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Hora do trato – O que podemos melhorar?

Nesta série de artigos de Nutrição, mostramos pontos importante a serem gerenciados em um confinamento para uma pecuária de sucesso. Caso não tenha lido os outros 2 artigos, recomendo a leitura para acompanhar o raciocínio.

Amplamente conhecido como “trato dos animais”, abordaremos o fornecimento da dieta e seus respectivos gargalos operacionais.

Os bovinos são animais que desempenham melhor quando manejados de maneira estável e o confinamento deve seguir uma rotina diária para melhores resultados. O uso de tecnologias e softwares de gestão como o TGC e a Automação GA, auxiliam neste processo.

É muito comum ocorrer atraso no trato por diversas razões, como manutenção do caminhão, atraso na fabricação, atraso na leitura de cocho. Quando isso acontece, os animais respondem negativamente, pois ficam com a quantidade de comida abaixo do planejado no cocho, o que diminui o consumo e afeta o ganho de peso diário. Além do desempenho animal, o processo de fabricação é prejudicado, pois muitas vezes é feito às pressas com dosagem errada dos ingredientes, causando a fabricação de uma dieta diferente da planejada pelo nutricionista e até fornecimento da quantidade errada.

Quando se automatiza o trato, a eficiência desse processo melhora com correção dos problemas citados acima, otimização do tempo (sobra mais tempo para manutenção dos maquinários e equipamentos) e, consequentemente, a redução dos custos com menos desperdícios.

Benefícios do trato eficiente:

  • Reduz o ciclo de produção (tempo entre uma fabricação e outra);
  • Otimiza o uso dos equipamentos: aumento da capacidade de atendimento, o que permite ter menos caminhões ou mais bois;
  • Reduz o tempo gasto no fornecimento: em média de 3 horas / reduz horas extras;
  • Quantidade real do que foi fornecido;
  • Apuração do custo alimentar é fiel à fabricação – para cada batida fabricada o custo é referente aquele lote.

Fornecimento da dieta

Existe uma diferença entre a dieta que foi prevista e a que realmente foi fornecida ao animal e, quando separamos pelos tipos de dietas (adaptação, crescimento e terminação), vimos que o erro de leitura de cocho e fornecimento é maior dentro da fase de adaptação, quando comparado com as outras. A quantidade fornecida fica desbalanceada, comprometendo o desempenho do animal e custos.

Dessa maneira, vamos elencar algumas práticas de melhorias que podem ser implementadas com facilidade dentro do confinamento.

Boas práticas de fornecimento

Desempenho do animal: o que o boi “fala” sobre a eficiência dos processos

Em parceria com a Intergado, analisamos os dados coletados através das balanças eletrônicas e obtivemos 600 pesagens de cada animal (lote composto por 70 cabeças) em um período de 100 dias de cocho. Concluímos que o desempenho do animal é positivo quando os processos estão alinhados e o manejo correto. Índices como o GPD (ganho de peso diário) e peso do animal vivo se mantém constantes em todo o período de cocho.

Por sua vez, quando há mudanças no manejo, vemos a diferença desses mesmos índices zootécnicos. No gráfico abaixo, diante das altas dos insumos, o pecuarista foi obrigado a fazer uma mudança de alguns ingredientes sem alterar a composição da dieta. A 1ª mudança foi em substituição do milho na dieta, afetando o desempenho para 1,60 kg/dia.

Na sequência, houve uma leve recuperação, porém a 2ª mudança ocorreu quando não conseguiram sustentar os estoques e tiveram que recomprar, houve então outra queda. Na 3ª mudança, houve retorno do milho à dieta, quando os animais se estabeleceram e voltaram muito próximo ao GPD inicial, porém parte desse retorno é ganho compensatório devido aos meses anteriores que foram ruins.

Ao considerar o cenário ideal, sem as trocas de dietas, o peso projetado para os animais do lote seria de 573,44 kg. Neste caso, os animais estariam prontos com 9 dias a menos de cocho e um custo reduzido de R$117,00/cabeça (considerando uma diária de R$13,00).

Fica claro a necessidade de observamos o animal com profundidade e, para isso, o pecuarista precisa ter dados e ferramentas que o auxiliem na tomada de decisões.

Neste caso avaliado, em uma propriedade com 5 mil cabeças e 2 giros ao ano, haveria uma redução de custos de mais de R$1,6 milhão, considerando que com a automação da fábrica, haverá uma melhoria na eficiência de fabricação (redução de R$483.600,00) e a saída antecipada dos animais em 9 dias (redução de R$1.170.000,00).

Em anos desafiadores com margens estreitas e necessidade crescente de uma gestão com alta maturidade, fica claro que os investimentos em tecnologias de gestão podem auxiliar o pecuarista nas melhores decisões, gerando mais lucratividade à propriedade.

Mas você pode estar se perguntando, quanto custa esse investimento? Ele realmente vale a pena? Veja abaixo as possíveis reduções e o retorno do investimento com a fábrica e fornecimento automatizados.

É evidente que o retorno sobre esse investimento se pague rapidamente, considerando o investimento de longo prazo. Atualmente, a GA possui um simulador de fábrica de ração, onde é possível simular sua propriedade e custos e assim, avaliar a sua realidade.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar nossa Trilha de Conhecimento.

Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Impacto da tecnologia na rentabilidade do confinamento

confinamento
A tecnologia impacta no confinamento de bovinos – e o impacto é bastante positivo. Entenda melhor nesse post.

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O setor agropecuário brasileiro costuma apresentar crescimento mais expressivo que a economia nacional. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, enquanto o PIB de 2017 cresceu apenas 1%, a agropecuária aumentou sua representatividade no mercado em 13%. Apesar do ano positivo, esta é uma das atividades econômicas que mais sofre com oscilações internacionais, impactos de fatores externos, variações cambiais e climáticas, mobilidade e legislação, entre outros.

Felizmente, a importância desse negócio para o país o coloca em posição prioritária quando o assunto são pesquisas científicas, estudos, descobertas e inovações que melhorem a produtividade, aumentem o rendimento das propriedades e diminuam a perda nos confinamentos. Isso fica evidente quando o produtor, buscando a excelência na gestão, decide investir em sistemas que tornam o processo de administração das rotinas produtivas mais eficiente.

Viabilizadas pela capilarização cada vez maior das conexões de internet rápida — inclusive em áreas distantes dos grandes centros urbanos —, plataformas completas de gerenciamento de rebanhos têm ganhado a preferência de muitos empreendedores do campo que comprovam: coleta e monitoramento constantes de dados fazem os lucros aumentarem significativamente.


Pensando nisso, a GA lança o primeiro eBook sobre o Impacto da Tecnologia na Rentabilidade do Confinamento. Baixe agora.

 

Mais controle, mais rentabilidade

 

O assunto já foi estudado por especialistas que constataram: donos de propriedades que utilizam softwares de gestão têm 73% de aumento na produtividade, cerca de 20% menos gastos operacionais e 16% de economia nas despesas administrativas. Não é mágica: trata-se de organização e do uso da inteligência de dados a favor dos negócios.

Em muitos casos esse tipo de controle já acontece, mas de forma precária — e até amadora. Por meio de anotações manuscritas, cadernos, e planilhas de preenchimento manual, diversos gestores acreditam estar fazendo a coisa certa, quando na verdade não obtêm um retrato fiel e preciso do que, de fato, está acontecendo. E como esses dados, apesar de imprecisos, podem ser muito próximos dos aferidos por uma plataforma digital, a tendência é acreditar que a diferença no longo prazo não é tão significativa. Mas aí é que o engano acontece.

