• Início
  • Quem Somos
  • Soluções
    • TGC – Gestão de Confinamento
    • TGT – Gestão em Trato
    • TGR – Gestão em Rastreabilidade
    • ECOSSISTEMA GA
  • Orçamento
  • Blog
  • Suporte
  • Contato

A importância de adotar um sistema moderno de controle de gado

controle de gado

Não pode ler agora? Ouça o post clicando no player:

A possibilidade de aumentar a rentabilidade e a produtividade da fazenda está direta e intimamente ligada ao controle de gado, feito de forma minuciosa. Diferentemente do que acontecia há cerca de 50 anos, quando a pecuária de corte ganhou traços mais industriais no Brasil, a quantidade de fatores que interferem na qualidade e no volume da carne aumentou significativamente. Graças ao conhecimento mais aprofundado da produção, o pecuarista está mais atento a detalhes, que antes passavam despercebidos, e que podem significar a diferença entre ter lucro ou não.

A velha máxima “o olho do dono é que engorda o boi” já não é mais verdadeira. Antes era comum, pela falta de dados precisos sobre o rebanho, o dono ficar de “olho” apenas no valor de venda da arroba sem considerar os demais custos envolvidos, imaginando que apenas as oscilações do mercado interferiam no resultado da produção. Esse costume, que chegou a estar presente em 80% das fazendas brasileiras nos anos 90, acaba por contribuir para a formação de um ciclo de erros constantes que não permitem o acompanhamento detalhado da rentabilidade do negócio, comprometendo significativamente a gestão pecuária.

Em um levantamento feito pela Embrapa Gado de Corte com centenas de propriedades da microrregião de Alto Taquari (MS) há cerca de duas décadas, verificou-se que apenas 4% delas mantinha e atualizava um planejamento detalhado sobre os rumos da produção. O mesmo percentual compreendia os produtores que tinham registros que possibilitavam o cálculo; e apenas 12% adotavam fichas de controle de rebanho. A situação, preocupante do ponto de vista da boa gestão, se repetiu em 2011, quando uma nova edição do estudo foi produzida: 93% das fazendas não tinham nenhum tipo de planejamento estratégico de longo prazo para saber aonde a empresa chegaria no futuro.

Neste artigo apresentamos os principais aspectos a serem observados para fazer o controle de gado correto e aumentar a produtividade da fazenda. Acompanhe.

Como fazer o controle de gado adequado às demandas modernas

O principal aspecto para virar a chave na gestão de uma propriedade em direção à alta lucratividade e à melhoria da produção é o entendimento, por parte dos donos e gestores, de que é fundamental ter à disposição todos os dados relacionados ao rebanho e aos processos para tomar decisões mais acertadas. Ainda que o modelo da fazenda seja extremamente tradicional e seja feito há muitos anos da mesma forma, não há como buscar a eficiência gerencial e produtiva sem contar com o apoio da tecnologia. Apesar de existirem plataformas completas de gestão agropecuária à disposição dos produtores, 54% dos que foram questionados pela Embrapa acredita “não ser necessário” medir o desempenho do plantel para garantir a manutenção futura dos lucros.

Essa questão cultural é a base para erros e imprevistos que, na análise detalhada de longo prazo, poderiam ser evitados. O acompanhamento, que em algumas situações é feito em planilhas manuais ou sistemas improvisados, ganhou aliados importantes, dedicados às rotinas da fazenda, que permitem a leitura de diversas informações provenientes de várias fontes diferentes, a qualquer momento.

Monitoramento de dados: a base do controle de gado eficiente

O volume de informações a serem coletadas e processadas pelas fazendas pode ser uma das justificativas dos produtores que mantêm os métodos tradicionais na gestão da propriedade. De fato, ao fazer o controle individual do plantel, o acompanhamento gera uma grande quantidade de dados, já que cada animal tem histórico de informações relacionadas ao consumo, ganho de peso, aplicação de medicamentos e outros aspectos. Isso deve ser analisado de forma particularizada, permitindo a aferição individual da performance.

Em se tratando de um sistema produtivo de engorda tipo confinamento, a coleta e triagem dessas informações pode ser facilitada. Por meio do controle por lotes, os indicadores aparecem reunidos conforme a especificidade de cada conjunto de indivíduos. Eles podem ser agrupados por raça, categoria, aspectos genéticos e tempo de vida, por exemplo, permitindo a elaboração de comparações considerando dados zootécnicos, financeiros e outros critérios. Nesse sistema, a escolha de uma plataforma completa de gestão agropecuária é fundamental para permitir ao produtor predizer o ponto ótimo de abate de cada animal ou lote e, assim, identificar a janela de abate de maior lucratividade para a fazenda.

