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O impacto da sanidade animal na produtividade

A sanidade animal é um dos fatores que afetam a produtividade em confinamento de bovinos. Para entender melhor esse impacto, utilizamos a base de clientes da GA para fazer algumas análises mais aprofundadas. Veja só:

 Relação do desempenho com a sanidade

Avaliamos 2 milhões de animais, considerando as doenças versus desempenho do animal, constatamos uma taxa de mortalidade de 0,35%.

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Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Da base analisada, cerca de 2,94% dos animais foram medicados pelas seguintes causas: refugo de cocho (29,52%), pneumonia (23,54%), outros (22,05%), problemas de casco (20,42%) e fraqueza (4,47%). Foram classificadas na categoria “Outros” as doenças com menos de 3% de ocorrência como cólica, bicheira, ferimentos, fratura, desnutrição, diarreia, entre outras. 

Ressaltamos a importância de capacitar os responsáveis pela ronda sanitária e pelo cadastro das doenças no sistema, para que identifiquem e registrem as doenças de forma correta e padronizada, evitando nomes aleatórios, erros de digitação e outros que comprometam a análise dos dados que, por sua vez, dificultam o bom planejamento do controle de sanidade. 

Conforme podemos ver nos gráficos abaixo, a forma do registro de ocorrências relacionadas à sanidade é um dos fatores que demonstram o grau de maturidade de gestão das fazendas.

Alta maturidade

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Baixa maturidade

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Quando comparamos fazendas com alta e baixa maturidade de gestão, percebemos diferenças entre os motivos de morte registrados. A diferença está na capacidade de diagnóstico das razões de morte (necropsia). Nas fazendas de alta maturidade há treinamento da ronda sanitária junto ao consultor de sanidade, identificação correta das doenças, prescrição de tratamentos mais efetivos e todos esses processos permitem controlar melhor as doenças minimizando perdas de desempenho e perdas do ativo (boi) por morte.

A pneumonia é uma das doenças mais comuns em animais confinados e de grande importância devido à alta contaminação do rebanho, por isso tem gerado um prejuízo na ordem de R$18 milhões/ano para a pecuária nacional *. E embora não impacte fortemente o ganho de peso, é a principal causa de morte em confinamentos.

* Análise realizada a partir do índice de pneumonia registrado na base de dados da GA (2 milhões de animais / 5 últimos anos) associando custos de tratamento e morbidade.

Outro fator relevante é que 75% das doenças acontecem nos primeiros 30 dias de confinamento, conforme mostra o gráfico abaixo:

 Doença x Desempenho x Dias de cocho

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Nota-se que para todas as doenças listadas, há impacto maior durante o primeiro mês (30 dias), indicando que é um período que requer maior atenção, em especial dos responsáveis pela ronda sanitária. 

O impacto da doença no desempenho animal 

No gráfico abaixo, conseguimos ver o impacto no ganho médio diário após tratamento para os principais problemas de sanidade encontrados. 

Doença x GMD

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Obs.: Sem tratamento indica animais considerados saudáveis.

A pneumonia é a principal causa de mortalidade em confinamentos, porém não é a doença que mais afeta o ganho de peso diário. Para animais saudáveis (sem tratamento), o desempenho foi de 1,42 kg/dia em média. Quando tratados para pneumonia (1,37kg/dia), problemas de casco (1,26kg/dia), outros motivos (1,16 kg/dia), refugo de cocho (1,06 kg/dia) e fraqueza (1,01 kg/dia).

No geral, um animal doente perde 210 g/dia e, considerando 100 dias de cocho, representaria um prejuízo de R$231,00 por cabeça.

 Impacto da doença no desempenho

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Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Ressaltamos a importância de se atentar aos fornecedores, realizar os protocolos sanitários, manter a ronda sanitária com rigidez, em especial nos primeiros 30 dias, a fim de minimizar as perdas e mortalidade de animais.

 Onde mora o risco?

Controle de sanidade de acordo com perfil clínico

Utilizando os dados de uma propriedade com sistemas de balanças eletrônicas da Intergado, avaliamos animais com problemas de casco em diferentes níveis (leve, moderado e grave). O peso vivo (PV) dos animais foi observado no período de 30 dias antes e 30 dias após o tratamento. O dia zero é o dia em que foi feito o tratamento.

Perda produtividade x Perfil clínico

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Consideramos período improdutivo quando o animal está perdendo ou deixando de ganhar peso até o momento em que ele retorne ao seu desempenho anterior. Esses dias geram um custo, pois são diárias gastas para recuperar o peso que já havia sido atingido pelo animal anteriormente. No animal acometido de forma mais grave pela doença, no período de 30 dias, houve uma perda de desempenho de 3,19 dias.

Quanto mais rápido o animal for diagnosticado e tratado, melhor a resposta ao tratamento e menor o impacto dos dias improdutivos no custo da operação. Para isso, é fundamental a ronda estar treinada para identificar as doenças precocemente e evitar que evoluam para o seu estágio mais grave. A dificuldade do diagnóstico precoce é que muitas doenças são difíceis de identificar a “olho nu” e muitos animais só demonstram os sintomas quando estão em estado mais grave.

Contudo, um sintoma comum é a perda de desempenho identificada pela desaceleração do ganho diário ou da perda de peso, e isso só é possível identificar com a medição diária do peso real do animal. Dessa forma, é possível identificar animais subclínicos e atuar de forma mais assertiva e rápida.

No caso analisado no gráfico abaixo, alguns animais apresentaram perda de desempenho e não tinham sido diagnosticados e nem medicados. Em um rebanho monitorado pela Intergado através das balanças de pesagem automática, a média do ganho de peso dos animais sadios foi de 1,83kg/dia. 

Animais classificados como subclínicos, não foram diagnosticados pela ronda sanitária e tiveram produtividade de 1,63kg/dia, ou seja, 200g a menos do que o rebanho saudável. Já os animais clínicos, que foram identificados e tratados, tiveram desempenho de 1,58kg/dia, ou seja, 250g a menos que os saudáveis.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Ao longo de 100 dias de cocho, o animal subclínico deixou de entregar R$220,00 e o animal clínico, R$275,00, conforme gráfico abaixo.

Impacto financeiro por perfil clínico

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Para cada animal tratado, estima-se que outros 5 animais não foram diagnosticados pela ronda. Fica a mensagem que ter equipamentos que acompanhem o desempenho do animal diariamente contribui para melhoria do processo produtivo.

Analisamos mais profundamente o caso de um animal subclínico, que foi alertado pelos sistemas da Intergado, mas não foi tratado. Veja no gráfico abaixo

Dias improdutivos por doença

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Antes de adoecer, esse animal estava com peso vivo de 430kg e apresentando bom desempenho. Quando começou a perder peso, a ronda confirmou como normal mesmo sendo alertado pelo sistema de pesagem da Intergado. Chegou ao peso de 410kg aproximadamente e mesmo sem tratamento, seu sistema imune combateu o problema sanitário não identificado (“auto cura”) e retomou o ganho de peso de forma mais lenta levando 40 dias para voltar ao peso do seu pico anterior. 

Ou seja, tivemos 40 dias improdutivos, onde o alimento fornecido não foi convertido em @ produzidas nem acabamento de carcaça, pois o animal estava usando essa “energia” para se recuperar da doença enquanto perdia peso. Esse cenário representou um prejuízo de R$520,00. É importante ressaltar que esse custo é muito acima de qualquer tratamento que deveria ter sido feito.

Retorno do investimento

Analisando o impacto gerado pelo risco de perdas relacionadas somente aos processos que envolvem a nutrição e o controle de sanidade, ou seja, colocando na “ponta do lápis” é fácil perceber como o investimento em tecnologia e capacitação de equipe é viável e de rápido retorno mesmo em negócios de pequeno porte.

Fonte: GA + INTERGADO, 2021

Para entender melhor o impacto dessas variáveis no seu negócio, CLIQUE AQUI e faça uma simulação de cenários com um dos nossos consultores técnicos.

