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Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera

Pecuária de precisão no Brasil: um breve cenário e perspectivas para nossas propriedades!
Pecuária de precisão no Brasil: um breve cenário e perspectivas para nossas propriedades! Entenda melhor a pecuária de precisão nesse post

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Todos nós sabemos que a demanda por alimentação segue um ritmo de crescimento em todo o planeta. Até o ano de 2050, a produção de alimentos em todo o mundo terá a missão de sustentar 2,3 bilhões de pessoas a mais. O crescimento do setor deverá ser de 70%, priorizando a produtividade e o incremento de cerca de 120 milhões de hectares de novas áreas. Essa necessidade deve impulsionar a ampliação de investimentos na agricultura (daí vem a pecuária de precisão) e na pecuária da ordem de 60% — boa parte voltada à capacidade de geração de proteína animal, que precisará crescer 200 milhões de toneladas. Neste cenário, seremos 9,2 bilhões de seres humanos no planeta e 72% dos países em desenvolvimento vão consumir carne — contra o índice de 58% aferido atualmente.

Esses dados foram apurados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e se colocados em paralelo com uma outra realidade, servem para destacar a importância de manter a atenção na inovação e entender que é fundamental promover uma verdadeira revolução na pecuária. É que a área dedicada às pastagens tem reduzido cerca de 1% por ano devido a fatores como erosão e urbanização. Se buscarmos olhar outro dado, a quantidade de hectares por habitante destinados à agricultura, veremos que a média caiu de 1,5 ha em 1960 para 0,8 ha hoje. É uma diferença e tanto, não?

Como podemos, então, produzir mais e melhor sendo que temos cada vez menos espaço para essa atividade? A solução é investir em fazendas de ponta, que tenham na inovação o seu alicerce para a construção de um negócio eficiente, focado na qualidade e na rentabilidade. Cada vez mais precisamos praticar a pecuária de precisão.

Pecuária de precisão: quem aplica, cresce

Primeiro, é importante explicar que já temos ótimos exemplos de empreendedores que experimentaram essa transformação Brasil a fora. Eles aproveitaram os últimos dez anos para se aprofundar no que a evolução tecnológica na pecuária tem apresentado: plataformas de gestão totalmente integradas, completas e verdadeiramente transformadoras. São softwares que automatizam as rotinas das propriedades, em todas as etapas: cria, recria, engorda a pasto, terminação intensiva a pasto (TIP) e confinamento. São cerca de 570 fazendas que controlam 5 milhões de cabeças de gado todos os anos nas nossas plataformas — isso corresponde a 60% do mercado. Estamos falando da responsabilidade de alimentar 29,5 milhões de pessoas!

É muita gente, muita produção e a responsabilidade, logicamente, é enorme. É por isso que os últimos dez anos foram de aperfeiçoamento e desenvolvimento para chegarmos ao que hoje chamamos de pecuária 4.0: ela representa a convergência de tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas, sensores, análise de dados e consultoria que, unidas, dão uma visão de 360º do negócio.

Nós começamos a oferecer essa solução há uma década, quando o desafio era a coleta precisa de dados no campo. Como fizemos? Estabelecemos novas rotinas operacionais, resolvemos problemas logísticos, adaptamos hardwares para que eles se tornassem capazes de resistir às condições intensas do campo e fomos atrás de meios para capacitar a mão-de-obra que, apesar de conhecer o ambiente em que trabalhavam, não dominavam a tecnologia. O Lançamento do nosso software voltado para a gestão de confinamento, o TGC, em 2007, foi um marco do início da inovação no setor. O controle preciso dos dados reduziu os riscos da operação, melhorou a rotina de trabalho e aumentou a eficiência dos processos. Até hoje o software é o mais utilizado pelos confinamentos do Brasil e processa mais 3,5 milhões de cabeças anualmente.

Uma das propriedades mais importantes do Brasil que adota a tecnologia e percebe os resultados da prática é a Agropastoril Campanelli. A fazenda está no rol das mais importantes quando o assunto é pecuária de precisão e confinamento e a revolução permitiu a eles transformar a gestão do confinamento, rastrear o rebanho, automatizar a fabricação e o fornecimento da ração por meio da leitura eletrônica dos cochos e adotar outras melhorias. O resultado: hoje a fazenda destina mais de 55 mil bois por ano para o abate tendo o controle total do retorno de cada cabeça no faturamento do negócio.

Ecossistema completo para gestão da pecuária de precisão

Os bons resultados obtidos com o TGC nos mobilizaram a desenvolver outras plataformas, cada uma dedicada a automatizar e gerenciar uma etapa fundamental do confinamento: a rastreabilidade, por meio do TGR; o trato, via TGT e a gestão de bovinos a pasto, com o TGP. Essas soluções ainda tornaram a presença de chips, leitores de código de barras, tags de RFID (radiofrequência), painéis de LED, tablets e até a própria internet comuns no ambiente rural e integraram-nas à rotina dos funcionários.

Hoje estamos lançando outro recurso inovador, que chega a ser chamado por alguns produtores como “o sonho de todo pecuarista”: o Ecossistema GA. Ele permite a gestão de toda a informação gerada na produção de carne e dá uma visão completa do processo, fazendo ser verdadeira a frase “o olho na tela é que engorda o lucro” — uma atualização muito adequada ao velho ditado “o olho do dono é que engorda o gado”. Essa plataforma permite trabalhar com uma base de dados extremamente completa e identificar, minuciosamente, o que está acontecendo com a fazenda e direcioná-la para a alta performance.

O Ecossistema GA hoje é responsável por concentrar os dados e o processamento de informações de quase meio milhão de cabeças de gado em IATF, 500 mil na recria e contabilizar mais de 2,7 milhões de manejos operacionais. Ele foi o responsável por transformar uma das maiores fazendas do Brasil num case de sucesso: a Nova Piratininga (GO), que tem 205 mil hectares, 1,8 mil pastos, 1,7 mil estradas. Um detalhe importante é que quando os atuais donos assumiram a fazenda encontraram um quadro de falta de estrutura grave: não conseguiam saber quantos bois viviam nela, de quais raças eram e não tinham nenhum sistema de métrica produtiva. Hoje o plantel é de 130 mil cabeças de gado, sendo que 52 mil são matrizes na cria, 48 mil na recria e 30 mil no confinamento. Pelos números você já percebeu que seria impossível controlar tudo isso sem um sistema de gestão realmente eficiente e abrangente, não?

A coleta e processamento precisos dos dados trouxe outra inovação para o campo: a inteligência de negócios, chamada também de BI ou “painel de gestão à vista”. Essa ferramenta transforma dados brutos em informações significativas e úteis para a análise do negócio e vem sendo estratégica na identificação de oportunidades. O uso dessas tecnologias permitiu ao pecuarista aumentar sua rentabilidade ao ganhar eficiência na operação e escala de produção.

É neste sentido que a pecuária 4.0 se consolida no surgimento de novas tecnologias. Para ter mais controle dos custos, otimizar a área e os equipamentos e melhorar as margens de lucro, os empresários rurais têm diversificado o negócio integrando os diferentes sistemas produtivos numa mesma fazenda. Para isso, precisam gerenciar desde a estação de monta até o abate passando pela desmama, evolução do rebanho e a nutrição.