Um exemplo que ajuda a dimensionar essa divergência é o que é perdido com o desperdício de alimentos no confinamento. Numa propriedade que tem 2 mil cabeças, por exemplo, há uma perda média de eficiência de produção e distribuição de ração entre 3% e 5% a cada ciclo de 100 dias. Isso significa que a cada quilo de ração perdido no trato por dia, a fazenda perde aproximadamente R$ 700 — o que representa um prejuízo diário de cerca de R$ 4,6 mil.

Num outro exemplo, o prejuízo na venda final do gado que não teve um controle preciso no fornecimento de energia gerando uma redução de apenas 2% no ganho de peso diário, pode chegar a quase R$ 35 mil num confinamento de 2 mil cabeças. Muito dinheiro, sobretudo se comparado com o valor investido em plataformas de gestão agropecuária e na capacitação de funcionários.

 

Tecnologia: solução ideal para o pecuarista

 

Ainda que estejam cada vez mais populares, planilhas eletrônicas e aplicativos para tablets e celulares ajudam, mas não resolvem a situação. No primeiro caso, leituras incorretas, erro na inserção de dados e outras falhas podem apresentar panoramas equivocados para os donos de fazendas. No segundo, os recursos querem atender o maior número de produtores possível, deixando de lado as especificidades de cada unidade de negócio e impossibilitando a personalização. Algumas informações importantes para a sua atividade não poderão ser inseridas, ou alguns relatórios fundamentais não estarão disponíveis — e a inclusão desses campos não costuma ser uma solicitação entregável ao cliente.

Softwares avançados facilitam e simplificam o gerenciamento do negócio, atendendo a todos os processos administrativos, financeiros e operacionais. Essas plataformas permitem o acompanhamento do animal desde a entrada dele no confinamento até a saída, com informações precisas sobre a sanidade, movimentação, ganho de peso diário e a indicação do ponto ótimo de abate.

De quanto mais informações os gestores de propriedades agropastoris dispuserem, melhor será o planejamento das etapas de produção. O cruzamento dos dados permitirá aos profissionais — zootecnistas, agrônomos e veterinários — estimar o consumo diário de cada animal, o ganho médio de peso e se o ciclo está evoluindo da maneira adequada a garantir a margem de lucro estipulada para o negócio.

 

Para saber como aumentar o controle e os lucros do seu confinamento, leia o e-Book Impacto da Tecnologia na Rentabilidade do Confinamento.

Bons negócios!

ebook confinamento

 


Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

Tecnologia pecuária: você conhece as últimas tendências do setor?

Tecnologia na pecuária
Fique por dentro dessas tendências de tecnologia pecuária e entenda porque algumas propriedades brasileiras se destacam no cenário mundial!

Não consegue ler agora o artigo “Tecnologia pecuária: você conhece as últimas tendências do setor”? Clique no play e ouça este post:

Até o ano de 2050, a produção de alimentos em todo o mundo terá a missão de sustentar 2,3 bilhões de pessoas a mais. O crescimento do setor deverá ser de 70%, priorizando a produtividade e o incremento de cerca de 120 milhões de hectares de novas áreas. Essa necessidade deve impulsionar a ampliação de investimentos na agricultura e na pecuária da ordem de 60% — boa parte voltada à capacidade de geração de proteína animal, que precisará crescer 200 milhões de toneladas. Neste cenário, seremos 9,2 bilhões de seres humanos no planeta e 72% dos países em desenvolvimento vão consumir carne — contra o índice de 58% aferido atualmente.

 

Esses dados apurados por uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul reforçam a importância de aplicar as últimas tendências de tecnologia pecuária nas fazendas brasileiras. A modernização tem sido responsável pela transformação, ainda que gradativa, deste segmento econômico — especialmente nos últimos 10 anos. O Brasil deixou o modelo praticado décadas atrás, de criar gado de forma extensiva por meio de grandes áreas de pastagens, e começou a intensificar a produção de proteína por meio dos sistemas de TIP (Terminação Intensiva a Pasto) e de confinamento com maior controle nutricional, além do GMD (Ganho Médio Diário), para escalar a produção e alcançar melhor qualidade.

 

Esses sistemas exigem acompanhamento e monitoramento constantes para garantir a alta produtividade alta e a boa lucratividade do plantel. Por isso é importante considerar a coleta, a leitura e a interpretação corretas dos diversos dados que interferem na quantidade de carne produzida a cada ciclo, o que só pode ser feito com eficiência se houver gestão da informação adequada.


Continue a leitura para saber quais são as últimas tendências de aplicação da tecnologia pecuária que vão fazer a sua fazenda produzir mais arrobas com menos custos.

 

Business Intelligence (BI): aplicação da tecnologia pecuária

 

O processo de coletar, organizar, compartilhar e analisar as informações procedentes de um monitoramento constante é chamado de inteligência de negócios — business intelligence, em inglês. Por meio dessa técnica é possível transformar a gestão de processos e otimizá-los para que o resultado seja o mais eficiente possível.

 

A estratégia é fazer uso de recursos que permitam resgatar o histórico de ações e comportamentos por meio de relatórios, gráficos, indicadores corretos e dados estatísticos que permitam tomar a decisão acertada para o negócio. Para fazer isso na pecuária, é imprescindível que o dono da fazenda utilize ferramentas de gestão da informação que permitam o processamento e análise de milhares de dados do seu negócio em tempo real. Integradas a equipamentos, elas apresentam um retrato claro do que acontece na propriedade — isso é ter as rédeas do negócio nas mãos.

 

Por meio de softwares robustos de BI focados nos indicadores da pecuária, é possível:

 

  • identificar os impactos do trato no confinamento;
  • medir os benefícios dos tipos de dieta fornecida ao rebanho;
  • acompanhar a evolução do gado ao longo de cada ciclo;
  • saber qual é  a rentabilidade de cada boi e lote na cria, recria e engorda com simulação dos melhores cenários para a fazenda;
  • diversos outros indicadores importantes para o produtor.

 

Pecuária moderna: de olho na tela

 

O controle dos plantéis já não pode mais ser feito de forma manual. Uma das tendências mais importantes da implantação da tecnologia pecuária é a digitalização de todos os dados e informações, mas não da forma como muitas empresas fazem.

 

Diferentemente da simples inserção manual de dados numa planilha eletrônica, a inovação nas propriedades passa pela utilização de notebooks, tablets, smartphones, chips e leitores de códigos de barra pelos operadores da fazenda. Isso torna a coleta de informações do campo mais precisa, facilitando a visualização na tela pelos gestores, que acompanham a evolução dos números a cada operação.

 

Os softwares mais modernos do mercado são híbridos, ou seja, funcionam online e offline permitindo a sincronização das informações coletadas no campo com o banco de dados no servidor ou na nuvem, automaticamente. Assim, os milhares de dados são processados mais rapidamente para que o Business Intelligence possa gerar relatórios e estatísticas que vão permitir a análise precisa e maior o controle de toda a operação – de ponta a ponta.

 

Mercado em expansão: previsão de aumento na demanda por carne impulsiona pecuária de corte

 

As altas taxas de crescimento da demanda mundial por proteína animal nos próximos anos trazem grandes oportunidades de negócios para pecuária brasileira, que hoje tem o segundo maior rebanho bovino do mundo conforme levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas para atender às expectativas do mercado em quantidade e qualidade, é preciso produzir cada vez mais arrobas em menos hectares. É importante, por exemplo, selecionar raças que ganhem peso mais rapidamente e consumam menos. Essa missão só pode ser alcançada com o uso de tecnologia reprodução, nas técnicas de manejo, na evolução do rebanho, no controle de sanidade, na rastreabilidade, na engorda e, principalmente, em como gerir e controlar todas essas informações.