Concluímos com estas análises que para aumentar a produtividade é fundamental fazer a gestão precisa da sanidade e, embora não represente tanto na parte financeira, é essencial reduzir custos principalmente em anos desafiadores quanto à margem. 

Dentre algumas dicas, recomendamos realizar a pesagem diária e automática do animal e a partir disso, estabelecer alertas sanitários, sempre acompanhando os dados de eficiência da ronda sanitária, que são cruciais para melhoria do processo.

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar da nossa Trilha de Conhecimento.

Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Produção do conteúdo:

Kelly Alves (Diretora de Marketing da GA)

Milena Marzocchi (Zootecnista e Analista de negócios da GA)
Jade Medeiros (Redatora)

Análises:

Vinícius Félix (Mestre em bioestatística e Diretor de P&D da GA)

Luigi Cavalcanti (Doutor em zootecnia e head de P&D da Intergado)

+ Time de estatísticos e cientistas de dados (GA e Intergado)

Impacto da tecnologia na rentabilidade do confinamento

confinamento
A tecnologia impacta no confinamento de bovinos – e o impacto é bastante positivo. Entenda melhor nesse post.

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O setor agropecuário brasileiro costuma apresentar crescimento mais expressivo que a economia nacional. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, enquanto o PIB de 2017 cresceu apenas 1%, a agropecuária aumentou sua representatividade no mercado em 13%. Apesar do ano positivo, esta é uma das atividades econômicas que mais sofre com oscilações internacionais, impactos de fatores externos, variações cambiais e climáticas, mobilidade e legislação, entre outros.

Felizmente, a importância desse negócio para o país o coloca em posição prioritária quando o assunto são pesquisas científicas, estudos, descobertas e inovações que melhorem a produtividade, aumentem o rendimento das propriedades e diminuam a perda nos confinamentos. Isso fica evidente quando o produtor, buscando a excelência na gestão, decide investir em sistemas que tornam o processo de administração das rotinas produtivas mais eficiente.

Viabilizadas pela capilarização cada vez maior das conexões de internet rápida — inclusive em áreas distantes dos grandes centros urbanos —, plataformas completas de gerenciamento de rebanhos têm ganhado a preferência de muitos empreendedores do campo que comprovam: coleta e monitoramento constantes de dados fazem os lucros aumentarem significativamente.


Pensando nisso, a GA lança o primeiro eBook sobre o Impacto da Tecnologia na Rentabilidade do Confinamento. Baixe agora.

 

Mais controle, mais rentabilidade

 

O assunto já foi estudado por especialistas que constataram: donos de propriedades que utilizam softwares de gestão têm 73% de aumento na produtividade, cerca de 20% menos gastos operacionais e 16% de economia nas despesas administrativas. Não é mágica: trata-se de organização e do uso da inteligência de dados a favor dos negócios.

Em muitos casos esse tipo de controle já acontece, mas de forma precária — e até amadora. Por meio de anotações manuscritas, cadernos, e planilhas de preenchimento manual, diversos gestores acreditam estar fazendo a coisa certa, quando na verdade não obtêm um retrato fiel e preciso do que, de fato, está acontecendo. E como esses dados, apesar de imprecisos, podem ser muito próximos dos aferidos por uma plataforma digital, a tendência é acreditar que a diferença no longo prazo não é tão significativa. Mas aí é que o engano acontece.

Um exemplo que ajuda a dimensionar essa divergência é o que é perdido com o desperdício de alimentos no confinamento. Numa propriedade que tem 2 mil cabeças, por exemplo, há uma perda média de eficiência de produção e distribuição de ração entre 3% e 5% a cada ciclo de 100 dias. Isso significa que a cada quilo de ração perdido no trato por dia, a fazenda perde aproximadamente R$ 700 — o que representa um prejuízo diário de cerca de R$ 4,6 mil.

Num outro exemplo, o prejuízo na venda final do gado que não teve um controle preciso no fornecimento de energia gerando uma redução de apenas 2% no ganho de peso diário, pode chegar a quase R$ 35 mil num confinamento de 2 mil cabeças. Muito dinheiro, sobretudo se comparado com o valor investido em plataformas de gestão agropecuária e na capacitação de funcionários.

 

Tecnologia: solução ideal para o pecuarista

 

Ainda que estejam cada vez mais populares, planilhas eletrônicas e aplicativos para tablets e celulares ajudam, mas não resolvem a situação. No primeiro caso, leituras incorretas, erro na inserção de dados e outras falhas podem apresentar panoramas equivocados para os donos de fazendas. No segundo, os recursos querem atender o maior número de produtores possível, deixando de lado as especificidades de cada unidade de negócio e impossibilitando a personalização. Algumas informações importantes para a sua atividade não poderão ser inseridas, ou alguns relatórios fundamentais não estarão disponíveis — e a inclusão desses campos não costuma ser uma solicitação entregável ao cliente.

Softwares avançados facilitam e simplificam o gerenciamento do negócio, atendendo a todos os processos administrativos, financeiros e operacionais. Essas plataformas permitem o acompanhamento do animal desde a entrada dele no confinamento até a saída, com informações precisas sobre a sanidade, movimentação, ganho de peso diário e a indicação do ponto ótimo de abate.

De quanto mais informações os gestores de propriedades agropastoris dispuserem, melhor será o planejamento das etapas de produção. O cruzamento dos dados permitirá aos profissionais — zootecnistas, agrônomos e veterinários — estimar o consumo diário de cada animal, o ganho médio de peso e se o ciclo está evoluindo da maneira adequada a garantir a margem de lucro estipulada para o negócio.

 

Para saber como aumentar o controle e os lucros do seu confinamento, leia o e-Book Impacto da Tecnologia na Rentabilidade do Confinamento.

Bons negócios!

ebook confinamento

 


Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências nessa área, confira outros materiais publicados no nosso blog:

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Tecnologia pecuária: você conhece as últimas tendências do setor?

Tecnologia na pecuária
Fique por dentro dessas tendências de tecnologia pecuária e entenda porque algumas propriedades brasileiras se destacam no cenário mundial!

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Até o ano de 2050, a produção de alimentos em todo o mundo terá a missão de sustentar 2,3 bilhões de pessoas a mais. O crescimento do setor deverá ser de 70%, priorizando a produtividade e o incremento de cerca de 120 milhões de hectares de novas áreas. Essa necessidade deve impulsionar a ampliação de investimentos na agricultura e na pecuária da ordem de 60% — boa parte voltada à capacidade de geração de proteína animal, que precisará crescer 200 milhões de toneladas. Neste cenário, seremos 9,2 bilhões de seres humanos no planeta e 72% dos países em desenvolvimento vão consumir carne — contra o índice de 58% aferido atualmente.

 

Esses dados apurados por uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul reforçam a importância de aplicar as últimas tendências de tecnologia pecuária nas fazendas brasileiras. A modernização tem sido responsável pela transformação, ainda que gradativa, deste segmento econômico — especialmente nos últimos 10 anos. O Brasil deixou o modelo praticado décadas atrás, de criar gado de forma extensiva por meio de grandes áreas de pastagens, e começou a intensificar a produção de proteína por meio dos sistemas de TIP (Terminação Intensiva a Pasto) e de confinamento com maior controle nutricional, além do GMD (Ganho Médio Diário), para escalar a produção e alcançar melhor qualidade.

 

Esses sistemas exigem acompanhamento e monitoramento constantes para garantir a alta produtividade alta e a boa lucratividade do plantel. Por isso é importante considerar a coleta, a leitura e a interpretação corretas dos diversos dados que interferem na quantidade de carne produzida a cada ciclo, o que só pode ser feito com eficiência se houver gestão da informação adequada.


Continue a leitura para saber quais são as últimas tendências de aplicação da tecnologia pecuária que vão fazer a sua fazenda produzir mais arrobas com menos custos.