Esse movimento é definitivo e quem estiver preparado para fazer a gestão da informação da maneira correta, vai sair na frente.

Continue acompanhando os nossos conteúdos no blog e conhecendo nossas soluções no site da Gestão Agropecuária.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, pecuária de precisão e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Inteligência de negócios X Inteligência artificial na pecuária
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

controle de gado de corte

Estratégia de Compra

A compra do boi magro é considerada um fator de alta importância dentro do confinamento. As recentes altas da arroba, a baixa oferta de animais e o aumento nos custos da alimentação, influenciaram a alta dos preços do boi magro.

Ao avaliarmos a base de clientes GA, percebemos que em 2020 os valores negociados foram menores que em 2021, mas com grande variação durante o ano e dentro do próprio mês. Além disso, por possuírem informações de qualidade para analisar, conseguem realizar melhores negócios.

Sabemos que cada produtor possui um tipo de negociação com o seu fornecedor, variando de acordo com o volume de compra, formas de pagamento e seu próprio poder de barganha. No entanto, o pecuarista com uma gestão de alta maturidade tenta se antecipar frente às oscilações do mercado e às oportunidades.

Avaliação das arrobas produzidas

Você sabe dizer qual animal produz mais arrobas durante o confinamento? Além do preço do animal, devemos avaliar seu desempenho e o quanto isso retorna em lucro ao produtor.

Interpretando os gráficos acima, temos o peso de entrada do animal em kg correlacionado com outras variáveis, como quantidade de @ produzidas, eficiência biológica, ganho médio diário e lucro. Os pontos mais claros indicam animais mais pesados e os mais escuros, os mais leves.

Sabemos que animais mais jovens, que entram mais leves, têm melhor eficiência biológica no período confinado, maior ganho de peso e, consequentemente, entregam mais @, entretanto, não necessariamente são os animais mais lucrativos (confira no gráfico de @ produzidas acima).

No gráfico de lucro, podemos ver lucratividades altas e baixas em todos os cenários. Animais caros, baratos, mais leves ou mais pesados podem ter uma lucratividade interessante, porém o valor de compra continua sendo preponderante para que a margem de lucro do pecuarista não seja tão apertada.

O confinamento é uma atividade de risco e com margens enxutas, por isso o produtor deve estar antenado sobre o mercado para conseguir fazer uma compra em um valor justo, estar atento as oportunidades e traçar estratégias com seus fornecedores.

“Melhor animal é o que deixa o melhor resultado e não necessariamente o mais caro.” Marcelo Ribas (Diretor Executivo da Intergado)


Planejamento para Compra – Alta Maturidade na Gestão

Pontuamos preço do boi magro e as possibilidades do seu desempenho frente ao lucro. Agora abordaremos o planejamento para compra e quais práticas de gestão podem ser aplicadas.

Identificar características de cada fornecedor é um ponto muito importante nesse processo, mas para isso é necessário ter todos os contratos lançados de acordo com sua compra. O que vemos na prática é que 47% dos clientes adotam o contrato único, ou seja, todos os fornecedores são cadastrados a partir de um único contrato e perdem a referência da origem dos animais, valores de compra e seus respectivos resultados. Veja gráfico abaixo:

Eixo X – Nº de contratos. Eixo Y – Número de cabeças (Fonte GA e Intergado, 2021)

Com os fornecedores cadastrados corretamente é possível ter informações suficientes para avaliá-lo, como por exemplo, avaliar a consistência de suas entregas, identificar a origem de animais que são zootecnicamente melhores, calcular distância de transporte com o desempenho do animal, o que permite ter mais previsibilidade dos resultados em R$/@.

No próximo artigo dessa sequência sobre originação do boi magro, falaremos como qualificar seus fornecedores e quais as melhores estratégias de apartação. Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar do Circuito Pecuária de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade

Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
Estação de monta: confira aqui algumas boas práticas para melhorar os resultados da sua propriedade.

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A produtividade e a lucratividade de toda a cadeia da pecuária de corte dependem fundamentalmente de dois fatores: a eficiência reprodutiva das matrizes e o bom desempenho produtivo da principal matéria-prima, que é o bezerro. Parece óbvio, mas sem reprodução não há animal para engordar e abater. Apesar de essa etapa estratégica da cadeia produtiva ser vista como a menos rentável, não é raro ela receber menos investimentos. É verdade que já se evoluiu muito em melhoramento genético e novas técnicas de reprodução, mas o setor de cria ainda está muito defasado em gestão e planejamento para evoluir o rebanho e dar ao empreendedor um retorno econômico satisfatório.

O momento certo para implementar um controle mais eficiente é agora, na estação de monta. Ainda que não seja novidade, a administração adequada desta fase são é o que pode garantir os bons resultados da fazenda com o maior número de nascimentos e bezerros desmamados, no melhor período do ano. Felizmente a tecnologia tem contribuído substancialmente na gestão, planejamento, operação, controle e análise dos resultados alcançados, pois reduz a imprevisibilidade e os riscos de um ciclo produtivo longo e com um grande número de manejos.

Um dos gargalos é a taxa de natalidade e desmame nas fazendas voltadas à pecuária de corte no Brasil: em alguns casos, apenas metade das crias convertem resultados positivos para o negócio. Isso significa que a média nacional é que cada matriz produz um bezerro a cada dois anos. Pior do que isso: a idade média ao primeiro parto é de 48 meses. A situação é delicada e merece ser analisada, pois, mantida a perspectiva, os animais estarão consumindo pasto, insumos, ocupando mão-de-obra e currais e, em contrapartida, oferecendo poucos bezerros desmamados ao longo do ano.

Por meio da boa estratégia de estação de monta é possível buscar a concentração da atividade reprodutiva da propriedade num determinado período de tempo, de modo que a eficiência operacional e tecnológica da fazenda esteja direcionada a esta etapa fundamental para o sistema de produção da pecuária de corte: a cria. Para isso, recursos tecnológicos de ponta são capazes de coletar dados, processá-los e apresentar informações precisas que contribuirão para uma visão 360º do negócio por meio da organização do fluxo e dos processos dentro da propriedade, proporcionando uma gestão extremamente eficiente. A atenção a estes recursos de gestão é fundamental para que o seu negócio dê resultados cada vez melhores e se destaque nos competitivos cenários nacional e internacional.

Definir a estação de monta corretamente

Para fazer a evolução do rebanho, o primeiro passo é planejar a estação de monta considerando aspectos específicos como as condições fisiológicas e de escore corporal da vaca; uso de tecnologias na reprodução, capacidade de manejos diários por curral e por equipe; a época mais adequada para o nascimento; o período de desmame; peso do bezerro ao desmame e descarte das matrizes vazias e com idade avançada (com dez anos ou mais).

O planejamento da oferta de pasto para as matrizes é um aspecto importantíssimo a ser considerado pelo gestor pecuário já que este é fator que interfere diretamente na condição do escore corporal das matrizes, que é fundamental para a obtenção de um bom resultado de taxa de concepção e prenhez. Aquelas que parirem no período de seca (Julho, Agosto e Setembro) devem ter disponível pasto com um volume de oferta adequado, pois mesmo sendo um pasto de baixa qualidade (seco, com alto teor de fibra e baixa proteína), havendo oferta de pasto e com a utilização de sal proteico/energético, o resultado da taxa de concepção e prenhez são satisfatórios.

