da estação de monta com evolução dos resultados para a próxima estação.

Gerenciar tantas informações à mão torna a tarefa de gerar resultados mais árdua e arriscada. Portanto, é importante avaliar as necessidades do seu negócio e quais tecnologias poderão ajudá-lo a evoluir o rebanho e garantir o retorno financeiro da sua atividade.

Para acompanhar outras informações e saber como a tecnologia pode ser aplicada à gestão da sua fazenda, continue lendo o nosso blog e acessando o nosso site.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão

controle de gado de corte

Controle de gado de corte baseado em dados: como as informações ajudam na gestão agropecuária

Controle de gado de corte baseado em dados: como as informações ajudam na gestão agropecuária
Nesse post, entenda como as informações beneficiam o controle de gado de corte nas propriedades.

 

Não pode ler agora o post “Controle de gado de corte baseado em dados: como as informações ajudam na gestão agropecuária”? Clique no play e ouça o conteúdo:

 

O ano de 2019 será importante para a pecuária brasileira, sobretudo para os produtores que comercializam o plantel no mercado externo. Quem conhece os movimentos econômicos tem previsto que a partir do dia 1º de janeiro haverá uma alta no preço dos animais, marcando uma virada econômica no cenário. A preparação para o atendimento da demanda doméstica e estrangeira passa, obrigatoriamente, pelo controle de gado de corte e isso só pode ser feito de uma maneira: com o uso eficiente e inteligente da tecnologia.

 

O ciclo de alta do preço do boi gordo deve acontecer porque a perspectiva é que a cotação do animal pronto para o abate se valorize acima da inflação. Essa etapa também deve favorecer que os pecuaristas retenham mais vacas para aumentar o rebanho futuro. Isso exige ainda mais cuidados para que esses animais passem pelo ciclo e mantenham um ótimo quadro de saúde ao final dele, mesmo que precisem permanecer mais tempo no confinamento ou na propriedade.

 

Para informar e mostrar como o uso de uma plataforma eficiente de gestão agropecuária pode contribuir significativamente com o bom andamento da fazenda, nós preparamos este e-book completo e gratuito que traz todas as informações das quais você precisa para transformar a sua fazenda em uma produtora de lucros. Clique aqui para ler agora e preparar o seu negócio para 2019.

 

Controle de gado de corte fomenta crescimento no Brasil

 

Os últimos 30 anos mostram que dentre todos os países produtores do mundo, o Brasil é um dos que desponta na liderança do crescimento da produtividade. O levantamento considera dados oficiais que fomentam a elaboração de políticas para o setor da pecuária de corte pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e apontam que a adoção da tecnologia é um diferencial irrefutável de que a gestão das propriedades precisa se modernizar cada vez mais. Basta observar outro dado que mostra que de 1975 a 2015 cerca de 60% do crescimento da produção foi ocasionado por recursos de última geração incorporados à rotina do campo. Destes, 15,4% foram atribuídos ao trabalho e outros 15,1% à terra.

 

Ao longo do século XX o Brasil se posicionou, por conta desses fatores, como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo e até o final deste ano, teremos enviado para os Estados Unidos cerca de 10 milhões de toneladas. Tais números se justificam pela preocupação dos pecuaristas nacionais em oferecer qualidade por meio do monitoramento constante de aspectos como o controle de gado de corte baseado em dados. Isso significa que plataformas completas de gestão agropecuária facilitam essa tarefa ao oferecer bancos de dados atualizados que dão ao gerente da propriedade e à sua equipe todas as informações necessárias para a tomada de decisão correta no ciclo produtivo.

 

Dentre as informações que podem ser obtidas a partir do uso de um software de gestão agropecuária, estão:

 

  • Controle de contrato (compra, boitel, parceria produzida);
  • Peso de entrada individual e por lote;
  • Peso de saída individual e por lote;
  • Identificação individual por animal (SISBOV ou número de controle);
  • Consumo de matéria seca/dia por animal e lote;
  • Previsão de fornecimento diário de ração com base na leitura de cocho digitalizada;
  • Controle de eficiência na fabricação e fornecimento de ração;
  • Controle de estoque de insumos;
  • Controle sanitário;
  • Rendimento de carcaça;
  • Ganho líquido de carcaça;
  • Custo por arroba produzida;
  • Lucro por arroba;
  • Lucro total.