 

Business Intelligence (BI): aplicação da tecnologia pecuária

 

O processo de coletar, organizar, compartilhar e analisar as informações procedentes de um monitoramento constante é chamado de inteligência de negócios — business intelligence, em inglês. Por meio dessa técnica é possível transformar a gestão de processos e otimizá-los para que o resultado seja o mais eficiente possível.

 

A estratégia é fazer uso de recursos que permitam resgatar o histórico de ações e comportamentos por meio de relatórios, gráficos, indicadores corretos e dados estatísticos que permitam tomar a decisão acertada para o negócio. Para fazer isso na pecuária, é imprescindível que o dono da fazenda utilize ferramentas de gestão da informação que permitam o processamento e análise de milhares de dados do seu negócio em tempo real. Integradas a equipamentos, elas apresentam um retrato claro do que acontece na propriedade — isso é ter as rédeas do negócio nas mãos.

 

Por meio de softwares robustos de BI focados nos indicadores da pecuária, é possível:

 

  • identificar os impactos do trato no confinamento;
  • medir os benefícios dos tipos de dieta fornecida ao rebanho;
  • acompanhar a evolução do gado ao longo de cada ciclo;
  • saber qual é  a rentabilidade de cada boi e lote na cria, recria e engorda com simulação dos melhores cenários para a fazenda;
  • diversos outros indicadores importantes para o produtor.

 

Pecuária moderna: de olho na tela

 

O controle dos plantéis já não pode mais ser feito de forma manual. Uma das tendências mais importantes da implantação da tecnologia pecuária é a digitalização de todos os dados e informações, mas não da forma como muitas empresas fazem.

 

Diferentemente da simples inserção manual de dados numa planilha eletrônica, a inovação nas propriedades passa pela utilização de notebooks, tablets, smartphones, chips e leitores de códigos de barra pelos operadores da fazenda. Isso torna a coleta de informações do campo mais precisa, facilitando a visualização na tela pelos gestores, que acompanham a evolução dos números a cada operação.

 

Os softwares mais modernos do mercado são híbridos, ou seja, funcionam online e offline permitindo a sincronização das informações coletadas no campo com o banco de dados no servidor ou na nuvem, automaticamente. Assim, os milhares de dados são processados mais rapidamente para que o Business Intelligence possa gerar relatórios e estatísticas que vão permitir a análise precisa e maior o controle de toda a operação – de ponta a ponta.

 

Mercado em expansão: previsão de aumento na demanda por carne impulsiona pecuária de corte

 

As altas taxas de crescimento da demanda mundial por proteína animal nos próximos anos trazem grandes oportunidades de negócios para pecuária brasileira, que hoje tem o segundo maior rebanho bovino do mundo conforme levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas para atender às expectativas do mercado em quantidade e qualidade, é preciso produzir cada vez mais arrobas em menos hectares. É importante, por exemplo, selecionar raças que ganhem peso mais rapidamente e consumam menos. Essa missão só pode ser alcançada com o uso de tecnologia reprodução, nas técnicas de manejo, na evolução do rebanho, no controle de sanidade, na rastreabilidade, na engorda e, principalmente, em como gerir e controlar todas essas informações.

 

Como em qualquer atividade de precisão, um desvio, por menor que seja, pode gerar prejuízos significativos. No caso da pecuária, diferenças ainda que pequenas no dia a dia podem custar milhares de toneladas de perda de produtividade ao final do ciclo.

 

Quanto antes o produtor absorver e dominar o uso da tecnologia produção, mais oportunidades de negócios conseguirá aproveitar agora e no futuro, garantindo o crescimento sustentável da fazenda nos âmbitos produtivo, ambiental e econômico.

Continue acompanhando as informações do nosso blog e saiba mais sobre como a tecnologia pecuária pode ajudar a transformar positivamente a sua propriedade e aumentar a lucratividade do seu negócio.


 

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controle de gado de corte

Software para pecuária de corte: quais as vantagens de usar uma solução completa

Software para pecuária de corte: quais as vantagens de usar uma solução completa
Software para pecuária de corte: conheça algumas vantagens de trabalhar com essa tecnologia na sua propriedade.

 

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A tendência de coletar mais informações e tomar decisões baseadas em análises de dados é uma realidade em diversos setores do mercado, e a tecnologia é a principal ferramenta que torna isso possível. Não investir em recursos desse tipo pode acabar custando mais para o negócio. Segundo a consultoria TNS Research, que pesquisou o investimento em TI em empresas de 11 países, quem adota inovações como sistemas de gestão, mobilidade, big data e computação tem crescimento até 53% maior do que quem não investe. No mercado da produção de proteína animal, a adoção de software para pecuária de corte é um bom exemplo de como a tecnologia pode otimizar todo o processo.

 

Uma plataforma integrada que organize e controle desde a reprodução dos animais até a previsão do ponto ótimo de abate oferece diversas vantagens aos produtores. Muitas das propriedades agropastoris ainda confia apenas em registros analógicos ou não integrados para controlar a produção. Isso reduz a confiabilidade das informações, que estão sujeitas à diversas falhas humanas.

 

Além disso, as propriedades rurais do Brasil costumam ter áreas extensas. É muito mais difícil localizar informações sobre processos que ocorrem em diferentes locais da fazenda sem o auxílio de um sistema centralizado. A tecnologia de um software para pecuária de corte pode resolver esses problemas e apresentar melhorias rapidamente no gerenciamento do negócio.

 

As vantagens de um software para pecuária de corte em diversas etapas da produção

 

A digitalização das propriedades rurais oferece mecanismos que possibilitam ao produtor visualizar em quais processos ocorrem desperdício de tempo, pessoas e insumos, por exemplo. Assim, é possível reduzir custos de produção e melhorar a margem de retorno do investimento. Reunimos neste artigo algumas das principais vantagens em levar a tecnologia para o lado de dentro da porteira da sua fazenda.

 

Acompanhamento detalhado de reprodução e cria

 

Considerado o negócio “menos rentável” da pecuária por ser mais longo e exigir muitos manejos, a cria vem ganhando destaque como base da cadeia produtiva. A alta no preço dos bezerros e a ausência de animais para engorda está impactando negativamente no fluxo da cadeia, o que faz da cria uma etapa estratégica para a produção de carne continuar crescendo e o Brasil ganhar mais espaço e competitividade no mercado internacional. A meta agora é a evolução do rebanho, o que só é possível com o domínio de técnica e tecnologia. Um sistema de gestão adequado permite controlar com precisão a quantidade de manejos de cada matriz na estação de monta e o tempo deles, além de monitorar indicadores como a taxa de concepção, de nascimento, de desmama e a mortalidade de bezerros. A partir desses dados, é possível quantificar a evolução do rebanho e gerar um histórico preciso de reprodução.

 

Além dos dados zootécnicos, um software completo de gestão possibilita o gerenciamento dos dados financeiros e do fluxo de caixa cujo controle torna a produção viável e é fundamental para alcançar uma margem sustentável de retorno do capital. Conhecendo os dados ideais para a reprodução eficiente, pode-se antecipar situações e tomar decisões que contornem os possíveis problemas do processo.

 

Melhoria do perfil nutricional do rebanho

 

A nutrição é um dos aspectos mais importantes para determinar a qualidade do rebanho e também para o planejamento financeiro da recria, engorda a pasto e do confinamento. É fundamental, por isso, considerar as demandas nutricionais de cada categoria e de cada período da curva de crescimento do animal, que impacta no estoque de suprimentos e na produção. Mas esses não são os únicos dados a serem monitorados.

 

Com o auxílio de um software para pecuária de corte, é possível definir uma meta para o ganho de peso diário e acompanhar o valor inicial, o projetado do dia e o final de cada animal diariamente em cada sistema produtivo. Monitora-se ainda a quantidade de alimentos ingeridos e desperdiçados. Os zootecnistas e agrônomos definem o planejamento nutricional e a curva de crescimento dos animais com base nesses critérios e acompanham diariamente e constantemente os dados apresentados pelo sistema.