O gestor pecuário também tem que levar em consideração que os bezerros nascidos no período seco (Julho, Agosto e Setembro) têm menor probabilidade de contrair doenças, além de eles tradicionalmente apresentarem o maior peso ao desmame. As matrizes que parirem no período das chuvas (Outubro, Novembro e Dezembro) naturalmente terão à disposição um pasto maior e de melhor qualidade, apresentando consequentemente um bom resultado de taxa de concepção e prenhez. Por outro lado, os bezerros nascidos no período das chuvas apresentam uma maior probabilidade de contrair doenças e apresentam menos peso ao desmame.

Vale ressaltar que bezerros nascidos no período da seca são desmamados no período entre os meses de Fevereiro, Março e Abril, quando ainda há oferta de pasto em quantidade e com qualidade. No caso dos bezerros nascidos no período das chuvas e que são desmamados na época da seca (Maio, Junho e Julho), quando o pasto não apresenta condições adequadas, é fundamental o planejamento de uma suplementação proteica/energética para que não ocorra um déficit nutricional pós-desmame e o desempenho produtivo seja comprometido.

Início e duração da estação de monta

Depois do acompanhamento da condição corporal das matrizes e da disponibilidade de pasto, é importante definir quando a estação deve começar. Essa decisão pode levar em conta o conhecimento empírico das equipes estratégicas e táticas da propriedade, mas se forem interpretadas com o auxílio do potencial analítico da tecnologia aplicada à pecuária, as chances de acerto crescem exponencialmente.

Uma plataforma completa de gestão agropecuária pode trazer dados precisos sobre o percentual do rebanho que está apto para a reprodução, período pós-parto, condição corporal, disponibilidade de pasto, suplementação mineral e/ou proteica/energética e outros aspectos importantes. Essas informações são fundamentais para garantir os melhores resultados da estação.

Para alguns estudiosos da pecuária brasileira, uma estação de monta ideal deve compreender o tempo que permita a máxima eficiência reprodutiva, ou seja, produzir um bezerro por matriz por ano. Veja o esquema:

estação de monta
Intervalo entre partos e período de serviço na eficiência reprodutiva em Bos taurus e Bos indicus (Fonte: Firmasa e USP)

 

Para que se tenha um intervalo entre partos de 12 meses, que é a eficiência reprodutiva máxima, o período de serviço (concepção) deve compreender de 71 a 78 dias para as raças Bos indicus e Bos taurus, respectivamente.

A IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) é a tecnologia que proporciona a maior eficiência reprodutiva, produzindo um bezerro por vaca/ano. O intervalo entre partos das matrizes que emprenham na primeira IATF e no primeiro repasse de touro é menor que 12 meses, devido a realização da IATF antes de 78 dias de pós-parto. Veja:

 

estação de monta
Modelo de trabalho para estação de monta (Fonte: USP e Firmasa)

 

O resultado não causa sobreposição entre a estação de monta, de nascimento e o puerpério, o que contribui para aumentar a taxa de prenhez e a qualidade da cria considerando esse quadro.

Para conhecer mais sobre como a tecnologia pode ajudar no gerenciamento das fazendas em busca da pecuária de corte de qualidade, acesse o nosso site e leia o nosso blog.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

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  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
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  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

Escalada da gestão na propriedade

O pecuarista que deseja elevar seu nível de maturidade de gestão passará por uma jornada que está diretamente relacionada à tecnologia de gestão da informação.

Nessa escalada, a depender da segurança e da qualidade da informação desejada, existe uma solução mais indicada. Confira na tabela abaixo:

Necessidade (Problema)Solução (Recurso)Característica
(Foco e Riscos)
ControlePlanilhaFoco na coleta. Processo manual com baixa segurança e confiança dos dados.
ProcessosSoftwareFoco na rotina, padronização na coleta. Armazenamento mais seguro e acesso controlado aos dados.
PrecisãoAutomaçãoFoco na eficiência. Processo automatizado com alta confiabilidade e assertividade nos dados.
InsightsAnáliseFoco na melhoria contínua. Dados gerando informações a partir de análises, agilidade e segurança nas decisões.
SustentabilidadeIntegração ERPFoco no resultado econômico. Integração de dados produtivos e financeiros gerando conhecimento do negócio.

É importante entender que a adoção de tecnologia na propriedade acontece de forma mais eficiente quando os processos já estão bem alinhados. Entender e seguir os passos dessa jornada fará com que a propriedade evolua seu nível de gestão rapidamente e traz diversas melhorias.

O impacto da eficiência no resultado

Ao considerar uma propriedade com capacidade estática para 5 mil cabeças e com 2 giros ao ano, analisamos o impacto da eficiência nos dois modelos de gestão (baixa e alta maturidade).

Se na fábrica de ração ele operar com uma eficiência de 55% (fabricação não automatizada), terá um prejuízo R$ 1,2 milhão/ano. Indo para índices de 95% (fabricação automatizada), o valor é reduzido para R$ 77 mil/ano. Apenas com a tecnologia de monitoramento e automação da fábrica, o prejuízo é reduzido em mais de R$ 1,12 milhão de reais. Nessa situação, o investimento na automação da fábrica representaria 0,62% desse prejuízo, o que nos mostra claramente que o retorno desse investimento é extremamente rápido.

Se a diferença entre a quantidade de ração que foi fabricada e a quantidade que foi fornecida aos animais for acima de 8% (errado), temos um prejuízo de R$ 1,4 milhão/ano. Se essa diferença diminuir para 2%, o prejuízo é reduzido para R$ 352 mil/ano. 

Ao avaliarmos a diferença de eficiência entre a pesagem diária (pesar o animal todo dia através de balanças eletrônicas e sensores eletrônicos – Intergado) e a pesagem estática (aquela realizada apenas quando o animal entra e quando sai do confinamento), temos um AUMENTO de receita de R$ 475 mil/ano, pois com a pesagem automatizada (sem a necessidade de levar o animal até o curral de manejo) conseguimos identificar o ponto ideal de abate deste animal e antecipamos a sua saída com economia de tempo, ração e, consequentemente, o custo para produzir esse animal será menor.

Somado todos esses fatores, esse pecuarista teve um prejuízo de R$ 2 milhões em um ano de atividade e girou 10 mil cabeças em 2 ciclos. Novamente, as evidências mostram que a atividade completa deve ter uma gestão muito criteriosa e, sim, os pequenos erros impactam fortemente no resultado econômico.

“Fica claro que quanto mais rápido aplicarmos as tecnologias de monitoramento da fabricação e fornecimento da dieta, menor é o impacto financeiro e maior será a margem de resultado econômico.” – Paulo Marcelo (CEO da GA)

Para saber mais informações sobre gestão de alta performance na pecuária, não deixe de participar do Circuito de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Paulo Marcelo (CEO da GA): Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Marcelo Ribas (CEO Intergado): Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA): Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Eficiência dos processos produtivos

O que o animal “fala” sobre isto

Quando falamos de desempenho animal precisamos entender todos os processos que fazem parte do processo produtivo. Neste artigo, trouxemos algumas análises relevantes sobre esse tema.