 

Como em qualquer atividade de precisão, um desvio, por menor que seja, pode gerar prejuízos significativos. No caso da pecuária, diferenças ainda que pequenas no dia a dia podem custar milhares de toneladas de perda de produtividade ao final do ciclo.

 

Quanto antes o produtor absorver e dominar o uso da tecnologia produção, mais oportunidades de negócios conseguirá aproveitar agora e no futuro, garantindo o crescimento sustentável da fazenda nos âmbitos produtivo, ambiental e econômico.

Continue acompanhando as informações do nosso blog e saiba mais sobre como a tecnologia pecuária pode ajudar a transformar positivamente a sua propriedade e aumentar a lucratividade do seu negócio.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial e tecnologia pecuária como um todo, confira outros materiais publicados no nosso blog:

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controle de gado de corte

7 passos para aumentar a Produtividade

Ser pecuarista não é uma tarefa simples, pois é uma atividade sujeita à uma série de fatores externos como oscilações do mercado, altas dos insumos, alta dos preços de reposição, custos com logística, entre outros. Queremos trazer neste artigo o que pode ser feito “dentro da porteira” para alcançar o máximo desempenho produtivo e financeiro do negócio.

A gestão da produtividade envolve diversos fatores que vão interferir na resposta do animal. É importante que o produtor conheça e controle todos os ativos da propriedade. As estratégias nutricionais estão atreladas ao tipo de animal manejado e ao produto que se deseja entregar no final do processo, visando mercados específicos e alguns tipos de bonificações mais rentáveis associadas às características do animal.

A grande questão é que, para uma gestão eficiente da produtividade, precisamos entender a reposta do animal de acordo com o modelo de negócio escolhido.

Fatores relacionados à produtividade:

  • Tipo de produto (boi);
  • Estratégia nutricional;
  • Gestão da sanidade;
  • Gestão do resultado.

Tendência histórica – Produtividade

Avaliamos os 5 primeiros meses dos últimos 3 anos e, apesar do valor de venda do boi gordo ter aumentado significativamente, verificamos um aumento considerável do custo alimentar e do custo do boi magro, o que ocasionou achatamento da margem.

Em 2020, a maioria dos produtores conseguiu trabalhar estocado, o que permitiu maiores margens frente a alta do preço da arroba. Em 2021, o cenário mudou completamente com escassez de animais de reposição e a alta dos principais insumos da nutrição. Nesse ano desafiador, o produtor deve aproveitar o máximo potencial do animal para agregar mais valor e garantir uma margem mais segura para o negócio.

Sabemos que a compra e a venda estão muito ligadas às variações do mercado pecuário, não permitindo interferências do produtor, dessa maneira, o pecuarista deve se atentar aos processos “dentro da porteira”, principalmente relacionados ao balanceamento da dieta, manejo nutricional e sanidade do rebanho.

Importante lembrar que, nem sempre, aumentar os índices produtivos está relacionado a colocar mais @ por animal, mas sim evitar que ele tenha perdas de desempenho durante o processo produtivo, agregando maior valor à carcaça.

7 passos para o produtor aumentar a produtividade do seu confinamento

Utilizar ferramentas de monitoramento do animal em tempo real e de automação de processos (fábrica e fornecimento de ração), permitem potencializar os resultados em três áreas fundamentais do negócio pecuário. São elas:

Na Nutrição

  1. Ajustar o balanceamento de acordo com a resposta animal;
  2. Evitar troca de ingredientes; (Saiba mais clicando aqui) *
  3. Controlar o estoque de insumos (disponibilidade X custo).

* direcionar para o artigo de nutrição 3

No Manejo

  • Potencializar o consumo pelo animal (batidas mais homogêneas para evitar a seleção);
  • Reduzir os desvios operacionais (dieta formulada x fabricada x fornecida x metabolizada).

Na Sanidade

  • Estabelecer níveis de alerta de perda de peso (indicativo de animais clínicos e subclínicos);
  • Lançar corretamente os motivos de tratamento para identificar tendências e recorrências por origem, por manejo ou por dieta.

Fica claro que acompanhar e gerir melhor os dados da propriedade, pode trazer retorno em produtividade e desempenho dos animais que estão diretamente relacionadas às melhorias financeiras do negócio. 

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar nossa Trilha de Conhecimento. Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Produção do conteúdo:

Kelly Alves (Diretora de Marketing da GA)

Milena Marzocchi (Zootecnista e Analista de negócios da GA)
Jade Medeiros (Redatora)

Análises:

Vinícius Felix (Mestre em bioestatística e Diretor de P&D da GA)

Luigi Cavalcanti (Doutor em zootecnia e head de P&D da Intergado)

+Time de estatísticos e cientistas de dados (GA e Intergado)

VOCÊ CONHECE SEU FORNECEDOR DE BOI MAGRO?

Qualificação dos fornecedores

Você conhece os fornecedores de boi magro da sua propriedade? Fizemos uma análise criteriosa para que sua compra seja a mais rentável possível. Veja só:

Os gráficos acima comparam 3 fornecedores diferentes de um mesmo cliente GA, que foram avaliados pela homogeneidade dos lotes e a consistência de suas entregas. Para melhor entendimento do gráfico, entenda que quanto mais ao centro e mais à direita do círculo, melhor é o cenário. E quanto mais distante do centro e mais à esquerda, ou seja, mais próximo da borda, pior será o cenário.

Para minimizar variações de sazonalidade, diferenças de dieta e clima, analisamos um cliente e seus fornecedores em um curto espaço de tempo. Veja abaixo as conclusões:

Fornecedor 1 – Animais menos lucrativos, dispersão dos animais entre média a grande. Muito arriscado adquirir animais desse fornecedor. Nesta situação, o comprador deve pagar menos pelos animais para que esse risco seja “aceitável”.

Fornecedor 2 – Foi responsável pelo lote mais lucrativo, entretanto a maioria dos currais apresentou lucro menor e maior variabilidade de animais dentro do lote. Infelizmente esse fornecedor não tem constância nas entregas. Neste caso ele entregou um lote muito bom, mas não consegue ter constância nesse padrão.

Fornecedor 3 – É o mais previsível e eficiente, mostrando que vale a pena pagar um pouco mais por esse animal, pois a capacidade de gerar lucro no futuro tende a ser melhor.

Estratégia de apartação

Conhecer os custos, avaliar o potencial dos animais, utilizar estratégias de compras e conhecer seus fornecedores são passos para sucesso no processo de originação, porém de nada adianta fazer tudo isso e não realizar uma boa apartação dos animais no momento de entrada do confinamento. Vamos entender como utilizar isso ao seu favor.

Quando avaliamos os animais sabemos que, em teoria, lotes homogêneos são mais rentáveis, pois o manejo é mais preciso e eficiente. Dessa forma, os animais tendem a responder de maneira padronizada qualquer alteração de manejo, clima, dieta (com exceção logicamente dos refugos e adoentados).

Então, qual a melhor maneira de formar lotes homogêneos? Muita atenção nos diferentes pesos dentro da sua propriedade. Entenda quais são:

Peso do contrato ou Peso Financeiro – obtido no momento da compra dos animais. Na maioria das vezes é pesado no “balanção” e somado ao frete e comissão.

Peso zootécnico ou Peso de manejo de entrada – obtido pela pesagem individual (balancinha) ou pesagem em lote (“balanção”) quando os animais são pesados todos juntos no próprio caminhão.

Peso de produção ou peso real + econômico – obtido diariamente através das balanças de pesagem voluntária dentro dos currais de engorda. Permite saber quanto o animal está ganhando de peso em resposta ao manejo e dieta.

O peso de contrato é útil para a parte financeira, pois totalizará outros custos de frete e comissão, além do custo exato do animal pago pelo seu peso. A prática mais recomendada e feita por 67,7% dos clientes GA, é utilizar a balancinha no manejo de entrada, obtendo o peso individual dos animais.