 

Dessa forma, o produtor tem uma visão objetiva de todo o processo nutricional do rebanho e pode identificar gargalos operacionais que impactam na eficiência do fornecimento e influenciam no desempenho zootécnico, por exemplo.

 

Mais controle do rebanho e rastreamento dos animais

 

Um dos principais desafios dos pecuaristas é controlar exatamente o número de animais em áreas extensas de criação. Com o mapeamento oferecido por um bom software para pecuária de corte, é possível manter o controle sobre o inventário de animais por categoria, rebanho e local. As operações de manejo e movimentações do rebanho também podem ser acompanhadas.

 

Com a tecnologia de rastreabilidade, os bovinos são identificados e acompanhados individualmente. O sistema mantém um inventário de aplicações de vacinas e medicações, o histórico completo do manejo e das informações básicas do animal. Todos os registros são centralizados, precisos e mantidos em uma plataforma de fácil operação.

 

Além das vantagens citadas, o monitoramento tecnológico da fazenda e do rebanho pode otimizar o rendimento de diversas áreas da produção. O monitoramento constante e a tomada de decisões orientadas por dados está revolucionando a pecuária moderna e levando grandes empresários rurais ao crescimento.

Para acompanhar outras informações sobre a aplicação da tecnologia na pecuária moderna e conhecer a solução perfeita para aperfeiçoar a gestão da sua fazenda, leia o nosso blog e acesse o nosso site.


 

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controle de gado de corte

A importância de adotar um sistema moderno de controle de gado

controle de gado

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A possibilidade de aumentar a rentabilidade e a produtividade da fazenda está direta e intimamente ligada ao controle de gado, feito de forma minuciosa. Diferentemente do que acontecia há cerca de 50 anos, quando a pecuária de corte ganhou traços mais industriais no Brasil, a quantidade de fatores que interferem na qualidade e no volume da carne aumentou significativamente. Graças ao conhecimento mais aprofundado da produção, o pecuarista está mais atento a detalhes, que antes passavam despercebidos, e que podem significar a diferença entre ter lucro ou não.

A velha máxima “o olho do dono é que engorda o boi” já não é mais verdadeira. Antes era comum, pela falta de dados precisos sobre o rebanho, o dono ficar de “olho” apenas no valor de venda da arroba sem considerar os demais custos envolvidos, imaginando que apenas as oscilações do mercado interferiam no resultado da produção. Esse costume, que chegou a estar presente em 80% das fazendas brasileiras nos anos 90, acaba por contribuir para a formação de um ciclo de erros constantes que não permitem o acompanhamento detalhado da rentabilidade do negócio, comprometendo significativamente a gestão pecuária.

Em um levantamento feito pela Embrapa Gado de Corte com centenas de propriedades da microrregião de Alto Taquari (MS) há cerca de duas décadas, verificou-se que apenas 4% delas mantinha e atualizava um planejamento detalhado sobre os rumos da produção. O mesmo percentual compreendia os produtores que tinham registros que possibilitavam o cálculo; e apenas 12% adotavam fichas de controle de rebanho. A situação, preocupante do ponto de vista da boa gestão, se repetiu em 2011, quando uma nova edição do estudo foi produzida: 93% das fazendas não tinham nenhum tipo de planejamento estratégico de longo prazo para saber aonde a empresa chegaria no futuro.

Neste artigo apresentamos os principais aspectos a serem observados para fazer o controle de gado correto e aumentar a produtividade da fazenda. Acompanhe.

Como fazer o controle de gado adequado às demandas modernas

O principal aspecto para virar a chave na gestão de uma propriedade em direção à alta lucratividade e à melhoria da produção é o entendimento, por parte dos donos e gestores, de que é fundamental ter à disposição todos os dados relacionados ao rebanho e aos processos para tomar decisões mais acertadas. Ainda que o modelo da fazenda seja extremamente tradicional e seja feito há muitos anos da mesma forma, não há como buscar a eficiência gerencial e produtiva sem contar com o apoio da tecnologia. Apesar de existirem plataformas completas de gestão agropecuária à disposição dos produtores, 54% dos que foram questionados pela Embrapa acredita “não ser necessário” medir o desempenho do plantel para garantir a manutenção futura dos lucros.

Essa questão cultural é a base para erros e imprevistos que, na análise detalhada de longo prazo, poderiam ser evitados. O acompanhamento, que em algumas situações é feito em planilhas manuais ou sistemas improvisados, ganhou aliados importantes, dedicados às rotinas da fazenda, que permitem a leitura de diversas informações provenientes de várias fontes diferentes, a qualquer momento.

Monitoramento de dados: a base do controle de gado eficiente

O volume de informações a serem coletadas e processadas pelas fazendas pode ser uma das justificativas dos produtores que mantêm os métodos tradicionais na gestão da propriedade. De fato, ao fazer o controle individual do plantel, o acompanhamento gera uma grande quantidade de dados, já que cada animal tem histórico de informações relacionadas ao consumo, ganho de peso, aplicação de medicamentos e outros aspectos. Isso deve ser analisado de forma particularizada, permitindo a aferição individual da performance.

Em se tratando de um sistema produtivo de engorda tipo confinamento, a coleta e triagem dessas informações pode ser facilitada. Por meio do controle por lotes, os indicadores aparecem reunidos conforme a especificidade de cada conjunto de indivíduos. Eles podem ser agrupados por raça, categoria, aspectos genéticos e tempo de vida, por exemplo, permitindo a elaboração de comparações considerando dados zootécnicos, financeiros e outros critérios. Nesse sistema, a escolha de uma plataforma completa de gestão agropecuária é fundamental para permitir ao produtor predizer o ponto ótimo de abate de cada animal ou lote e, assim, identificar a janela de abate de maior lucratividade para a fazenda.

O sistema, além de possibilitar a gestão mais eficiente da informação, padroniza e simplifica a coleta dos dados. Pelo método, a facilidade se dá pela possibilidade de inserir todas as informações do negócio no sistema. Basta o gestor informar quanto de alimentação foi fornecida e consumida, quais medicamentos foram administrados e outras variáveis para obter um “retrato” atualizado da propriedade. Softwares mais avançados são integrados com sistema de automação da fábrica de ração e da distribuição do alimento nos cochos, eliminando a coleta manual dos dados. Nesses casos, os sistemas existentes se conectam com sensores dos equipamentos e lêem os dados em tempo real, aumentando o grau de precisão dos relatórios e balanços.

Exemplos de informações que podem ser obtidas a partir do uso de um software de gestão agropecuária:

  • Controle de contrato (compra, Boitel, parceria produzida);
  • Peso de entrada individual e por lote;
  • Peso de saída individual e por lote;
  • Identificação individual por animal (SISBOV ou número de controle);
  • Consumo de matéria seca/dia por animal e lote;
  • Previsão de fornecimento diário de ração com base na leitura de cocho digitalizada;
  • Controle de eficiência na fabricação e fornecimento de ração;
  • Controle de estoque de insumos;
  • Controle sanitário;
  • Rendimento de carcaça;
  • Ganho líquido de carcaça;
  • Custo por arroba produzida;
  • Lucro por arroba;
  • Lucro total;

Para aumentar a precisão dos dados coletados e ampliar as possibilidades de controle e gestão das informações é fundamental analisar as funcionalidades do software. Exemplos de funcionalidades a considerar:

  • Integração com o software de rastreabilidade;
  • Integração com automação de fabricação e fornecimento de ração;
  • Integração com balanças no curral, na fábrica de ração e nos caminhões de fornecimento;
  • Integração do ERP (Enterprise Resource Planning, um software específico para gestão empresarial);

A decisão sobre o método de controle da produção será do gestor pecuário, mas é importante que ele tenha acesso às ferramentas mais modernas disponíveis no mercado. De fato, a aproximação cada vez maior das atividades dentro da propriedade com a tecnologia é capaz de aumentar a lucratividade com simplicidade e eficiência, interferindo positivamente no alcance das metas produtivas do negócio.