Analisamos clientes com automação na fábrica de ração para entender o erro por tipo de alimento e, segundo a base de dados da GA, a maioria dos clientes erra para “cima’’ durante a fabricação da dieta. Também foi constatado que os ingredientes proteicos, insumos de alto custo, são os que apresentam a maior margem de erro conforme gráfico abaixo:

Erros na fabricação por tipo de alimento


Fonte: GA + INTERGADO, 2021

O cenário ideal é fabricar e fornecer a dieta o mais próximo do previsto para não “furar” o estoque e, dessa maneira, consumir os ingredientes dentro do planejado para não prejudicar o desempenho do animal (caso seja necessário realizar a troca de ingredientes durante o ciclo) e não aumentar os custos de produção.

Com a tecnologia de pesagem voluntária diária dos animais da Intergado, conseguimos obter todos esses dados e entender o que está impactando na produtividade.

No gráfico abaixo, analisamos um animal de uma fazenda tecnificada. Percebemos que o desvio entre o desempenho previsto pela dieta formulada e pela dieta fornecida foi de apenas 3%, indicando bons índices do processo. (Linha preta e cinza praticamente sobrepostas).

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

O nutricionista dessa propriedade, formulou uma dieta considerando que o animal terminaria o confinamento com 547kg. O cliente estimou o ganho de peso diário no sistema com média de 1,5 kg/dia (linha dourada) com peso final esperado de 515kg. Já a medição diária e individual, através das balanças eletrônicas da Intergado, mostrou que o animal terminou o período confinado com 532kg.

Existe uma diferença entre a predição e a resposta real do animal e, nesse caso específico, a fábrica de ração trabalhava com índices de controle rigorosos, porém com margem para melhoria da eficiência. Vale ressaltar que mesmo com uma boa operação de fábrica, ainda assim, podemos ter diferenças entre a realidade e as previsões.

Concluímos que nessa situação, estamos subestimando a exigência do animal na formulação da dieta e que a tecnologia do “boi sensor” (animal coletando dados para orientar as decisões do pecuarista, através do monitoramento das pesagens diárias voluntárias nas balanças da Intergado) pode ajudar a calibrar o modelo para chegar no ponto de equilíbrio. Vamos entender melhor no próximo gráfico.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

No gráfico acima, vemos que a linha azul reflete exatamente o que aconteceu com o boi, pois é o acompanhamento feito a partir da pesagem diária do animal. Importante ressaltar que com o dado real temos mais informações para calibrar e tomar decisões referente ao confinamento. Vimos um desvio de 30,52% entre o ganho de peso real e o ganho de peso previsto pelo modelo (linhas preta e cinza praticamente sobrepostas).

Também fica claro que utilizar o ganho linear (linha dourada) não é a melhor opção a ser adotada quanto ao desempenho do animal. Isso pode trazer erros no controle de estoque e, o mais importante, não é possível identificar o que realmente está acontecendo com o animal ao longo do processo de engorda.

Para isso, temos a oportunidade de usar o animal como um sensor da fazenda já que ele responde a todas as interações e usar o conhecimento sobre o seu comportamento para corrigir os processos durante os dias de cocho, equilibrando exigência nutricional e desempenho para tomar melhores decisões produtivas e econômicas.

O custo da perda de desempenho

Naturalmente, ao longo do período confinado, o ganho de peso diário diminui e depois tende a estabilizar. Inicialmente, é maior devido ao ganho compensatório e depois se estabiliza quando o animal já está habituado à dieta, ao cocho e ao ambiente.

Um dos fatores que interferem no desempenho animal é a troca de dietas que exigem uma adaptação do animal à nova formulação. No gráfico abaixo, percebemos o impacto das trocas de dieta em 2 momentos, acarretando uma perda de 5,27 kg que representa R$58,00/cabeça durante o confinamento.

Ganho de peso diário x Dias de confinamento

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Essas mudanças de ingredientes na dieta podem ser pressionadas pelo mercado ou por falha de algum fornecedor, como aconteceu muito em 2020. Mas, com o planejamento de estoque bem-feito, com insumos suficientes para o ciclo e mantendo as eficiências dos processos (sem perdas) é possível controlar os custos e evitar a troca de ingredientes que prejudicam o desempenho animal. Mesmo quando as trocas são por ingredientes similares em qualidade e energia, a resposta do animal é negativa.

Veja no gráfico abaixo, o que aconteceu em 2020 com 5 mudanças na dieta provocadas por condições de mercado, trocando por ingredientes de igual valor nutricional:

Composição das dietas x Ganho de peso diário (GPD) x Energia metabolizável (EM)

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

As linhas tracejadas na vertical indicam os períodos em que foram realizadas trocas de ingredientes por indisponibilidade no mercado. Na linha laranja, temos a Energia Metabolizável (EM) que foi entregue ao longo do tempo, considerando as mudanças de ingredientes. Nota-se que o nutricionista tentou manter estável durante as trocas, mas na linha verde temos o GPD do animal mostrando quedas drásticas em cada troca.

Os animais estavam abaixo do seu potencial máximo e, segundo estimativas, para recuperar as perdas, os animais precisariam de 9 dias a mais de cocho, representando um custo adicional de R$117,00 por cabeça.

Em casos em que é necessário fazer a mudança na dieta, o mais recomendado é realizar essa troca de forma gradativa e, assim, facilitar a adaptação do animal e reduzir perdas de desempenho. A melhor forma de fazer isso é com a automação da fabricação e do fornecimento, que facilitam intercalar diferentes dietas ao longo do dia de trato e por períodos determinados.

Importante entender que o bovino é um animal que gosta de rotina e as decisões que tomamos durante o período confinado refletem diretamente na performance do animal. Utilizar o animal como “sensor” é uma grande oportunidade de tomar decisões assertivas. Dessa maneira, fica claro que para ser um bom pecuarista é preciso ser um bom planejador e também um bom observador.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar nossa Trilha de Conhecimento.

Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Controle de sanidade: como controlar a saúde do animal durante a evolução do rebanho

Controle de sanidade: como controlar a saúde do animal durante a evolução do rebanho
Controle de sanidade: como controlar a saúde do animal durante a evolução do rebanho? Confira nesse post.

 

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Febre aftosa, brucelose, tuberculose bovina, carrapatos, mosca-dos-chifres… Doenças como estas e outras tantas são preocupações constantes de pecuaristas e gerentes de todo o Brasil. Além delas, outros problemas podem interferir negativamente na produtividade da fazenda e o quadro só pode ser revertido com o controle de sanidade individual e de todo o rebanho.

 

Além de impedir a desvalorização do produto final — a carne —, a fazenda que investe no manejo adequado tem grande vantagem competitiva na comparação com outros produtores e entrega garantias sanitárias reais para os mercados que abastece. Mas é importante que o dono da propriedade, o gerente do negócio e as equipes operacionais tenham em mente que é fundamental analisar o controle de sanidade além do calendário de vacinas obrigatórias dos órgãos regulamentadores. Essa consciência de grande parte da cadeia produtiva e dos negócios pecuários nacionais é o que tem levado o Brasil a ocupar posição de liderança no mundo.