 

Inteligência a serviço da boa gestão do campo

 

Mais importante do que reunir todos os dados em uma plataforma é o processo de tratá-los e interpretá-los. A pecuária de precisão exige uma zootecnia de precisão, obtida por meio da análise de alto nível desenvolvida pelos técnicos e gerentes de cada unidade produtiva. É por isso que a escolha de qual software que vai fazer a gestão da informação de toda a operação no campo é tão importante.

 

Essa situação não é baseada apenas no “achismo”: a consultoria internacional Alberdeen Research apurou que no mundo inteiro, as empresas que utilizam sistemas de gestão baseados na tecnologia registram aumento na produtividade da ordem de 73%, redução de 18% dos gastos operacionais e economia de 16% nos valores dedicados aos custos administrativos. Bons volumes para repensar a sua estratégia e ferramenta de administração da fazenda, não?

 

O “sim” para essa pergunta foi dado como resposta até agora por mais de 570 propriedades pecuárias do Brasil, Paraguai e Bolívia. Elas adotam uma solução desenvolvida por especialistas que contempla todo o ciclo produtivo — cria, recria, engorda a pasto e terminação intensiva a pasto (TIP). O Ecossistema GA tem na base todos os dados de mais de 450 mil cabeças em IATF (Inseminação Artificial de Tempo Fixo), 500 mil cabeças na recria que totalizam mais de 2,7 milhões de manejos operacionais e é a opção preferida de grandes empreendimentos brasileiros.

Para saber mais sobre a solução ideal para implementação na sua propriedade, clique aqui e acesse o nosso e-book gratuito sobre o Controle de gado de corte baseado em dados e como as informações ajudam na gestão agropecuária.

 

controle de gado de corte

Os erros mais comuns no confinamento de boi

Quais erros você deve evitar no confinamento de boi?

O ano de 2018 foi bastante desafiador para a pecuária de corte brasileira. A expectativa dos produtores era que após a crise econômica registrada nos últimos anos, o poder de compra dos consumidores fosse restabelecido e os lucros aumentassem, mas o relatório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) elaborado em conjunto com a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) mostra que a valorização da arroba ficou abaixo da inflação mesmo com as exportações aquecidas. No campo, a maior oferta de fêmeas para abate por conta da virada do ciclo pecuário favoreceu uma negociação maior por parte dos frigoríficos, levando à diminuição dos preços. E agora, para o segundo trimestre de 2019, a gestão do confinamento de boi deve ser feita de forma a minimizar erros e aumentar o bom desempenho dos plantéis nas propriedades.

 

O momento é de revisão de práticas que foram implementadas no ano passado — ou vêm sendo executadas há algum tempo — mas não resultaram em bons números nem aumento de produtividade e lucro. Essas práticas geram impactos em importantes métricas de resultados que orientam a gestão da propriedade agropecuária. Medir e controlar cada um dos processos evitando pequenos erros que, apesar de comuns geram prejuízos, traz a possibilidade de redução de custos e ganhos mais expressivos até o final do ciclo no curto e médio prazos.

 

Muitos pecuaristas já sabem que para controlar a produção intensiva onde tempo é literalmente dinheiro, é preciso ter acesso rápido e atualizado dos números de todos os processos, custos, estoque de insumos, etc. São muitos dados gerados num curto espaço de tempo e que precisam ser analisados com precisão e agilidade para que as decisões tomadas sejam as mais corretas para o negócio. Fazer isso sem um sistema de gestão é humanamente impossível e tomar decisões sem as informações adequadas traz grandes riscos para o negócio. A melhor maneira de analisar o desempenho do seu negócio de confinamento de boi é por meio da implantação e uso de avançadas plataformas de coleta e análise de dados. São elas que permitem aferir as áreas do confinamento que estão entregando melhor resultado e as que precisam de atenção além de monitorar como cada animal se comporta em relação aos procedimentos adotados.