Maturidade de Gestão: em qual nível está sua propriedade?

Você é um(a) pecuarista com experiência, tem muito conhecimento sobre os bovinos e seu desenvolvimento no ciclo produtivo. Isso significa que sua propriedade tem uma gestão de alta maturidade e performance? A resposta é não! Mas fique tranquilo(a), para te guiar nessa escalada da gestão, você precisa compreender alguns pilares importantes do seu negócio e o nível de integração entre eles.

Os 07 Pilares da Alta Gestão

  • Tecnologia
  • Processos
  • Pessoas
  • Liderança
  • Infraestrutura
  • Gestão de risco
  • Conectividade

O melhor cenário são os 7 pilares bem equilibrados dentro da propriedade, dessa maneira, melhor fica o ambiente para inserção da tecnologia. Por isso, é tão importante olhar para eles com atenção. Se esses pilares estão em desequilíbrio, com áreas mais representativas que outras, indicam um baixo nível de maturidade.

Baixa maturidade de gestão x Alta maturidade de gestão

Baixa Maturidade

Alta Maturidade

Níveis de uso de informação

Quanto mais rápido se evolui da baixa para a alta maturidade, mais rápido o gestor e pecuarista tem segurança e confiabilidade das informações.

O bom uso da informação na propriedade gera alto conhecimento e permite a aplicação de inteligência artificial que automatizam alertas e recomendações, dando agilidade e segurança ao processo de tomada de decisão.

A jornada de gestão da informação

Quando falamos de níveis de informação, é importante entender que é um processo com fases e deve ser analisado de forma criteriosa. A GA possui uma metodologia de gestão da informação para o sucesso do negócio rural. Vamos entender como funciona esse processo e como deve ser analisado:

1.   Descritivo: O que está acontecendo? O foco é a coleta assertiva dos dados para melhor entendimento (operacional).

2.   Diagnóstico: Por que isso aconteceu? Foco na melhoria dos processos para melhor andamento (gerencial).

3.   Preditivo: O que vai acontecer? Foco na análise das informações para planejamento (estratégico).

4.   Prescritivo: O que devo fazer? Foco na tomada de decisão orientada pelas informações precisas (mercadológico).

“Quem tem informação certa, na hora certa, decide melhor e mais rápido!”

No ambiente de alta maturidade de gestão, a tecnologia aplicada gera grande impacto no controle e na gestão do negócio – custos, processos, pessoas, desempenho animal e retorno financeiro – reduzindo o risco e facilitando toda a gestão.

Comece analisando esses pilares dentro de sua propriedade, identificando o que pode ser feito e melhorado. Dessa maneira, a implantação de softwares de gestão acontece de forma muito mais eficiente trazendo resultados de maneira mais rápida para a gestão da propriedade.

Break Even da sua propriedade

O break even indica o faturamento que seu negócio precisa ter para cobrir os custos fixos e variáveis. Assim, no ponto de equilíbrio, a empresa não tem lucro nem prejuízo.

Quando falamos do ponto de equilíbrio da produtividade, o pecuarista precisa descobrir qual o valor mínimo que precisa comercializar a @ para que todos os custos fixos e variáveis sejam pagos. A partir desse valor, a propriedade passa a ter lucro.

Para saber mais informações sobre gestão de alta performance na pecuária, não deixe de participar do Circuito Pecuária de Alta Performance.

Saiba mais em: Circuito Pecuária de Alta Performance

Conteúdo e Estudos:

Paulo Marcelo (CEO da GA): Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Marcelo Ribas (CEO Intergado): Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA): Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

Recria de bezerros: como manter uma boa gestão

Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
Recria de bezerros: aprenda, nesse post, como manter uma boa gestão na sua propriedade.

O processo de criação comercial do gado de corte é dividido em várias fases extremamente importantes, mas uma delas exerce maior influência sobre a rentabilidade final de cada animal em relação às demais: a recria de bezerros. Em muitos casos, essa etapa acaba sendo “esquecida” pelos produtores, que focam mais em outras atividades como a terminação, que está mais perto do lucro desejado pelo pecuarista. Considerando que a produção de carne é uma cadeia industrial cuja a matéria-prima principal de uma atividade é o produto final de outra, lembre-se: sem cria não há bezerros para a recria. Consequentemente, sem os garrotes da recria não há boi para engorda e terminação.

Poucos são os pecuaristas que atuam em todas as atividades da cadeia (da cria à terminação) e mesmo estes, muitas vezes, não têm o volume ideal de crias e garrotes para garantir um fluxo constante de abate que mantenha o caixa positivo. Como o foco da maioria dos pecuaristas está na terminação, o mercado para garrotes é estratégico e promissor. Independente do modelo de negócio, é fundamental ter o controle preciso dos custos e do lucro de cada etapa para conquistar e manter a saúde financeira da fazenda.

O ciclo da recria tem duração média de dois anos e é fundamental controlar os diferentes fatores que determinam o bom resultado dessa atividade, que é a mais longa da pecuária de corte. Fazer a gestão adequada da originação, do manejo da pastagem incluindo a adubação, da suplementação nutricional e do desempenho do animal exige cuidado na coleta dos dados e uma análise precisa dessas informações para evitar que pequenas perdas ao longo do processo se transforme em prejuízo no final do ciclo.

Nesta recria os animais desmamados são manejados para desenvolver musculatura e ossatura suficientes para reprodução ou engorda. No caso das fêmeas, que serão incorporadas ao rebanho como matrizes, o desenvolvimento tem como objetivo dar condições para que ela entre no período reprodutivo o mais cedo possível. Já no caso dos machos, o objetivo é obter estrutura corporal em que o crescimento físico se reduza e ocorra a deposição de carne e gordura na carcaça, dando um bom acabamento na fase de terminação.

Valorização da recria de bezerros

Apesar da importância e da interferência direta sobre a lucratividade do plantel, a recria costuma ser pouco valorizada e relegada a um segundo plano em muitas fazendas brasileiras. A atitude não é a adequada, nem pelo impacto nos lucros e nem pelo tempo que ela ocupa no processo, que chega a 40% do ciclo de produção. A recria atinge, em média, 27% do rebanho total (considerando produções com abate aos 24 meses).

Justamente pela quantidade expressiva de animais nesta etapa, é fundamental dedicar um bom tempo do planejamento pecuário a esta fase produtiva. A preocupação do produtor deve ser no sentido de que quanto mais tempo eles permanecem na propriedade, alongam o ciclo de produção e contribuem para a redução da eficiência e da rentabilidade da atividade.

Desafios da fase de recria de bezerros

No Brasil, muitas das fazendas fazem a recria dos animais a pasto. Nestes casos, o ganho de peso é diretamente influenciado pela produção da forragem. Essa produção, no entanto, é sazonal e o pecuarista terá que lidar com períodos de alto ganho de peso e baixo ganho de peso. Por exemplo:

  • no período das águas, há mais disponibilidade de forragem porque o ambiente apresenta maiores temperaturas, umidade, luminosidade. Isso significa que o ganho de peso será maior;
  • no período da seca, há menor disponibilidade de forragem, menor ganho e até perda de peso.

Situações como esta exigem a preparação e o planejamento constantes por parte dos produtores. É fundamental que eles adotem soluções modernas de gestão agropecuária para que obtenham todos os dados sobre o comportamento do rebanho, as interferências externas e as previsões de consumo de alimento e insumos veterinários. Por meio do acompanhamento digital oferecido pelos softwares de pecuária, é possível avaliar o comportamento do gado nas diferentes condições meteorológicas.

Como o período das chuvas começa entre os meses de setembro e outubro e se estende até março e abril, a alta produção de forragem proporciona o ganho ampliado de peso. Neste sentido, manter a curva de crescimento do animal constante é o grande desafio da fase de recria. O produtor tem que se preocupar e impedir a ocorrência do “efeito boi-sanfona”, que ganha peso na estação de águas e perde na seca. Animais com essa característica costumam ficar entre 4,5 e 5 anos na propriedade, consumindo insumos, mão-de-obra, alimentos dando gastos para oferecer retorno só dentro de meia década (isso, se ocorrer).