 

O controle de sanidade é o que vai garantir o manejo sanitário ideal para promover a saúde do rebanho que gera impacto direto no desempenho de ganho de peso e carcaça do animal. O resultado desse trabalho bem feito é a eliminação da incidência de doenças, o melhor aproveitamento do material genético, o aumento da produção e a conquista de lucros maiores. Aliás, a própria taxa de prenhez cresce com o controle sanitário adequado de um problema comum em muitas propriedades: a diarreia viral bovina (BVD). A eliminação da doença silenciosa e que não apresenta sintomas, permitiu que a taxa de prenhez de algumas fazendas das regiões Norte e Nordeste do Brasil saltassem de 12% para 65% em uma única aplicação — um crescimento de 22,6% na comparação com as fêmeas em um lote que tinha 58% de animais contaminados.

 

Mas o grau de sucesso nesse tipo de procedimento está diretamente ligado à forma como é feito o gerenciamento desse controle. Além de prevenção ser a palavra de ordem, é preciso analisar diversos dados para fazer o planejamento sanitário adequado considerando histórico passado, controle de vacinas e medicações administradas nos animais nos locais de origem, tempo de carência individual e de lotes, dentre muitos outros. Controlar e administrar todas essas informações de maneira correta é praticamente impossível sem a ajuda da tecnologia. Ela é a principal aliada do gestor para evitar que o manejo sanitário precário se transforme em graves problemas de produção e risco para o lucro do negócio.

 

Controle de sanidade bem feito

 

A pecuária brasileira se transformou nos últimos anos, e com ela a forma como o produtor enxerga alguns manejos específicos. A vacinação é uma das práticas que mais evoluiu nesse período. Hoje o pecuarista já entende a importância do planejamento do controle sanitário e percebe claramente o impacto que ele pode causar no desempenho do animal e no caixa na hora da venda.

 

Felizmente a ideia de que as vacinas são um “gasto” tem perdido adeptos. A maior parte dos produtores vai além das vacinas obrigatórias, e entende os benefícios de criar e gerenciar um calendário próprio considerando aplicar outros compostos que, no longo prazo, podem melhorar o desempenho do animal, a qualidade da carne e, consequentemente, gerar maior lucratividade por cabeça de gado.

 

Para Elci Rincón Ferreira, médico veterinário especialista em sanidade e reprodução bovina que atua em grandes propriedades no Brasil, a execução de um programa sanitário bem elaborado é o que vai garantir os melhores resultados.

 

— Quanto o planejamento e a execução deste programa são bem feitos, todos os envolvidos ganham. O animal vai menos vezes ao curral ou à mangueira, o trabalho com ele pode ser melhor categorizado e até o stress do gado diminui, o que se reflete na qualidade da carne — afirma.

 

Diferentemente do que alguns gestores pecuários pensam, o investimento em vacinação para além das aplicações obrigatórias, seja na cria, recria, engorda ou no ciclo completo, não ultrapassa os 0,8% de todo o investimento feito no animal. Esse valor corresponde à utilização de remédios de altíssima qualidade, que são desenvolvidos especialmente para não deixar resíduos na carne e não tornar o boi resistente a antibióticos, por exemplo.

 

— O animal saudável produz muito mais do que o que não está imunizado. Não é a vacina que faz o animal ganhar peso, mas se ele recebe uma nutrição adequada, tem boa genética e passa por um programa sanitário ajustado e bem controlado, automaticamente vai produzir mais carne — diz Ferreira.

 

Personalização do calendário sanitário

 

Cada fazenda apresenta uma realidade sanitária diferente, seja por conta do tamanho do rebanho, das doenças que mais acometem o plantel da região ou pelo ritmo de crescimento do negócio desejado pelos donos ou gerentes da propriedade. Logicamente, a operacionalização do controle sanitário é um dos desafios mais importantes da administração da fazenda e o uso da tecnologia é fundamental para alcançar este objetivo.

 

Na Fazenda Nova Piratininga, o acompanhamento artesanal ou manual do rebanho inviabilizaria a manutenção do elevado nível de qualidade da carne originada na propriedade. A solução foi buscar uma solução que atendesse de forma completa às necessidades técnicas e sanitárias do negócio.

 

— Para resolver essa situação, nós buscamos um fornecedor que permitisse acompanhar e controlar o processo desde o começo do confinamento. Discutimos e criamos boas soluções sanitárias dentro da plataforma, e conseguimos monitorar a dosagem dos medicamentos aplicados na própria tela do computador. Funciona assim: por meio de um sensor, nós lemos o brinco do animal e o sistema já identifica aquele boi. Na tela já aparece a ficha completa dele com campos como as doenças e os medicamentos que estamos aplicando. Por exemplo: pneumonia, casco, refugo de cocho. Conforme nós selecionamos, informamos ao sistema quanto e quando o animal foi medicado, e isso nos dá a segurança de não abater um durante o período de carência de determinado antibiótico.

 

O veterinário afirma que o grau de detalhamento oferecido pelo software de gestão na coleta de dados ajuda muito no planejamento. Ao iniciar o protocolo de entrada, o operador já insere quais medicamentos estão disponíveis na fazenda, quais deles foram aplicados e o custo de cada um, o que permite a elaboração de relatórios e comparativos no meio e ao final do ciclo — o que fomenta a tomada de decisões mais acertadas no negócio.

Para conhecer mais detalhes desta e de outras soluções inovadoras que ajudam os pecuaristas e produzirem cada vez mais, melhor e obtendo mais lucratividade, acesse o nosso site e leia o nosso blog.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

controle de gado de corte

Controle de gado de corte baseado em dados: como as informações ajudam na gestão agropecuária

Controle de gado de corte baseado em dados: como as informações ajudam na gestão agropecuária
Nesse post, entenda como as informações beneficiam o controle de gado de corte nas propriedades.

 

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O ano de 2019 será importante para a pecuária brasileira, sobretudo para os produtores que comercializam o plantel no mercado externo. Quem conhece os movimentos econômicos tem previsto que a partir do dia 1º de janeiro haverá uma alta no preço dos animais, marcando uma virada econômica no cenário. A preparação para o atendimento da demanda doméstica e estrangeira passa, obrigatoriamente, pelo controle de gado de corte e isso só pode ser feito de uma maneira: com o uso eficiente e inteligente da tecnologia.

 

O ciclo de alta do preço do boi gordo deve acontecer porque a perspectiva é que a cotação do animal pronto para o abate se valorize acima da inflação. Essa etapa também deve favorecer que os pecuaristas retenham mais vacas para aumentar o rebanho futuro. Isso exige ainda mais cuidados para que esses animais passem pelo ciclo e mantenham um ótimo quadro de saúde ao final dele, mesmo que precisem permanecer mais tempo no confinamento ou na propriedade.

 

Para informar e mostrar como o uso de uma plataforma eficiente de gestão agropecuária pode contribuir significativamente com o bom andamento da fazenda, nós preparamos este e-book completo e gratuito que traz todas as informações das quais você precisa para transformar a sua fazenda em uma produtora de lucros. Clique aqui para ler agora e preparar o seu negócio para 2019.

 

Controle de gado de corte fomenta crescimento no Brasil

 

Os últimos 30 anos mostram que dentre todos os países produtores do mundo, o Brasil é um dos que desponta na liderança do crescimento da produtividade. O levantamento considera dados oficiais que fomentam a elaboração de políticas para o setor da pecuária de corte pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e apontam que a adoção da tecnologia é um diferencial irrefutável de que a gestão das propriedades precisa se modernizar cada vez mais. Basta observar outro dado que mostra que de 1975 a 2015 cerca de 60% do crescimento da produção foi ocasionado por recursos de última geração incorporados à rotina do campo. Destes, 15,4% foram atribuídos ao trabalho e outros 15,1% à terra.