 

Pensando nesse processo de acompanhamento constante e na importância dele para o avanço do negócio, nossos especialistas desenvolveram este e-book que reúne os erros mais comuns na gestão do confinamento de boi. Eles apresentam algumas das práticas equivocadas que ocorrem com maior frequência nos confinamentos brasileiros e dá dicas sobre o melhor caminho para evitá-las. Seguindo as sugestões dos profissionais da Gestão Agropecuária e implementando uma solução digital para gestão da sua produção você vai reduzir os riscos de prejuízos e terá mais chances de aumentar a lucratividade.

 

Clique aqui agora e saiba quais práticas devem ser evitadas para impedir que a produtividade da sua fazenda caia.

 

Alimentação e sanidade no confinamento de boi

Essas duas áreas de cuidados são as duas mais importantes dentro de qualquer fazenda do Brasil. Se os animais não comerem da forma correta e não houver um sistema de proteção biológico válido e eficaz, a engorda não vai acontecer e o resultado será um ganho de carcaça inexpressivo. Os lucros, obviamente, vão cair bastante.

 

Logicamente a maior parte dos gestores pecuários sabe da importância desses dois processos e os elencam como aqueles sobre os quais eles e seus times depositam mais atenção. Isso é quase uma unanimidade, mas se as boas práticas fossem tão frequentes assim, não haveria fazendas com problemas relacionados a essas duas áreas. Veja o caso da ração, por exemplo: é um dos insumos que mais interfere no resultado produtivo da fazenda e qualquer alteração, por mínima que seja, pode impactar de forma perceptível no final do ciclo.

 

A falha aqui costuma envolver o não cumprimento adequado do plano nutricional criado pelo nutricionista. Sem o controle diário e detalhado por tipo de dieta e formulação que foi fabricado e do que foi realmente distribuído no cocho não é possível garantir a entrega de energia necessária para a engorda dos animais. Sem esse acompanhamento, pequenos desvios entre o volume fabricado e o distribuído se tornam rotina e, o pior, aumentam com o passar do tempo causando grandes prejuízos financeiros. Em alguns casos, a quantidade de ração fabricada não corresponde ao que foi fornecido no cocho — e essa divergência entre os números só pode ser aferida com precisão se houver uma plataforma completa que gerencie a fábrica de ração e o fornecimento do trato no confinamento de boi. Quando as anotações são feitas manualmente num caderno ou numa planilha, os arredondamentos costumam acontecer e prejudicar a leitura fiel do quadro.

 

Um dos principais indícios de que há algo que precisa ser revisto são os dados “100% perfeitos”, como diz o gerente comercial da Gestão Agropecuária, Newton Filho: “eles podem mascarar uma série de problemas e no curto e médio prazos, minar a lucratividade do seu negócio”.

 

Da mesma forma, a utilização inadequada de medicamentos e vacinas com a desculpa de que é mais barato economizar em remédios e na aplicação dos mesmos pode, aos poucos, piorar a qualidade da carne obtida ao final do ciclo. As vacinas devem ter um calendário de aplicação bem definido e é fundamental segui-lo à risca. Caso contrário, um único animal que sofra de alguma doença pode contaminar todo o lote.

 

Coleta de dados com precisão: o caminho para os bons resultados do confinamento de boi

 

Para que todo o confinamento da propriedade seja acompanhado da forma mais precisa possível, é imprescindível que o gestor agropecuário considere a importância da adoção de plataformas de tecnologia e a encare como uma aliada no negócio. A época de que a lucratividade do negócio viria do tamanho do rebanho e não da qualidade dele deixou de existir, e para atender às necessidades do mercado, será preciso inovar.

 

Para o CEO da Gestão Agropecuária, Paulo Dias, a falta de planejamento é o principal gargalo que impede que os resultados do negócio sejam muito mais expressivos.

 

— A fazenda de confinamento é, cada vez mais, uma entidade holística. Todos os setores precisam trocar informações, acompanhar o que as etapas pregressas e posteriores estão fazendo e compreender a importância do trabalho que está sendo feito em outras unidades visando o resultado final. Não dá mais para manter os dados segmentados.

 

Para conhecer mais sobre os processos mais eficazes na gestão do confinamento de boi, clique no link abaixo agora e leia o nosso e-book gratuito sobre os erros mais comuns no confinamento de boi.

 

confinamento de boi

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