Ao avaliar a base em 50% dos contratos, houve uma diferença entre peso de contrato e peso zootécnico de 16kg por animal. Se considerarmos um confinamento de 100 dias, isso representa uma diferença negativa de 160g por dia por animal. E em outros 25% dos contratos a diferença foi superior a 40kg, o que representa uma perda de 400g/dia (100 dias confinados).

Sabendo que o custo do boi magro + nutrição são representativos no custo total, fica claro a importância de se obter o peso individual dos animais (peso zootécnico) no momento de entrada de confinamento e, assim, evitar essas perdas na nutrição.

“Utilizar a balancinha e obter o peso individual dos animais potencializa as decisões de apartação.” Marcelo Ribas (Diretor Executivo da Intergado)

Teste de homogeneidade

Outro ponto importante é avaliar o quanto a variação dos animais (na entrada) influencia outros parâmetros como quantidade de @ produzidas, eficiência biológica, GMD e lucratividade. Sabemos que existem outras variáveis ao longo do processo que irão impactar a resposta zootécnica, mas o alerta que fica ao produtor é para trabalhar bem o manejo do confinamento, manter a operação de forma eficiente para que não tenha problemas, caso exista essa variação do lote.

Homogeneidade de peso x carcaça x exigência x ponto de abate

No gráfico acima, podemos ver que o coeficiente de variação (trata-se de uma medida de distribuição das probabilidades) dos animais tende a diminuir conforme aumenta os dias de cocho. Esse processo é natural devido a padronização e resposta do lote ao confinamento. Além disso, o mercado frigorífico exige essa uniformização dos lotes por questões comerciais.

Avaliamos o ganho de peso de cerca de 10 mil animais, utilizando o sistema de balanças eletrônicas voluntárias da Intergado, onde o animal é pesado automaticamente enquanto está bebendo água.

Pudemos observar que:

Coeficiente de variação baixo (lote homogêneo com animais muito similares em peso)
– Maior uniformização do lote com menos dias de cocho (melhores bonificações do frigorífico);
– Maior assertividade da exigência nutricional.

Coeficiente de variação alto (indicando animais diferentes no mesmo lote temos):
– Maior variação no GPD. Cada animal terá sua exigência nutricional, seu ponto de acabamento e, consequentemente, ponto de abate em dias diferentes.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar do Circuito Pecuária de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta

Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta
Na pecuária moderna, os gestores acompanham dados em tempo real e conseguem visualizar toda a rentabilidade do processo. Saiba mais nesse nosso artigo!

 

Não consegue ler agora o artigo “Pecuária moderna: porque você deve olhar o processo de ponta a ponta”? Clique no play e ouça este post:

 

Desde o começo dos anos 60 até hoje, o processo de produção de proteína animal passou por transformações extremamente importantes: além de mais que dobrar o tamanho do rebanho, a demanda interna cresceu, o mercado externo ganhou mais atenção e a relação de produção por hectare exigiu a transformação da atividade essencialmente extensiva em uma pecuária moderna e preocupada com a rentabilidade.

 

Além da mudança de pensamento, os pecuaristas brasileiros começaram a perceber na prática a importância de concentrar os esforços e investimentos na inovação e em sistemas dedicados à gestão agropecuária. O passar dos anos mostrou como é fundamental identificar dados, analisar informações e planejar ações de curto, médio e longo prazos, a fim de garantir que o plantel seja cada vez mais rentável e o negócio dê mais lucro por meio de produtos diferenciados e de altíssima qualidade. O resultado é comprovado por meio de estatísticas e estudos de especialistas: pecuaristas que implantam sistemas dedicados à gestão agropecuária conseguem produzir mais de 20 arrobas por hectare/ano, cerca de quatro vezes mais do que quem adota técnicas mais antigas de controle de pasto, alimentação e outros fatores. Essa diferença acontece porque as plataformas modernas interligam todas as áreas da fazenda, permitindo o monitoramento em tempo real dos cochos, da engorda dos animais, do manejo, e indicando o ponto ótimo para o abate.

 

Estudos recentes mostraram como as propriedades que utilizam softwares de gestão são mais produtivas que outras. Em média, essa diferença chega a 73% no aumento da produção com 20% menos gastos operacionais e 16% de economia nas despesas administrativas. O motivo dessa diferença positiva é simples: quando a inteligência da informação é aplicada a favor dos negócios, o caminho para o crescimento fica mais rápido e seguro.

 

Neste sentido é fundamental buscar uma solução completa que permita ao gestor a prática de uma pecuária moderna, mais precisa e minuciosamente planejada. Só essa estratégia poderá garantir um rendimento crescente na sua fazenda.

 

A importância está em todo o processo

 

Muitas fazendas do Brasil têm áreas significativamente grandes. Essa característica, que valoriza o negócio por um lado, também pode ser a responsável por interferir no bom andamento da produção, fazendo com que a gestão dê “um passo para a frente e outro para trás”. O problema não está no tamanho da fazenda ou do rebanho, mas na falta de controle preciso de cada processo e do seus impactos no resultado da fazenda. Isso acontece quando não há a aplicação correta de plataformas de gestão agropecuária completas para as necessidades da propriedade, assim como a ausência de um banco de dados e de análises eficientes sobre o comportamento do rebanho diante deste ou daquele processo aplicado.

 

Numa das maiores fazendas do Brasil, a Nova Piratininga (GO), os gestores precisaram intervir rapidamente quando assumiram o controle da propriedade. Apesar da dimensão da área e da quantidade de animais, os processos não estavam integrados e a desinformação impedia que a produção atingisse seu máximo potencial.

 

O gerente administrativo da propriedade, José Cláudio da Silva, dá como exemplo o que foi implementado diante desse quadro: “No primeiro ano, quando não tínhamos controle nem sabíamos qual era o gado que tinha na fazenda, focamos no controle de rebanho. Buscamos um sistema completo de gestão que permitiu fazer o inventário do gado, o que aconteceu paralelamente à formação das equipes e qualificação das pessoas”, afirmou.

 

Depois da escolha da empresa mais preparada para fornecer a tecnologia, os 205 mil hectares da propriedade passaram a ter os dados coletados e inseridos no sistema. Por meio da Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF), os gestores começaram a conhecer o rebanho e ter números claros sobre o ciclo reprodutivo. Hoje a empresa faz a cria com as raças Nelore e Angus a partir da plataforma completa de administração de fazendas.

 

— Ao longo dos últimos cinco anos, evoluímos e hoje, só na temporada 2017/2018, já entramos com 52 mil matrizes na estação de monta; fizemos ainda 68 mil protocolos de IATF e só pra ter uma ideia da diferença que isso faz no processo completo, tivemos cerca de 340 mil manejos. Quando olhamos o quadro geral, com as etapas de vacina, desmama e outros trabalhos, é que conseguimos ver que não há a menor possibilidade de se fazer isso só com as pessoas, por melhor que o time seja. A tecnologia é imprescindível para o agronegócio, sobretudo a pecuária moderna de corte — diz. Hoje a propriedade consegue trabalhar com 35 currais simultâneamente, com uma média de 4 lotes por dia em cada um desses currais.

 

Ecossistema opera melhor que soluções individuais

 

Tamanha demanda por informações de qualidade, processamento rápido e preciso de dados exige mais do que a simples implantação de um software de gestão agropecuária. Ainda que existam aplicativos que se propõem a coletar os dados da fazenda, valorizando pontualmente uma etapa ou outra do processo, somente uma plataforma mais ampla poderá ajudar o gestor de fazenda a ter uma visão de 360 graus do negócio e, principalmente, evoluir seu rebanho do ponto de vista quantitativo e qualitativo.