 

Ao longo do século XX o Brasil se posicionou, por conta desses fatores, como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo e até o final deste ano, teremos enviado para os Estados Unidos cerca de 10 milhões de toneladas. Tais números se justificam pela preocupação dos pecuaristas nacionais em oferecer qualidade por meio do monitoramento constante de aspectos como o controle de gado de corte baseado em dados. Isso significa que plataformas completas de gestão agropecuária facilitam essa tarefa ao oferecer bancos de dados atualizados que dão ao gerente da propriedade e à sua equipe todas as informações necessárias para a tomada de decisão correta no ciclo produtivo.

 

Dentre as informações que podem ser obtidas a partir do uso de um software de gestão agropecuária, estão:

 

  • Controle de contrato (compra, boitel, parceria produzida);
  • Peso de entrada individual e por lote;
  • Peso de saída individual e por lote;
  • Identificação individual por animal (SISBOV ou número de controle);
  • Consumo de matéria seca/dia por animal e lote;
  • Previsão de fornecimento diário de ração com base na leitura de cocho digitalizada;
  • Controle de eficiência na fabricação e fornecimento de ração;
  • Controle de estoque de insumos;
  • Controle sanitário;
  • Rendimento de carcaça;
  • Ganho líquido de carcaça;
  • Custo por arroba produzida;
  • Lucro por arroba;
  • Lucro total.

 

Inteligência a serviço da boa gestão do campo

 

Mais importante do que reunir todos os dados em uma plataforma é o processo de tratá-los e interpretá-los. A pecuária de precisão exige uma zootecnia de precisão, obtida por meio da análise de alto nível desenvolvida pelos técnicos e gerentes de cada unidade produtiva. É por isso que a escolha de qual software que vai fazer a gestão da informação de toda a operação no campo é tão importante.

 

Essa situação não é baseada apenas no “achismo”: a consultoria internacional Alberdeen Research apurou que no mundo inteiro, as empresas que utilizam sistemas de gestão baseados na tecnologia registram aumento na produtividade da ordem de 73%, redução de 18% dos gastos operacionais e economia de 16% nos valores dedicados aos custos administrativos. Bons volumes para repensar a sua estratégia e ferramenta de administração da fazenda, não?

 

O “sim” para essa pergunta foi dado como resposta até agora por mais de 570 propriedades pecuárias do Brasil, Paraguai e Bolívia. Elas adotam uma solução desenvolvida por especialistas que contempla todo o ciclo produtivo — cria, recria, engorda a pasto e terminação intensiva a pasto (TIP). O Ecossistema GA tem na base todos os dados de mais de 450 mil cabeças em IATF (Inseminação Artificial de Tempo Fixo), 500 mil cabeças na recria que totalizam mais de 2,7 milhões de manejos operacionais e é a opção preferida de grandes empreendimentos brasileiros.

Para saber mais sobre a solução ideal para implementação na sua propriedade, clique aqui e acesse o nosso e-book gratuito sobre o Controle de gado de corte baseado em dados e como as informações ajudam na gestão agropecuária.

 

controle de gado de corte

Como aumentar a eficiência produtiva por meio da desmama adequada

desmama
Desmama correta: como usá-la para produzir mais

 

Na pecuária de corte, a produção de bezerros desmamados representa a principal fonte de renda para o criador. No entanto, a época de desmame é um período de considerável estresse tanto para a vaca quanto para o bezerro, o que pode causar perda no rendimento de ambos. A utilização de um método de desmama mais adequado e cuidadoso pode melhorar o desempenho reprodutivo do rebanho, sem que prejudique a matriz e o desenvolvimento da cria.

A partir do terceiro mês de lactação, o leite passa a ter pequena participação na dieta do bezerro. E o desmame tradicional normalmente ocorre aos seis ou oito meses de vida. Após essa separação, o comportamento da mãe e da cria é bastante previsível. Nesta condição vacas e bezerros tendem a comer, ruminar e descansar menos e passam mais tempo caminhando e vocalizando repetidamente. São essas alterações de comportamento que indicam que o método de desmama tradicional causa conseqüências negativas sobre o bem-estar animal.

Alguns métodos são recomendados para tornar a desmama menos traumática para ambos. Certas alternativas de manejo otimizam o desempenho reprodutivo e produtivo do rebanho de cria:

  • desmama com visualização;
  • separação em dois estágios;
  • desmama controlada.

Já outras são apontadas como menos eficazes:

  • Separação completa;
  • uso de vacas madrinhas;
  • troca de lotes.

Desmama com visualização

Um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indica que vacas e bezerros ficam mais tranquilos, desde os primeiros dias após o parto, quando colocados próximos uns dos outros, separados apenas por uma cerca, mas mantendo o contato visual. Um estudo da Universidade da Califórnia, aponta que a cria tratada dessa forma pode ganhar a mais até 30% de peso em dez semanas logo após a desmama se comparados aos bezerros desmamados de modo tradicional. Além disso, os animais andaram menos e chamaram menos por suas mães.

Neste caso, ainda que separados por uma cerca, os animais recebem alimentos complementares em cocho comum. O mesmo acontece com a água. Esse método facilita o consumo do bezerro proporcionando aumento de peso.

Ainda segunda a Embrapa, o método reduz consideravelmente o estresse do rebanho de cria. E para garanti-lo é necessário ter uma cerca resistente que impossibilite que a vaca e o bezerro se juntem novamente. Outra observação acrescentada ao estudo sugere manter usualmente os bezerros no curral de quatro a sete dias após a desmama, fornecendo água, ração no cocho e capim fresco à vontade.

Separação em dois estágios

O processo de desmama por meio de separação em dois estágios é uma alternativa que também aumenta a eficiência produtiva do rebanho de cria. Esse método consiste em evitar que o bezerro mame, no primeiro estágio, usando uma tabuleta no focinho do animal. Essa primeira etapa da desmama deve durar entre quatro e sete dias, e não tem interferência negativa no comportamento do animal que se alimenta e caminha pelo mesmo tempo que animais sem a tabuleta e também não vocalizam. Para o segundo estágio, o método indica a separação de mãe e cria. De acordo com a Embrapa, os bezerros desmamados em dois estágios apresentam comportamento positivamente significativo se comparados com os bezerros desmamados de forma tradicional:

  • vocalizam 85% menos;
  • caminham 80% menos;
  • passam 25% mais tempo se alimentando;
  • descansam 24% mais tempo;
  • sete dias após a separação ganham peso significativamente mais elevado.

A dificuldade desse método está na colocação e retirada das tabuletas, sobretudo em rebanhos grandes. Portanto, alguns cuidados são indicados para adoção deste manejo.

  • O tratamento preventivo de doenças e o controle de ecto e endoparasitos deve ser feito seguindo rígido manejo sanitário.
  • Aplicação de vermífugos, vacinas e castrações devem ser feitas quatro semanas antes e evitadas durante a desmama.
  • Os bezerros precisam ser checados regularmente. E em caso de doença, devem ser isolados imediatamente para tratamento e para evitar contágio dos demais.
  • É importante evitar distúrbios nos bezerros recém-desmamados. O ideal é evitar comercialização e transporte dos animais.
  • E os piquetes precisam estar protegidos contra estresses climáticos.