A solução para este tipo de situação é adotar a tecnologia para contornar fatores externos como a sazonalidade da produção de forragem. É possível fazer isso usando estratégias de suplementação que ajudarão a manter a curva de crescimento constante — o chamado “boi 777”.

Considere o seguinte exemplo:

  • um boi chega à desmama oito meses depois do nascimento, em plena estação das águas, com 210 quilos;
  • durante a fase de recria, que dura 12 meses, ele passa por dois períodos: uma seca e outra estação de chuvas;
  • para não perder peso na época do ano em que chove pouco, recebe suplementação proteica de 0,3% do peso vivo e atinge 282 quilos — aqui ele já pesa cerca de 9,5 arrobas;
  • com o passar do tempo e a volta da estação das águas, este boi volta a alimentar-se de pasto e chega à marca de 14 arrobas;
  • este animal será encaminhado à terminação, que durará os próximos quatro meses, pesando 21 arrobas e engordando 1,3 quilos por dia.

Observe que neste caso mesmo que o confinamento aconteça durante um segundo período de seca, o boi termina em menos tempo que um animal que não tenha passado por essa estratégia (em cerca de 2 anos) e apresenta resultados mais expressivos.

É fundamental que o produtor saiba que quanto menor a idade de abate, maior a rentabilidade do rebanho. A estratégia é reduzir a idade de abate, o que acontece quando se consegue diminuir a duração da fase de recria. Esta etapa pode variar entre 12 e 36 meses e ela é a única fase com tempo variável ao longo do ciclo produtivo. Daí a necessidade de dar a devida atenção à recria de bezerros.

Para saber mais sobre como manter a boa gestão da recria de bezerros, acesse o nosso site e leia o nosso blog, que trazem informações atualizadas para orientar os produtores sobre como aumentar a lucratividade do próprio negócio.


Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

controle de gado de corte

Lucro na operação pecuária: como não deixá-lo à margem do negócio

lucro na operação pecuária
A tecnologia e a integração entre a lavoura e a pecuária estão entre as alternativas aliadas para que o lucro na operação pecuária seja cada vez maior.

 

A cadeia produtiva da pecuária de corte é um segmento do agronegócio brasileiro com elevada concorrência, incertezas, diferentes resultados e faixas de ganho. O país tem o segundo maior rebanho bovino do mundo de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com um sistema de produção complexo e diversificado, para conquistar, manter e aumentar o lucro na operação pecuária cada produtor precisa considerar dados e ferramentas que dão ao gerente da propriedade e toda sua equipe condições para desenvolver seu sistema de produtividade e rendimento combinando metas às condições ambientais e mercadológicas.

 

É claro que o produtor não deve se apropriar de uma operação específica pensando somente em seu fim, mas encará-la como uma maneira de atingir suas metas – que precisam estar suficientemente claras por meio de números e previsões. Tomar decisões baseadas exclusivamente na intuição é um risco que o empresário rural não está mais disposto a correr. E isso tem feito a diferença nos resultados das fazendas e no desempenho da pecuária brasileira. A adoção da tecnologia e o acompanhamento detalhado dos diversos indicadores da fazenda – operacional, zootécnico, financeiro e administrativo – baseado na análise de informações precisas melhora consideravelmente a rentabilidade do negócio. Um dos indicadores a serem observados com atenção é o de ganho médio diário (GMD) e lotação.


Alguns especialistas são taxativos e dizem que lotações inferiores à 1 UA/ha e ganho médio diário inferior a 420 gramas são um forte impeditivo para que a propriedade lucre mais. Neste sentido, há aspectos importantes que podem ajustar melhor a operação ao resultado:

 

  • previsão de abate: quantos animais serão abatidos e quando;
  • previsão de desmame;
  • plano técnico para atingir a meta proposta.

 

Sobre este último tópico, inclusive, é importante saber que donos de propriedades de confinamento de gado de corte que utilizam softwares de gestão têm 74% de aumento na produtividade. A informação é impactante pelo volume e comprovada por especialistas que já analisaram os movimentos de fazendas com e sem a adoção da tecnologia. Além disso, eles têm gastos operacionais 20% menores e obtêm 16% mais de economia nas despesas administrativas. Ou seja, o capital investido em tecnologia retorna rapidamente ao caixa em forma de aumento de produtividade e de redução de custos.

 

Para chegar a tais números, especialistas e estudiosos se debruçaram sobre fazendas de todo o Brasil para entender o que elas tinham em comum e como registravam esse avanço. A curiosidade se deu justamente pela mudança radical na produtividade das propriedades em pouco mais de 40 anos: nos anos 60 e 70, a pecuária brasileira era essencialmente extensiva, com pouquíssimo controle das informações e, quando esse acontecia, se dava considerando anotações manuais em papel, por funcionários que podiam se equivocar em um dado ou outro. Não existia a cultura que entende e valoriza um sistema avançado de coleta e análise de dados, coisa que começou a ser procurada pelos melhores produtores do país que focam essencialmente em dois fatores: qualidade e sustentabilidade econômica.

 

Essa mudança de pensamento elevou a média de produtividade da pecuária brasileira para 5,57 arrobas por hectare entre os anos de 2013 e 2017, conforme publicado recentemente no estudo Ativos da Pecuária de Corte, feito pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Isso é 22,2% a mais do que os índices obtidos entre 2007 e 2012

 

Quem obtém lucro na operação pecuária de corte?

 

A Agropastoril Campanelli é uma empresa familiar que atua na agricultura e na pecuária e que se tornou referência em gestão de confinamento no Brasil, sendo essa sua principal atividade. O uso da tecnologia está no DNA da empresa que desde o início da operação, há 8 anos, já fazia o controle de dados do confinamento. Contudo, a partir de 2015 com a implantação de soluções mais modernas a empresa integrou os módulos de controle para gestão do confinamento, automação do trato e rastreabilidade que otimizou a operação e permitiu o acompanhamento minucioso de todo o ciclo produtivo facilitando a administração do confinamento.

 

— Hoje estamos num nível de gestão no confinamento que sem esse software a gente nunca estaria. A gente tem desde a gestão da rastreabilidade até a gestão do fornecimento todo automatizado, atualmente na fazenda a gente não usa mais papel. – diz Victor Campanelli sobre a virada do sistema com a tecnologia integrada na administração do seu negócio.

 

O primeiro passo para isso acontecer é fazer uma coleta precisa para gerar dados confiáveis. O segundo e o mais importante passo na gestão eficiente do confinamento de gado de corte, é analisar os dados corretamente, preferencialmente com o apoio de uma equipe especializada, formada por zootecnistas e estatísticos para interpretar o que o software recebe de informação e converter em gráficos de curva de evolução.

Integração entre lavoura e pecuária é alternativa para aumento na margem de lucro

 

Integrar à atividade pecuária à agrícola tem sido uma alternativa adotada por produtores de gado de corte para aumentar o lucro na operação. A prática da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é vantajosa, uma vez que proporciona melhorias do solo e do pasto. Além disso, observa-se resultado positivo de ganho de peso do rebanho durante todo o ano.

 

O coordenador de Integração Lavoura-Pecuária (ILPF) da Cooperativa Agroindustrial Cocamar, Renato Watanabe afirma que o sistema que pode se tornar fundamental em um futuro nada distante permite intensificar a produção e pode contribuir para a consolidação do Brasil como produtor mundial de alimentos prezando pela preservação das florestas.

 

Em Altônia, noroeste do Estado paranaense, os custos da atividade pecuária e das despesas da Fazenda Califórnia são oriundos da produção de soja. O produtor progride de forma significativa com a adoção do sistema que integra a lavoura com a pecuária. Armando Gasparetto, dono da propriedade, se mostra satisfeito com os resultados e afirma não enxergar futuro para a pecuária sem integração com a agricultura – o que afeta diretamente o lucro na operação pecuária. “Antigamente, quando falavam de reformar o pasto, já ficava preocupado. Hoje, acredito que sem a integração é impossível trabalhar. Essa prática foi a solução pra mim, indico e aconselho a todos que conheço”.