 

Um ecossistema completo voltado à gestão agropecuária implantado há menos de um ano em diversas fazendas modelo pelo Brasil comprova os benefícios de trabalhar com uma plataforma única. Nelas, os sistemas de cria, recria, engorda a pasto e TIP (Terminação Intensiva a Pasto) fornecem dados de processamento que permitem a gestão da informação de pelo menos 450 mil cabeças em IATF na estação de monta 17/18, 500 mil cabeças na recria, 325 mil cabeças na engorda a pasto e mais de 2,7 milhões de manejos operacionais no país.

 

— Esse sistema é como um sonho para o fazendeiro e o gestor agropecuário. Ele difere do que existe no mercado, porque as soluções que existem por aí não entregam o que precisamos de fato. É difícil até para que os próprios fornecedores entendam e entreguem o que quem trabalha com pecuária mais necessita — avalia o gerente da Nova Piratininga, José Cláudio da Silva.

 

A fazenda conta com a plataforma para:

 

  • coletar os dados no campo com precisão;
  • programar os eventos de manejo (periodicidade diária, semanal e mensal) com calendário de atividades por atividade, curral e por funcionário;
  • gerenciar a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e fazer o planejamento da estação de monta com evolução dos resultados para a próxima estação;
  • automatizar a fabricação e o fornecimento da nutrição ao animal;
  • planejar e realizar o controle sanitário;
  • ter o histórico completo de vida do animal incluindo movimentações, sanidade, nutrição, originação, destino;
  • fazer o inventário do gado obter consultoria na gestão da informação;
  • registrar o Kardex de cada animal com todo o seu histórico de custo desde nascimento até o abate;
  • controlar o estoque de insumos;
  • controlar o mapa do gado;
  • cruzar e analisar os dados estatisticamente.

 

Outro diferencial da plataforma é a facilidade de interpretação dos dados, que são apresentados em gráficos completos para agilizar a tomada de decisão pelo gestor. Ainda no exemplo da Nova Piratininga, a zootecnista responsável pelo planejamento de cria, recria e confinamento, Joyce Resende afirma que “o ecossistema mostra claramente cada operação, o que permite identificar os pontos de entrave e superá-los”. Essa praticidade é fundamental para o bom andamento da fazenda já que o universo de dados é imenso e sem um resumo visual da operação na rotina diária, “fica muito difícil trabalhar pelos resultados”.

 

Pecuária moderna viabiliza melhoria no controle do calendário sanitário

 

A preocupação com o correto controle da sanidade do rebanho é, além de uma exigência legal imprescindível, um fator importantíssimo para a obtenção de resultados extremamente positivos ao final do ciclo — e impactar positivamente o cliente ao entregar uma carne com garantia de qualidade.

 

Esta área recebe atenção especial dentro da propriedade da Nova Piratininga, e o Ecossistema que torna possível o exercício da pecuária moderna ajuda a operacionalizar o calendário sanitário.

 

Segundo o médico veterinário Elci Rincón, consultor especialista em sanidade e reprodução bovina, a plataforma permite controlar a vacinação e acompanhar a saúde dos animais, prevenindo doenças e as tratando da forma mais rápida possível.

 

— Só a tecnologia aplicada à nossa atividade é que poderia fornecer um diferencial que é muito importante para o meu trabalho: reunir um prontuário completo da saúde de cada boi. Consigo fazer isso por meio de um brinco individual que busca, num banco de dados, a informação completa sobre as doenças que ele já teve, se precisa de algum tratamento especial e até se devemos aplicar hormônios para induzir o cio. Tudo fica programado e além do arquivo, já obtemos a medicação e a dose corretas em cada caso.

 

Tais informações ajudam a escolher o ponto mais adequado para abater o animal, que não deve ser conduzido a esta etapa dentro do período de carência de um medicamento, por exemplo. “Sem a tecnologia, essa janela poderia não ser respeitada, ainda que involuntariamente, o que interferiria prejudicialmente na qualidade da carne”.

 

Por fim, o resultado desta preocupação e do monitoramento constante do plantel e da propriedade é a aplicação do business intelligence (BI), que é o que permite saber o melhor momento para vender, ajuda a identificar onde os custos da operação estão maiores, além de mostrar oportunidades para melhorar o fluxo de caixa.

Para acompanhar outras informações sobre a aplicação da tecnologia na pecuária moderna e conhecer a solução perfeita para aperfeiçoar a gestão da sua fazenda, leia o nosso blog e acesse o nosso site.

 


Se você se interessa por pecuária no Brasil, e demais tendências da pecuária moderna, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

A evolução da pecuária no Brasil

Pecuária no Brasil: Tecnologia tornou o país o segundo maior produtor de carne do mundo

Pecuária no Brasil
Entenda como a Pecuária no Brasil evoluiu tanto nos últimos anos

 

Não pode ler agora? Ouça a matéria clicando no player:

 

O Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017 o país tinha 226 milhões de cabeças, o que corresponde a 22,64% do total mundial. A vice-liderança se dá porque a Índia tem, no comparativo internacional, 303 milhões de animais (30,39% do total). A pecuária no Brasil evoluiu, e hoje permite suprir a demanda interna com carnes de alta qualidade e ainda exportar, mas nem sempre foi assim.

Quem olhar dados históricos do mercado e da cadeia produtiva do gado de corte do final dos anos 60 e compará-los com os números recentes, vai perceber uma diferença. Antes o tipo de propriedade administrada pelos fazendeiros tinha uma característica em comum: grandes áreas de pastagem. Os números mostram, no entanto, que agora a prioridade é a pecuária intensiva e o foco está na produção de qualidade.

Área maior, produtividade menor

Há cerca de 40 anos, o país tinha menos da metade do rebanho atual. O que era produzido pela pecuária no Brasil não atendia a demanda da população interna e o mercado externo não era considerado prioritário. A cadeia foi embalada sobretudo pela inserção de novas raças que eram fruto da política do governo para o setor pecuarista. Na época, a região Centro-Oeste protagonizou uma explosão no número de propriedades, já que a área apresentava aspectos naturais e geográficos mais adequados do que os de outros estados, além de um bom posicionamento que dava condições logísticas ímpares no momento de escoar a produção.

Mas a prioridade da região nessa época não era exatamente a modernização da produção, focando na produtividade do plantel. As propriedades eram muito grandes e o gado criado solto crescia em número de cabeças, deixando de lado características que hoje fazem da pecuária do Brasil uma das mais modernas do mundo.

Salto de produtividade

Em 40 anos, o rebanho mais que dobrou no país. Um detalhe importante é que a área de pastagens não cresceu na mesma proporção — em alguns casos, até diminuiu. Isso reflete a melhoria da produtividade, que é obtida por meio do controle de elementos altamente influenciadores no processo como o ganho de peso dos animais, a diminuição da mortalidade, o aumento nas taxas de natalidade e na diminuição progressiva da idade de abate.


O conjunto de atitudes tomadas pelos produtores e donos de propriedades que começaram a perceber a importância de se investir em tecnologia foi o que proporcionou, ao longo das duas últimas décadas do século XX, o crescimento desta atividade produtiva. Desde o ano 2000, o abate de bovinos cresceu cerca de 90% — o que posicionou o Brasil como um dos maiores exportadores do globo. No ano de 2018, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que o volume total de carne bovina produzido aqui será de 9,9 milhões de toneladas, acima das 9,5 milhões registradas no ano passado. Mas para concretizar essa previsão, será preciso investir cada vez mais em tecnologia.