Desmama controlada

Para a técnica de desmama controlada recomenda-se que os bezerros separados de suas mães sejam colocados para mamar duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra à tarde. É importante que durante o tempo em que não estiverem juntos, os bezerros fiquem no pasto com capim. Ainda que não haja avaliação científica que prove a eficácia desse manejo, pecuaristas se dizem satisfeitos com os resultados da técnica. Esse método torna sugere o afastamento da cria com a vaca seja progressivo, o que torna a desmama mais suave. Outra vantagem é que como os bezerros são estimulados a pastar, ganham peso ao mesmo passo em que as mães se recuperam.

Separação completa

Outra alternativa de manejo para a desmama do rebanho de cria é a separação completa. Neste método, os animais são separados e colocados em áreas afastadas de modo que mãe e cria não possam ouçam a vocalização um do outro. Recomenda-se que as vacas sejam retiradas para outro setor da fazenda.

Já os bezerros devem permanecer na área em que estão acostumados ficar por questão de familiaridade com o local. No entanto, havendo necessidade de remover a cria para outras áreas, é imprescindível que o bezerro seja transferido e goze de maior conforto possível, com água em abundância, sombra e abrigo do vento. Vale ressaltar que esse método provoca alterações no comportamento dos bezerros reduzindo assim seu desempenho.

Uso de vacas madrinhas

Embora pesquisadores da Universidade de Saskatoon, no Canadá, considerem a substituição das mães por vacas de descarte um método com pouco ou nenhum benefício, essa é também uma técnica de manejo do rebanho de cria. O objetivo é fazer com que os bezerros se alimentem mais rápido e também estabilizar o ambiente social do animal. Mas o que os pesquisadores canadenses constataram é que usar vacas madrinhas junto ao rebanho recém desmamado não melhora o desempenho, imunidade e saúde. Além disso, o comportamento do animal é semelhante ao dos desmamados abruptamente.

Troca de lotes

Também testada pela Universidade de Saskatoon, a divisão do rebanho em dois lotes de vacas e bezerros, promovendo a troca das vacas do lote original também não se mostra funcional para a desmama. Em ambos os casos mães e crias procuravam seus pares. E a técnica não demonstrou benefício no comportamento animal.

Cuidados garantem resultados

Desde que tomados os cuidados necessários, segundo a Embrapa, a utilização de métodos da desmama mais adequada pode melhorar não só o desempenho produtivo mas também reprodutivo do rebanho. E a eficácia de cada método vai sempre depender da disponibilidade de forragem e do estado nutricional das vacas e novilhas.

Portanto, é válido ainda enfatizar que para que os resultados sejam os melhores possíveis, independente do manejo escolhido, estabelecer uma estação de monta de curta duração de maneira que o período de maior requerimento nutricional das vacas coincida com o período de maior disponibilidade de forrageiras de boa qualidade é também de extrema importância.

Para medir e acompanhar se o método escolhido está funcionando para sua fazenda é fundamental ter e analisar as informações de desempenho das vacas e dos bezerros durante a desmama. Só assim é possível identificar os pontos sensíveis de melhora e os que estão de acordo com as metas e índices determinados na estratégia. Coletar, gerenciar e analisar as diversas informações do rebanho e cada manejo ao longo do processo de desmama exige a utilização de recursos tecnológicos.

Continue acompanhando as informações do nosso blog para saber mais sobre oportunidades de gestão, produtividade e tecnologia que ajudam a transformar positivamente a sua propriedade e aumentar a lucratividade do seu negócio.

Administração inteligente de fazendas com software de pecuária

software pecuária

 

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A produtividade média da pecuária brasileira foi de 5,57 arrobas por hectare entre os anos de 2013 e 2017. O dado faz parte do estudo Ativos da Pecuária de Corte, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), e indica um aumento de 22,2% na comparação com a média do período de 2007 a 2012. Estados como o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo foram destaque, graças a redução do ciclo produtivo dos animais dentro de uma mesma propriedade e pelo uso mais eficaz de modernas ferramentas de produção, como softwares para pecuária.

 

Esse movimento é característico dos anos mais recentes, sobretudo a partir dos anos 2000, e ocorre de uma maneira muito diferente do que acontecia há quatro décadas: ao invés de expandir áreas, a pecuária tem usado espaços cada vez menores para produzir carne. Um dos motivos é a ampliação territorial das atividades agrícolas, que em alguns casos avançam sobre partes das propriedades que antes eram usadas para a criação de animais.

 

O custo da terra e a pressão para redução do desmatamento limitou o crescimento das áreas destinadas à pecuária e conduziu os pecuaristas a avançar sobre o delay que marcou o desenvolvimento do setor durante muito tempo, fazendo-os buscar estratégias e ferramentas que acelerassem o processo de cria, engorda e abate dos animais. A implantação de novas técnicas e tecnologias permitiu a redução do ciclo de produção de cinco anos – registrados num passado recente – para pouco mais de 36 meses na atualidade.

 

Coletar dados é fundamental

 

Diferentemente do que acontece na atividade agrícola, a pecuária exige a gestão de dois seres biológicos: a pastagem e o boi. Ainda que esse fator não receba tanta atenção ou monitoramento quanto o rebanho, associar técnicas de produção de pastagem e de intensificação da pecuária são fundamentais para obter patamares ideais de produtividade e lucratividade.

 

Por isso é imprescindível que o produtor tenha ao seu alcance ferramentas robustas, extremamente bem desenhadas, para permitir a coleta, o acesso e a análise dos dados no momento adequado para a tomada de decisão. Estar atento à essa necessidade vai habilitar a fazenda a acompanhar as tendências nacionais de produtividade, que prevêem que em 10 anos a pecuária trilhará uma rampa de crescimento sem precedentes.

 

O que antes era feito manualmente, por meio de tabelas e anotações à caneta, conta hoje com um grau de sofisticação inédito na produção de proteína animal. São softwares para pecuária especialmente desenvolvidos para o setor que contam com a curadoria de zootecnistas e estatísticos para ajudar a formatar a melhor interface para o gestor da fazenda.

 

Software de pecuária sob medida

 

Duas soluções desenvolvidas no Brasil já entregam o poder do controle da propriedade em tempo real para o pecuarista. São elas:

 

 

  • TGC — Tecnologia para Gestão de confinamento: software criado para gerir a atividade intensiva da pecuária. Ele possibilita gestão completa dos processos produtivos, administrativos e financeiros do semiconfinamento e confinamento. Atua na padronização da coleta e na organização dos dados, proporcionando o gerenciamento das informações de forma eficiente para o melhor desempenho da operação e do negócio. Um dos destaques é o planejamento nutricional e administração das dietas fornecidas aos animais com controle de estoque e custos dos insumos necessários à fabricação. O TGC é líder de mercado e está em mais de 60% das fazendas que adotam a tecnologia na gestão do negócio;

 

 

  • Ecossistema GA: é uma plataforma completa para gestão de múltiplas fazendas nas fases de cria, recria, engorda a pasto e TIP com evolução de categoria, ERA e peso. A plataforma apresenta o mapa do gado completo com relatórios de taxa de lotação por setor, retiro e pasto, além de fazer a programação e controle da estação de monta com projeções de nascimento por retiro e por mês. Um dos diferenciais é o processo de auditoria dos dados coletados a campo e registro de histórico de cada dado processado.