 

Segundo o pecuarista, o cultivo contínuo de soja, capim e a criação de gado interrompeu o efeito sanfona. Ou seja, o ganho de peso do rebanho no verão e a perda de peso durante o inverno. O que interferia no abate animal, que chegava a passar de dois anos. A prática de integração ao permitir aproveitamento do solo e do pasto, manteve o campo em bom estado até mesmo no inverno, garantindo o peso animal. A Fazenda Califórnia somou aos resultados positivos desta integração, o ganho de peso diário do gado de 1,2 kg/cabeça, em uma área onde a média diária é de 250 gramas.

 

Para que o sucesso que envolve o aumento do lucro na operação pecuária possa ser atingido, o produtor precisa contar com planejamento e apoio profissional e eficaz, uma vez que o sistema de integração com a agricultura exige uma quantidade maior de processos acontecendo ao mesmo tempo dentro da propriedade. Além disso, para implantar tal sistema é necessário investir, seja na correção do solo, custo operacional com maquinário, ou ainda com necessidades específicas. Mas, vale ressaltar que a expectativa de reversão do capital investido é de um ano.

 

Lucro na operação pecuária: nem todos conseguem aferir

 

Talvez você não saiba, mas a maioria das propriedades pecuárias do Brasil não consegue apurar corretamente quanto lucrou ao final do ciclo produtivo. Infelizmente o percentual de negócios nesta situação é altíssimo e pode chegar a 80% das fazendas. A avaliação é do engenheiro agrônomo Daniel Pagotto.

 

Segundo ele, no tocante ao lucro na operação pecuária, falta às empresas o acompanhamento por meio da tecnologia e a adoção de um conceito de gestão financeira que considera aspectos como:

 

  • criação de um orçamento anual;
  • gestão completa e eficiente do fluxo de caixa;
  • estruturação de um balanço patrimonial gerencial;
  • validação de controle de riscos financeiros;
  • compartilhamento das informações aos sócios e herdeiros do negócio.

 

Considere que a observância desses pontos e da adoção da tecnologia na propriedade é o que vai levar a sua propriedade aos próximos 20 anos — e não o que trouxe ela nas últimas duas décadas. E isso inclui rever a margem de lucro por hectare de cada empreendimento.

 

— O lucro médio das fazendas brasileiras de gado de corte é de R$ 37, o que é financeiramente inviável. O objetivo a ser buscado pelos produtores é uma cifra que ultrapassa os R$ 400/ha – , afirmou.

Para saber mais sobre como aumentar o lucro na operação pecuária e transformar a gestão da sua propriedade, acesse o nosso site e leia outros artigos do nosso blog.

 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

Como aumentar a eficiência produtiva por meio da desmama adequada

desmama
Desmama correta: como usá-la para produzir mais

 

Na pecuária de corte, a produção de bezerros desmamados representa a principal fonte de renda para o criador. No entanto, a época de desmame é um período de considerável estresse tanto para a vaca quanto para o bezerro, o que pode causar perda no rendimento de ambos. A utilização de um método de desmama mais adequado e cuidadoso pode melhorar o desempenho reprodutivo do rebanho, sem que prejudique a matriz e o desenvolvimento da cria.

A partir do terceiro mês de lactação, o leite passa a ter pequena participação na dieta do bezerro. E o desmame tradicional normalmente ocorre aos seis ou oito meses de vida. Após essa separação, o comportamento da mãe e da cria é bastante previsível. Nesta condição vacas e bezerros tendem a comer, ruminar e descansar menos e passam mais tempo caminhando e vocalizando repetidamente. São essas alterações de comportamento que indicam que o método de desmama tradicional causa conseqüências negativas sobre o bem-estar animal.

Alguns métodos são recomendados para tornar a desmama menos traumática para ambos. Certas alternativas de manejo otimizam o desempenho reprodutivo e produtivo do rebanho de cria:

  • desmama com visualização;
  • separação em dois estágios;
  • desmama controlada.

Já outras são apontadas como menos eficazes:

  • Separação completa;
  • uso de vacas madrinhas;
  • troca de lotes.

Desmama com visualização

Um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indica que vacas e bezerros ficam mais tranquilos, desde os primeiros dias após o parto, quando colocados próximos uns dos outros, separados apenas por uma cerca, mas mantendo o contato visual. Um estudo da Universidade da Califórnia, aponta que a cria tratada dessa forma pode ganhar a mais até 30% de peso em dez semanas logo após a desmama se comparados aos bezerros desmamados de modo tradicional. Além disso, os animais andaram menos e chamaram menos por suas mães.

Neste caso, ainda que separados por uma cerca, os animais recebem alimentos complementares em cocho comum. O mesmo acontece com a água. Esse método facilita o consumo do bezerro proporcionando aumento de peso.

Ainda segunda a Embrapa, o método reduz consideravelmente o estresse do rebanho de cria. E para garanti-lo é necessário ter uma cerca resistente que impossibilite que a vaca e o bezerro se juntem novamente. Outra observação acrescentada ao estudo sugere manter usualmente os bezerros no curral de quatro a sete dias após a desmama, fornecendo água, ração no cocho e capim fresco à vontade.

Separação em dois estágios

O processo de desmama por meio de separação em dois estágios é uma alternativa que também aumenta a eficiência produtiva do rebanho de cria. Esse método consiste em evitar que o bezerro mame, no primeiro estágio, usando uma tabuleta no focinho do animal. Essa primeira etapa da desmama deve durar entre quatro e sete dias, e não tem interferência negativa no comportamento do animal que se alimenta e caminha pelo mesmo tempo que animais sem a tabuleta e também não vocalizam. Para o segundo estágio, o método indica a separação de mãe e cria. De acordo com a Embrapa, os bezerros desmamados em dois estágios apresentam comportamento positivamente significativo se comparados com os bezerros desmamados de forma tradicional:

  • vocalizam 85% menos;
  • caminham 80% menos;
  • passam 25% mais tempo se alimentando;
  • descansam 24% mais tempo;
  • sete dias após a separação ganham peso significativamente mais elevado.

A dificuldade desse método está na colocação e retirada das tabuletas, sobretudo em rebanhos grandes. Portanto, alguns cuidados são indicados para adoção deste manejo.

  • O tratamento preventivo de doenças e o controle de ecto e endoparasitos deve ser feito seguindo rígido manejo sanitário.
  • Aplicação de vermífugos, vacinas e castrações devem ser feitas quatro semanas antes e evitadas durante a desmama.
  • Os bezerros precisam ser checados regularmente. E em caso de doença, devem ser isolados imediatamente para tratamento e para evitar contágio dos demais.
  • É importante evitar distúrbios nos bezerros recém-desmamados. O ideal é evitar comercialização e transporte dos animais.
  • E os piquetes precisam estar protegidos contra estresses climáticos.

Desmama controlada

Para a técnica de desmama controlada recomenda-se que os bezerros separados de suas mães sejam colocados para mamar duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra à tarde. É importante que durante o tempo em que não estiverem juntos, os bezerros fiquem no pasto com capim. Ainda que não haja avaliação científica que prove a eficácia desse manejo, pecuaristas se dizem satisfeitos com os resultados da técnica. Esse método torna sugere o afastamento da cria com a vaca seja progressivo, o que torna a desmama mais suave. Outra vantagem é que como os bezerros são estimulados a pastar, ganham peso ao mesmo passo em que as mães se recuperam.

Separação completa

Outra alternativa de manejo para a desmama do rebanho de cria é a separação completa. Neste método, os animais são separados e colocados em áreas afastadas de modo que mãe e cria não possam ouçam a vocalização um do outro. Recomenda-se que as vacas sejam retiradas para outro setor da fazenda.