Pecuária no Brasil: inovação quadruplica produção

A ideia de que a pecuária deve se aproximar cada vez mais da agricultura não é exatamente nova, mas tem ganhado cada vez mais evangelistas nos últimos anos. Para alguns especialistas, esse é o único caminho de fazer com que propriedades produzam cada vez mais por hectare anualmente. O agrônomo Ivan Wedekin, por exemplo, afirma que a pecuária brasileira tem apresentado números ascendentes ano após ano, mas “é a hora de olhar e cuidar da pecuária como se cuida de uma lavoura”. Segundo o consultor, essa nova visão depende de investimentos para integrar sistemas dentro da porteira, já que o controle dos diversos fatores que contribuem para a criação de gado de corte de qualidade tem que ser rigoroso.

Pecuaristas que implantam sistemas dedicados à gestão agropecuária conseguem produzir mais de 20 arrobas por hectare/ano, cerca de quatro vezes mais do que quem adota técnicas mais antigas de controle de pasto, alimentação e outros fatores. Essa diferença acontece porque as plataformas modernas interligam todas as áreas da fazenda, permitindo o monitoramento em tempo real dos cochos, da engorda dos animais, do manejo e indicando o ponto ótimo para o abate.

Continue acessando o nosso blog para saber como aumentar a produtividade e a lucratividade dos seus negócios agropecuários! Nosso objetivo é estimular a pecuária no Brasil e ajudar produtores a melhorarem seus resultados.

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  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
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O impacto da sanidade animal na produtividade

A sanidade animal é um dos fatores que afetam a produtividade em confinamento de bovinos. Para entender melhor esse impacto, utilizamos a base de clientes da GA para fazer algumas análises mais aprofundadas. Veja só:

 Relação do desempenho com a sanidade

Avaliamos 2 milhões de animais, considerando as doenças versus desempenho do animal, constatamos uma taxa de mortalidade de 0,35%.

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Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Da base analisada, cerca de 2,94% dos animais foram medicados pelas seguintes causas: refugo de cocho (29,52%), pneumonia (23,54%), outros (22,05%), problemas de casco (20,42%) e fraqueza (4,47%). Foram classificadas na categoria “Outros” as doenças com menos de 3% de ocorrência como cólica, bicheira, ferimentos, fratura, desnutrição, diarreia, entre outras. 

Ressaltamos a importância de capacitar os responsáveis pela ronda sanitária e pelo cadastro das doenças no sistema, para que identifiquem e registrem as doenças de forma correta e padronizada, evitando nomes aleatórios, erros de digitação e outros que comprometam a análise dos dados que, por sua vez, dificultam o bom planejamento do controle de sanidade. 

Conforme podemos ver nos gráficos abaixo, a forma do registro de ocorrências relacionadas à sanidade é um dos fatores que demonstram o grau de maturidade de gestão das fazendas.

Alta maturidade

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Baixa maturidade

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Quando comparamos fazendas com alta e baixa maturidade de gestão, percebemos diferenças entre os motivos de morte registrados. A diferença está na capacidade de diagnóstico das razões de morte (necropsia). Nas fazendas de alta maturidade há treinamento da ronda sanitária junto ao consultor de sanidade, identificação correta das doenças, prescrição de tratamentos mais efetivos e todos esses processos permitem controlar melhor as doenças minimizando perdas de desempenho e perdas do ativo (boi) por morte.

A pneumonia é uma das doenças mais comuns em animais confinados e de grande importância devido à alta contaminação do rebanho, por isso tem gerado um prejuízo na ordem de R$18 milhões/ano para a pecuária nacional *. E embora não impacte fortemente o ganho de peso, é a principal causa de morte em confinamentos.

* Análise realizada a partir do índice de pneumonia registrado na base de dados da GA (2 milhões de animais / 5 últimos anos) associando custos de tratamento e morbidade.

Outro fator relevante é que 75% das doenças acontecem nos primeiros 30 dias de confinamento, conforme mostra o gráfico abaixo:

 Doença x Desempenho x Dias de cocho

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Nota-se que para todas as doenças listadas, há impacto maior durante o primeiro mês (30 dias), indicando que é um período que requer maior atenção, em especial dos responsáveis pela ronda sanitária. 

O impacto da doença no desempenho animal 

No gráfico abaixo, conseguimos ver o impacto no ganho médio diário após tratamento para os principais problemas de sanidade encontrados. 

Doença x GMD

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Obs.: Sem tratamento indica animais considerados saudáveis.

A pneumonia é a principal causa de mortalidade em confinamentos, porém não é a doença que mais afeta o ganho de peso diário. Para animais saudáveis (sem tratamento), o desempenho foi de 1,42 kg/dia em média. Quando tratados para pneumonia (1,37kg/dia), problemas de casco (1,26kg/dia), outros motivos (1,16 kg/dia), refugo de cocho (1,06 kg/dia) e fraqueza (1,01 kg/dia).

No geral, um animal doente perde 210 g/dia e, considerando 100 dias de cocho, representaria um prejuízo de R$231,00 por cabeça.

 Impacto da doença no desempenho

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Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Ressaltamos a importância de se atentar aos fornecedores, realizar os protocolos sanitários, manter a ronda sanitária com rigidez, em especial nos primeiros 30 dias, a fim de minimizar as perdas e mortalidade de animais.

 Onde mora o risco?

Controle de sanidade de acordo com perfil clínico

Utilizando os dados de uma propriedade com sistemas de balanças eletrônicas da Intergado, avaliamos animais com problemas de casco em diferentes níveis (leve, moderado e grave). O peso vivo (PV) dos animais foi observado no período de 30 dias antes e 30 dias após o tratamento. O dia zero é o dia em que foi feito o tratamento.

Perda produtividade x Perfil clínico

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Consideramos período improdutivo quando o animal está perdendo ou deixando de ganhar peso até o momento em que ele retorne ao seu desempenho anterior. Esses dias geram um custo, pois são diárias gastas para recuperar o peso que já havia sido atingido pelo animal anteriormente. No animal acometido de forma mais grave pela doença, no período de 30 dias, houve uma perda de desempenho de 3,19 dias.

Quanto mais rápido o animal for diagnosticado e tratado, melhor a resposta ao tratamento e menor o impacto dos dias improdutivos no custo da operação. Para isso, é fundamental a ronda estar treinada para identificar as doenças precocemente e evitar que evoluam para o seu estágio mais grave. A dificuldade do diagnóstico precoce é que muitas doenças são difíceis de identificar a “olho nu” e muitos animais só demonstram os sintomas quando estão em estado mais grave.

Contudo, um sintoma comum é a perda de desempenho identificada pela desaceleração do ganho diário ou da perda de peso, e isso só é possível identificar com a medição diária do peso real do animal. Dessa forma, é possível identificar animais subclínicos e atuar de forma mais assertiva e rápida.

No caso analisado no gráfico abaixo, alguns animais apresentaram perda de desempenho e não tinham sido diagnosticados e nem medicados. Em um rebanho monitorado pela Intergado através das balanças de pesagem automática, a média do ganho de peso dos animais sadios foi de 1,83kg/dia. 

Animais classificados como subclínicos, não foram diagnosticados pela ronda sanitária e tiveram produtividade de 1,63kg/dia, ou seja, 200g a menos do que o rebanho saudável. Já os animais clínicos, que foram identificados e tratados, tiveram desempenho de 1,58kg/dia, ou seja, 250g a menos que os saudáveis.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Ao longo de 100 dias de cocho, o animal subclínico deixou de entregar R$220,00 e o animal clínico, R$275,00, conforme gráfico abaixo.

Impacto financeiro por perfil clínico

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Para cada animal tratado, estima-se que outros 5 animais não foram diagnosticados pela ronda. Fica a mensagem que ter equipamentos que acompanhem o desempenho do animal diariamente contribui para melhoria do processo produtivo.