 

Esses sistemas oferecem diferenciais importantes em relação a outras soluções disponíveis no mercado. Uma das mais significativas é a possibilidade de uso em fazendas com ou sem acesso à internet, graças à característica híbrida da plataforma do Ecossistema GA. Dessa forma o gestor agropecuário pode escolher entre manter todas as informações na nuvem — quando a operação é toda online e os dados são transmitidos em tempo real para um data center — ou em um armazenamento local, transferindo o que foi coletado somente quando houve conexão.

 

Acessibilidade e uso facilitado

 

Em algumas propriedades, o receio de que a adoção da tecnologia traga dificuldades de operação acaba por postergar a implantação de um software para pecuária, impactando negativamente nos resultados e na produtividade da fazenda. Mas as duas soluções apresentadas acima vão exatamente na contramão dessa tendência.

 

Os dois sistemas são amigáveis e têm telas de fácil leitura e compreensão. Na parte de cria, por exemplo, há informações detalhadas sobre a nutrição que permitem acompanhar todas as variáveis que podem interferir no resultado final.

 

Também é possível fazer a leitura automatizada dos animais por meio de brincos que concentram a “ficha” completa de cada boi. Dessa forma é possível acompanhar a evolução deles e promover adaptações específicas na alimentação buscando mais produtividade e lucro.

 

Outra possibilidade é acompanhar a origem dos animais e automatizar a compra. Por meio do TGO — Tecnologia de Gestão de Originação, o produtor consegue atribuir parâmetros para especificar o tipo exato de bezerro desejado, a forma de pagamento, o padrão da carcaça e outras características técnicas. Essa ferramenta, que pode ser utilizada pelos compradores das fazendas onde quer que eles estejam via tablets e smartphones, deixa o processo de seleção dos animais para a compra muito mais técnico e menos subjetivo, considerando o planejamento de engorda e priorizando a qualidade da produção.

 

Análise de especialistas

 

Todas as informações coletadas pelo sistema precisam ser processadas. Mas, mais do que permitir que o gestor ou proprietário da fazenda faça a análise dos dados, as duas soluções apresentadas contam com uma retaguarda técnica e estatística completa. São profissionais zootecnistas e especialistas em análise de dados pecuários que prestam a consultoria da gestão da informação.

 

As ferramentas oferecem painéis completos de gestão pecuária para acompanhamento de cria, recria, engorda e outros aspectos; análise estatística para avaliar quais são as variáveis que têm impacto direto no custo de produção do animal; interpretação dos dados e sugestão das melhores atitudes a serem tomadas pelos donos e gerentes das fazendas.

Para saber mais sobre cada uma das soluções e verificar como elas podem potencializar o lucro e a produtividade do seu negócio, visite o nosso site e continue lendo os conteúdos do nosso blog.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

A visão do dono define o tipo de resultado?

Para responder essa pergunta, primeiramente precisamos entender quais dados e qual a fonte de informação esse pecuarista tem em mãos para tomar suas decisões. Isso só reforça a importância do controle, administração e gestão de todos os dados da propriedade.

A base de dados da GA representa 68% do mercado de confinamento brasileiro e, ao analisarmos o comportamento desses confinadores, vemos que 28% deles não atualizam os custos operacionais da sua atividade há mais de 1 ANO e lançam um valor de diária estimado, na maioria das vezes. Ao considerar a alta dos custos em 2020, isso representa um grande risco para o negócio e inviabiliza medir a rentabilidade do negócio da forma correta.

Por sua vez, 72% dos clientes GA de alta gestão atualizam essa informação a cada dois meses e, ao fazerem isto, reduzem o risco e garantem resultados mais confiáveis. Já aqueles que fazem a integração com ERP têm esse ajuste mensal e de forma dinâmica, o que torna a apuração do resultado muito mais segura.

É importante entender que existem diferentes maneiras de observar e medir os resultados. Mas afinal de contas, qual é a melhor? Vamos entender essa evolução:

Foco no custo – Nesta etapa, o produtor se dedica aos custos, então realiza boas compras de insumos e animais de reposição.

Foco na receita – O produtor realiza boas vendas e tenta obter boas negociações de seus animais.

Foco na produtividade – Otimização dos processos para melhorar os índices e aumentar sua margem (bonificações ou premiações do frigorífico, por exemplo)

Foco no capital – Trabalha focado na rentabilidade e retorno do seu negócio, pois atingiu o alto nível de maturidade da gestão.

É importante entender que essa é uma escalada da baixa para alta gestão de maturidade e esse processo também está relacionado aos diferentes perfis do pecuarista, pois cada um tem habilidades que devem ser usadas ao seu favor.

“Operar em baixa maturidade, é estar em um risco muito elevado.” – Paulo Marcelo (CEO da GA)

O que muda da visão produtiva para a visão econômica na minha fazenda?

Na gestão de alta performance, onde se utiliza soluções de gestão integradas à sistemas ERP, é possível enxergar o mesmo animal como DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), e isso muda completamente a visão de negócio e daquilo que será medido para se chegar ao resultado desejado.

Nessa mudança de visão produtiva para uma visão empresarial, o produtor deixa de monitorar apenas o peso de entrada/saída do animal e passa a acompanhar o seu estoque de arrobas que, ao valor da cotação do dia, mostra o valor real do ativo biológico do seu negócio.

Pode até parecer uma simples mudança de conceito, mas na prática significa saber seu estoque real e o quanto ele vale, obtendo uma visão de caixa mais precisa. Com informações econômicas é possível conectar os relatórios zootécnicos aos contábeis e os números revelam o valor real do seu negócio de forma mais segura. Para isso, vamos entender os perfis da gestão do negócio rural.           

Perfil de gestão de Negócio

O pecuarista com baixa gestão não consegue ter uma visão real do seu negócio. Se analisarmos os custos nutricionais em uma gestão de baixa maturidade, os valores são fixos ou atualizados apenas na última compra. Já na alta maturidade, esses custos são extremamente dinâmicos, a cada entrada de insumo o sistema de gestão da GA, integrado ao ERP, gera uma média ponderada móvel que, somada ao custo operacional da fábrica, fornece o custo real da dieta desses animais.

Nota-se o alto risco financeiro dentro do negócio quando consideramos que a nutrição representa cerca de 80% do custo da atividade.

Todas as anotações e registros realizados por humanos estão suscetíveis à erros, o que deixa o pecuarista em uma posição insegura sobre seu negócio. Índices como gestão de estoque, fluxo de caixa, eficiência de fornecimento e fabricação da ração são diretamente afetados, consequentemente, o resultado econômico não é confiável. Na alta maturidade, o resultado econômico está integrado com o resultado da contabilidade geral e fornece números mais precisos. Nesse cenário, o pecuarista consegue controlar melhor a exposição aos riscos e aproveitar as oportunidades do mercado.

Para saber mais informações sobre gestão de alta performance na pecuária, não deixe de participar do Circuito de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Paulo Marcelo (CEO da GA): Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Marcelo Ribas (CEO Intergado): Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA): Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

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