Já os bezerros devem permanecer na área em que estão acostumados ficar por questão de familiaridade com o local. No entanto, havendo necessidade de remover a cria para outras áreas, é imprescindível que o bezerro seja transferido e goze de maior conforto possível, com água em abundância, sombra e abrigo do vento. Vale ressaltar que esse método provoca alterações no comportamento dos bezerros reduzindo assim seu desempenho.

Uso de vacas madrinhas

Embora pesquisadores da Universidade de Saskatoon, no Canadá, considerem a substituição das mães por vacas de descarte um método com pouco ou nenhum benefício, essa é também uma técnica de manejo do rebanho de cria. O objetivo é fazer com que os bezerros se alimentem mais rápido e também estabilizar o ambiente social do animal. Mas o que os pesquisadores canadenses constataram é que usar vacas madrinhas junto ao rebanho recém desmamado não melhora o desempenho, imunidade e saúde. Além disso, o comportamento do animal é semelhante ao dos desmamados abruptamente.

Troca de lotes

Também testada pela Universidade de Saskatoon, a divisão do rebanho em dois lotes de vacas e bezerros, promovendo a troca das vacas do lote original também não se mostra funcional para a desmama. Em ambos os casos mães e crias procuravam seus pares. E a técnica não demonstrou benefício no comportamento animal.

Cuidados garantem resultados

Desde que tomados os cuidados necessários, segundo a Embrapa, a utilização de métodos da desmama mais adequada pode melhorar não só o desempenho produtivo mas também reprodutivo do rebanho. E a eficácia de cada método vai sempre depender da disponibilidade de forragem e do estado nutricional das vacas e novilhas.

Portanto, é válido ainda enfatizar que para que os resultados sejam os melhores possíveis, independente do manejo escolhido, estabelecer uma estação de monta de curta duração de maneira que o período de maior requerimento nutricional das vacas coincida com o período de maior disponibilidade de forrageiras de boa qualidade é também de extrema importância.

Para medir e acompanhar se o método escolhido está funcionando para sua fazenda é fundamental ter e analisar as informações de desempenho das vacas e dos bezerros durante a desmama. Só assim é possível identificar os pontos sensíveis de melhora e os que estão de acordo com as metas e índices determinados na estratégia. Coletar, gerenciar e analisar as diversas informações do rebanho e cada manejo ao longo do processo de desmama exige a utilização de recursos tecnológicos.

Continue acompanhando as informações do nosso blog para saber mais sobre oportunidades de gestão, produtividade e tecnologia que ajudam a transformar positivamente a sua propriedade e aumentar a lucratividade do seu negócio.

Hora do trato – O que podemos melhorar?

Nesta série de artigos de Nutrição, mostramos pontos importante a serem gerenciados em um confinamento para uma pecuária de sucesso. Caso não tenha lido os outros 2 artigos, recomendo a leitura para acompanhar o raciocínio.

Amplamente conhecido como “trato dos animais”, abordaremos o fornecimento da dieta e seus respectivos gargalos operacionais.

Os bovinos são animais que desempenham melhor quando manejados de maneira estável e o confinamento deve seguir uma rotina diária para melhores resultados. O uso de tecnologias e softwares de gestão como o TGC e a Automação GA, auxiliam neste processo.

É muito comum ocorrer atraso no trato por diversas razões, como manutenção do caminhão, atraso na fabricação, atraso na leitura de cocho. Quando isso acontece, os animais respondem negativamente, pois ficam com a quantidade de comida abaixo do planejado no cocho, o que diminui o consumo e afeta o ganho de peso diário. Além do desempenho animal, o processo de fabricação é prejudicado, pois muitas vezes é feito às pressas com dosagem errada dos ingredientes, causando a fabricação de uma dieta diferente da planejada pelo nutricionista e até fornecimento da quantidade errada.

Quando se automatiza o trato, a eficiência desse processo melhora com correção dos problemas citados acima, otimização do tempo (sobra mais tempo para manutenção dos maquinários e equipamentos) e, consequentemente, a redução dos custos com menos desperdícios.

Benefícios do trato eficiente:

  • Reduz o ciclo de produção (tempo entre uma fabricação e outra);
  • Otimiza o uso dos equipamentos: aumento da capacidade de atendimento, o que permite ter menos caminhões ou mais bois;
  • Reduz o tempo gasto no fornecimento: em média de 3 horas / reduz horas extras;
  • Quantidade real do que foi fornecido;
  • Apuração do custo alimentar é fiel à fabricação – para cada batida fabricada o custo é referente aquele lote.

Fornecimento da dieta

Existe uma diferença entre a dieta que foi prevista e a que realmente foi fornecida ao animal e, quando separamos pelos tipos de dietas (adaptação, crescimento e terminação), vimos que o erro de leitura de cocho e fornecimento é maior dentro da fase de adaptação, quando comparado com as outras. A quantidade fornecida fica desbalanceada, comprometendo o desempenho do animal e custos.

Dessa maneira, vamos elencar algumas práticas de melhorias que podem ser implementadas com facilidade dentro do confinamento.

Boas práticas de fornecimento

Desempenho do animal: o que o boi “fala” sobre a eficiência dos processos

Em parceria com a Intergado, analisamos os dados coletados através das balanças eletrônicas e obtivemos 600 pesagens de cada animal (lote composto por 70 cabeças) em um período de 100 dias de cocho. Concluímos que o desempenho do animal é positivo quando os processos estão alinhados e o manejo correto. Índices como o GPD (ganho de peso diário) e peso do animal vivo se mantém constantes em todo o período de cocho.

Por sua vez, quando há mudanças no manejo, vemos a diferença desses mesmos índices zootécnicos. No gráfico abaixo, diante das altas dos insumos, o pecuarista foi obrigado a fazer uma mudança de alguns ingredientes sem alterar a composição da dieta. A 1ª mudança foi em substituição do milho na dieta, afetando o desempenho para 1,60 kg/dia.

Na sequência, houve uma leve recuperação, porém a 2ª mudança ocorreu quando não conseguiram sustentar os estoques e tiveram que recomprar, houve então outra queda. Na 3ª mudança, houve retorno do milho à dieta, quando os animais se estabeleceram e voltaram muito próximo ao GPD inicial, porém parte desse retorno é ganho compensatório devido aos meses anteriores que foram ruins.

Ao considerar o cenário ideal, sem as trocas de dietas, o peso projetado para os animais do lote seria de 573,44 kg. Neste caso, os animais estariam prontos com 9 dias a menos de cocho e um custo reduzido de R$117,00/cabeça (considerando uma diária de R$13,00).

Fica claro a necessidade de observamos o animal com profundidade e, para isso, o pecuarista precisa ter dados e ferramentas que o auxiliem na tomada de decisões.

Neste caso avaliado, em uma propriedade com 5 mil cabeças e 2 giros ao ano, haveria uma redução de custos de mais de R$1,6 milhão, considerando que com a automação da fábrica, haverá uma melhoria na eficiência de fabricação (redução de R$483.600,00) e a saída antecipada dos animais em 9 dias (redução de R$1.170.000,00).

Em anos desafiadores com margens estreitas e necessidade crescente de uma gestão com alta maturidade, fica claro que os investimentos em tecnologias de gestão podem auxiliar o pecuarista nas melhores decisões, gerando mais lucratividade à propriedade.

Mas você pode estar se perguntando, quanto custa esse investimento? Ele realmente vale a pena? Veja abaixo as possíveis reduções e o retorno do investimento com a fábrica e fornecimento automatizados.

É evidente que o retorno sobre esse investimento se pague rapidamente, considerando o investimento de longo prazo. Atualmente, a GA possui um simulador de fábrica de ração, onde é possível simular sua propriedade e custos e assim, avaliar a sua realidade.

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Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Análises:

Time de Estatísticos e Cientistas de Dados GA e Intergado

Produção do conteúdo:

Milena Marzocchi (Analista de Negócios da GA)

Zootecnista, mestre em produção animal sustentável, especialista em marketing.

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