Analisamos mais profundamente o caso de um animal subclínico, que foi alertado pelos sistemas da Intergado, mas não foi tratado. Veja no gráfico abaixo

Dias improdutivos por doença

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Antes de adoecer, esse animal estava com peso vivo de 430kg e apresentando bom desempenho. Quando começou a perder peso, a ronda confirmou como normal mesmo sendo alertado pelo sistema de pesagem da Intergado. Chegou ao peso de 410kg aproximadamente e mesmo sem tratamento, seu sistema imune combateu o problema sanitário não identificado (“auto cura”) e retomou o ganho de peso de forma mais lenta levando 40 dias para voltar ao peso do seu pico anterior. 

Ou seja, tivemos 40 dias improdutivos, onde o alimento fornecido não foi convertido em @ produzidas nem acabamento de carcaça, pois o animal estava usando essa “energia” para se recuperar da doença enquanto perdia peso. Esse cenário representou um prejuízo de R$520,00. É importante ressaltar que esse custo é muito acima de qualquer tratamento que deveria ter sido feito.

Retorno do investimento

Analisando o impacto gerado pelo risco de perdas relacionadas somente aos processos que envolvem a nutrição e o controle de sanidade, ou seja, colocando na “ponta do lápis” é fácil perceber como o investimento em tecnologia e capacitação de equipe é viável e de rápido retorno mesmo em negócios de pequeno porte.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Para entender melhor o impacto dessas variáveis no seu negócio, CLIQUE AQUI e faça uma simulação de cenários com um dos nossos consultores técnicos.

Concluímos com estas análises que para aumentar a produtividade é fundamental fazer a gestão precisa da sanidade e, embora não represente tanto na parte financeira, é essencial reduzir custos principalmente em anos desafiadores quanto à margem. 

Dentre algumas dicas, recomendamos realizar a pesagem diária e automática do animal e a partir disso, estabelecer alertas sanitários, sempre acompanhando os dados de eficiência da ronda sanitária, que são cruciais para melhoria do processo.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar da nossa Trilha de Conhecimento.

Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Produção do conteúdo:

Kelly Alves (Diretora de Marketing da GA)

Milena Marzocchi (Zootecnista e Analista de negócios da GA)
Jade Medeiros (Redatora)

Análises:

Vinícius Félix (Mestre em bioestatística e Diretor de P&D da GA)

Luigi Cavalcanti (Doutor em zootecnia e head de P&D da Intergado)

+ Time de estatísticos e cientistas de dados (GA e Intergado)

Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária

Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária
Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária: entenda melhor essa diferença

Hoje vamos conversar sobre a inteligência artificial na pecuária brasileira e de que forma isso interfere na inteligência do seu negócio. Você sabe como aproveitar a tecnologia neste sentido?

 

Em primeiro lugar, é importante dizer que essas discussões não são apenas importantes, mas imprescindíveis para o cenário que vivemos hoje. O Brasil tem um PIB agropecuário que chega a R$ 1,5 trilhão por ano e nós somos um dos três maiores exportadores de alimentos do planeta. Tão grandiosa quanto essa posição é a nossa responsabilidade: espera-se que o Brasil responda por 40% de toda a produção de alimentos que deve dobrar até 2050 para atender a demanda do aumento populacional no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação.


Seremos 9 bilhões de pessoas que vão consumir mais frutas, verduras, legumes, grãos e principalmente, mais carne. A produção de proteína animal precisará aumentar pelo menos 13% para atender às demandas dos mercados interno e externo. Mas qual é o melhor caminho para chegarmos a esse volume? Como podemos começar a escalar nossa produção hoje e transformar a produtividade da pecuária brasileira?

 

Aplicação da inteligência artificial na pecuária

 

Muita gente ainda tem uma visão equivocada de que o campo e os computadores são de universos totalmente diferentes e, pior, que não são compatíveis. Alguns gestores agropecuários têm resistência em buscar e implantar soluções e recursos tecnológicos nas suas fazendas. Adotar tecnologia exige uma mudança de cultura que começa pela maneira como o dono vê o negócio até chegar na ponta mudando o jeito como o peão lida com o animal. O fator humano é a grande questão já que a barreira da infraestrutura necessária para o uso da tecnologia no campo – acesso à energia, internet, equipamentos adaptados ao meio rural e softwares específicos para a pecuária – já foi superada há muito tempo. Mas muitos pecuaristas insistem em viver no passado enquanto o mercado evolui a galopes montado na análise dos dados gerados no campo. E contra dados não há “achismos”. Com dados confiáveis nas mãos, o produtor tem a segurança de tomar as melhores decisões para o seu negócio.

 

Mais que uma ferramenta tecnológica, um sistema de gestão completo é a representação concreta da inteligência de mercado. Pra entender o que isso significa basta perceber que todos os recursos disponíveis no software foram desenvolvidos para atender as necessidade do mercado, portanto são a tradução das melhores práticas. O que significa que, se você não usa os recursos disponíveis, muito provavelmente você está perdendo mercado para os produtores que usam. Esses têm uma visão mais precisa e completa do seus negócios e podem, a partir disso, identificar oportunidades que você está perdendo porque não tem informação suficiente para perceber quais são. Simples assim.

 

Ainda que os modelos de negócios de um ou outro produtor sejam diferentes, os processos, as métricas e os indicadores são os mesmos. Seja na cria, na recria, na engorda a pasto ou no confinamento é necessário controlar a nutrição, a sanidade, a curva de ganho de peso, o fluxo de caixa, inventário do gado, movimentações e manejos, dentre muitos outros. O que muda é a análise e o cruzamento dos dados para simular os cenários mais eficientes e rentáveis de cada modelo. E para provar essa tese o que mais se vê pelo Brasil são casos de sucesso do uso de softwares de gestão agropecuária.

 

Cases de sucesso: é possível aplicar inteligência artificial na pecuária?

 

Um desses casos é o da Fazenda Nova Piratininga, que fica no município de São Miguel do Araguaia, em Goiás. Essa é uma das maiores propriedades do Brasil, com uma área total de mais de 205 mil hectares. O negócio deles tem pelo menos 130 mil cabeças de gado, 1,7 mil quilômetros de estradas, 1,8 mil pastos e cerca de 300 funcionários. Obviamente que os números, impressionantes, já indicam que controlar tudo isso não é uma tarefa das mais fáceis.

 

Há pouco menos de dez anos o que existia lá era uma megaestrutura sub-aproveitada. Apesar da área construída, ninguém sabia sequer quantos animais estavam dentro da porteira. O manejo não existia e a coisa “corria solta”, sem nenhuma preocupação com a produtividade.

 

O salto se deu quando os novos gestores da fazenda implantaram uma solução completa de gestão agropecuária e prepararam as equipes a operá-lo. Nada complicado, e a capacitação dos funcionários aconteceu de forma rápida. Eram muitas novidades, claro, mas o resultado que eles alcançaram a partir daquele momento entrou para a história do negócio e o transformou num case nacional.

 

Os gestores associaram o uso das melhores técnicas à tecnologia e a estratégia deu um grande resultado. Com a adoção da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), a equipe e os animais se acostumaram ao manejo e cuidado na coleta de dados desse processo começou a mostrar a realidade da fazenda na parte da cria, dando condições dos técnicos e zootecnistas de acompanhar e monitorar indicadores estratégicos para o negócio e, principalmente, puderam planejar as melhorias necessária para evoluir o rebanho e alcançar os resultados projetados para o seu modelo de negócio.

 

Resultado: na estação de monta do período de 2017/2018, a fazenda trabalhou com 52 mil matrizes e fez 68 mil protocolos de IATF. Foram mais de 360 mil manejos e o gerenciamento de 35 currais passou a acontecer simultaneamente, em tempo real — o que seria impossível de se fazer apenas com a força humana.

 

Essa mudança importante na gestão, sobre a qual nós já falamos no nosso blog num post especial sobre o assunto, fez surgir um novo horizonte de oportunidades. A compilação de todos os dados numa mesma plataforma permitiu explorar o potencial das máquinas (inteligência artificial na pecuária) em prol do movimento do mercado (inteligência de negócio). O produtor já não está mais sozinho gastando seu tempo e energia para fazer montar fórmulas e interpretar os números em planilhas preenchidas no curral pelos peões. Agora o produtor está analisando diversos cenários de negócio em gráficos visualmente amigáveis a partir de dados colhidos com precisão mostrando a realidade da fazenda em tempo real. Em qual desses dois casos você acredita que o gestor tomará melhores decisões?

 

Essa condição aprimorada de gerenciamento permitiu à fazenda pensar em outras estratégias, como investir na rastreabilidade da carne para alcançar outros clientes. Com as informações detalhadas sobre cada animal desde a entrada na porteira até a saída dele da propriedade, fica mais fácil planejar a aproximação com o consumidor final que quer cada vez mais transparência no processo que envolve o produto que ele coloca na mesa.

 

A mensagem que deixo pra você é essa: não perca tempo fazendo o que as máquinas podem fazer melhor e mais rápido que você. Concentre sua energia em fazer aquilo só você pode fazer: decidir o presente e o futuro da sua fazenda! E, certamente, a inteligência artificial na pecuária é uma grande aliada.


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controle de gado de corte

Pecuária de precisão: 5 passos para obter os melhores resultados

pecuária de precisão

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Os mais de 50 anos da criação de animais com fins comerciais no Brasil moldaram uma atividade que hoje coloca o país no topo do ranking da produção mundial. Nas décadas mais recentes, a adoção de recursos tecnológicos e metodologias modernas permitiu elevar a atividade a um patamar classificado como pecuária de precisão. Essa maneira de trabalhar trouxe muitos benefícios, mas nem todos os produtores estão acostumados a encontrar termos como cloud computing, chips, software e hardware no meio rural.

O motivo do estranhamento é o fato de que muitos donos de fazendas ainda preferem controlar o andamento das rotinas administrativas da propriedade manualmente — o que para eles pode parecer mais confiável do que inserir informações em um computador, por exemplo. Para isso, lançam mão de planilhas de preenchimento manual, cadernos de anotações e outros recursos considerados ultrapassados pelos produtores de alto desempenho.

Ainda que pareçam mais confiáveis — muitos alegam ter dificuldades para confiar em informações virtuais —, esse método é mais sujeito a erros e não permite o acompanhamento em tempo real de grandes plantéis como acontece com as técnicas mais modernas existentes no mercado.

Continue a leitura e saiba por onde começar para modernizar a sua propriedade e aumentar significativamente a lucratividade da sua fazenda.

Passo 1: Confie na nuvem

 

A computação em nuvem — também chamada de cloud computing — é uma tecnologia em crescimento em praticamente todas as atividades econômicas do mundo. É ela que está por trás da chamada “onipresença” do mundo virtual, pois trata-se de um conjunto de computadores e sistemas que nunca param de trabalhar. É utilizada por bancos, companhias telefônicas, corretoras de investimentos e grandes indústrias para manter seus dados sempre acessíveis e seguros.

Com o uso da computação em nuvem, quaisquer informações podem ser armazenadas digitalmente e permanecerem sempre disponíveis. Os dados são mantidos em data centers, que são grandes parques com diversos computadores interligados, que atuam de forma redundante entre si. Isso impede que por um motivo qualquer alguma coisa se perca. Além disso, esses locais são monitorados à distância e in loco por amplos sistemas de segurança para evitar que incidentes comprometam as informações.

Passo 2: Meça tudo o que for possível

 

Independentemente do tamanho da propriedade, há diversos fatores que interagem uns com os outros e se alteram, minuto a minuto, refletindo diretamente no resultado final. Se um determinado animal está doente tende a se alimentar menos reduzindo assim o seu desempenho. Se o ganho de peso individual e do lote não é medido diariamente, não é possível mensurar a eficiência da dieta adotada e muito menos predizer o ponto ótimo de abate. Sem medir o consumo e as sobras de ração no cocho não é possível fazer a gestão adequada do estoque de insumos considerando a melhor oportunidade de preço para compra sem contar o impacto no processo de fabricação e distribuição no desempenho dos animais. Até dados que parecem irrelevantes quando somados podem causar uma diferença significativa de rentabilidade.

Para que a propriedade seja marcada pela pecuária de precisão que acontece ali, é fundamental ser extremamente detalhista na gestão e buscar medir absolutamente tudo o que acontece. Deslocamentos e movimentos dos animais, o quanto eles ingerem de água e alimento por dia, qual é a variação de peso com o passar do tempo, quais as diferenças entre grupos semelhantes e outros aspectos ainda mais específicos precisam ser acompanhados diariamente. Depois de coletados, eles podem ser analisados em relatórios periódicos que ajudarão o pecuarista a tomar as decisões acertadas para produzir cada vez mais e melhor.

Passo 3: Integre todas as áreas

 

O acompanhamento minucioso de uma fazenda torna-se mais difícil na mesma proporção em que ela cresce. Por outro lado, ninguém impedirá o aumento da produção porque não tem como verificar a evolução do negócio. Neste sentido, a adoção de ferramentas tecnológicas de alto nível é fundamental.

Hoje existem no mercado equipamentos de campo que contém sensores e interfaces de comunicação que permitem a coleta de dados em tempo real. E não é apenas a leitura feita por um funcionário: conectados à redes de computadores, eles podem emitir de forma ininterrupta detalhes sobre o quanto de alimento foi distribuído nos cochos, em quanto tempo foi consumido, qual o peso do animal antes e depois de comer, entre outras inúmeras variáveis da rotina agropecuária. A riqueza de informações contribui também para analisar quais os processos mais eficientes para a estrutura da fazenda e quais podem ser melhorados.

Passo 4: Invista em capacitação

 

A tradicional imagem do homem do campo de chapéu, andando à cavalo e com pouca instrução mas muito conhecimento prático tende a ser cada vez mais rara nas propriedades de alto rendimento. Ainda que muito do que eles sabem seja válido, é preciso atualizar os meios pelos quais a produção terá capacidade de crescer e a lucratividade, aumentar. O perfil deste profissional tem que ser cada vez mais analítico e familiarizado com dispositivos modernos.

Essas tecnologias tendem a permitir o controle completo da propriedade, a qualquer momento e em qualquer lugar, por meio de smartphones e tablets. Além disso, a quantidade de informação gerada a partir do processamento dos dados emitidos pelos equipamentos da fazenda é imensa, e a análise e interpretação delas será fundamental para definir os rumos de cada ciclo produtivo.

 

Passo 5: Use um software de gestão

 

Para unificar todas essas ações e permitir que elas gerem o resultado adequado, é fundamental mantê-las sob o controle criterioso de uma plataforma completa de gestão agropecuária. É ela quem permitirá organizar, ler, compreender e agir conforme as necessidades para garantir o funcionamento perfeito de toda a fazenda — desde a chegada do animal até a identificação do ponto ótimo de abate e a sua comercialização.

Esse tipo de recurso permite otimizar o controle das atividades, aumentando significativamente a eficiência de todos os setores da cadeia interna. É ele que vai indicar a lucratividade da fazenda, em quais aspectos é preciso investir mais e o que pode estar drenando o lucro de um negócio tão minucioso como a pecuária.

Continue acompanhando nosso blog para saber como aumentar a lucratividade da sua fazenda.

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