O sistema, além de possibilitar a gestão mais eficiente da informação, padroniza e simplifica a coleta dos dados. Pelo método, a facilidade se dá pela possibilidade de inserir todas as informações do negócio no sistema. Basta o gestor informar quanto de alimentação foi fornecida e consumida, quais medicamentos foram administrados e outras variáveis para obter um “retrato” atualizado da propriedade. Softwares mais avançados são integrados com sistema de automação da fábrica de ração e da distribuição do alimento nos cochos, eliminando a coleta manual dos dados. Nesses casos, os sistemas existentes se conectam com sensores dos equipamentos e lêem os dados em tempo real, aumentando o grau de precisão dos relatórios e balanços.

Exemplos de informações que podem ser obtidas a partir do uso de um software de gestão agropecuária:

  • Controle de contrato (compra, Boitel, parceria produzida);
  • Peso de entrada individual e por lote;
  • Peso de saída individual e por lote;
  • Identificação individual por animal (SISBOV ou número de controle);
  • Consumo de matéria seca/dia por animal e lote;
  • Previsão de fornecimento diário de ração com base na leitura de cocho digitalizada;
  • Controle de eficiência na fabricação e fornecimento de ração;
  • Controle de estoque de insumos;
  • Controle sanitário;
  • Rendimento de carcaça;
  • Ganho líquido de carcaça;
  • Custo por arroba produzida;
  • Lucro por arroba;
  • Lucro total;

Para aumentar a precisão dos dados coletados e ampliar as possibilidades de controle e gestão das informações é fundamental analisar as funcionalidades do software. Exemplos de funcionalidades a considerar:

  • Integração com o software de rastreabilidade;
  • Integração com automação de fabricação e fornecimento de ração;
  • Integração com balanças no curral, na fábrica de ração e nos caminhões de fornecimento;
  • Integração do ERP (Enterprise Resource Planning, um software específico para gestão empresarial);

A decisão sobre o método de controle da produção será do gestor pecuário, mas é importante que ele tenha acesso às ferramentas mais modernas disponíveis no mercado. De fato, a aproximação cada vez maior das atividades dentro da propriedade com a tecnologia é capaz de aumentar a lucratividade com simplicidade e eficiência, interferindo positivamente no alcance das metas produtivas do negócio.

A evolução da pecuária no Brasil

Pecuária no Brasil: Tecnologia tornou o país o segundo maior produtor de carne do mundo

Pecuária no Brasil
Entenda como a Pecuária no Brasil evoluiu tanto nos últimos anos

 

Não pode ler agora? Ouça a matéria clicando no player:

 

O Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017 o país tinha 226 milhões de cabeças, o que corresponde a 22,64% do total mundial. A vice-liderança se dá porque a Índia tem, no comparativo internacional, 303 milhões de animais (30,39% do total). A pecuária no Brasil evoluiu, e hoje permite suprir a demanda interna com carnes de alta qualidade e ainda exportar, mas nem sempre foi assim.

Quem olhar dados históricos do mercado e da cadeia produtiva do gado de corte do final dos anos 60 e compará-los com os números recentes, vai perceber uma diferença. Antes o tipo de propriedade administrada pelos fazendeiros tinha uma característica em comum: grandes áreas de pastagem. Os números mostram, no entanto, que agora a prioridade é a pecuária intensiva e o foco está na produção de qualidade.

Área maior, produtividade menor

Há cerca de 40 anos, o país tinha menos da metade do rebanho atual. O que era produzido pela pecuária no Brasil não atendia a demanda da população interna e o mercado externo não era considerado prioritário. A cadeia foi embalada sobretudo pela inserção de novas raças que eram fruto da política do governo para o setor pecuarista. Na época, a região Centro-Oeste protagonizou uma explosão no número de propriedades, já que a área apresentava aspectos naturais e geográficos mais adequados do que os de outros estados, além de um bom posicionamento que dava condições logísticas ímpares no momento de escoar a produção.

Mas a prioridade da região nessa época não era exatamente a modernização da produção, focando na produtividade do plantel. As propriedades eram muito grandes e o gado criado solto crescia em número de cabeças, deixando de lado características que hoje fazem da pecuária do Brasil uma das mais modernas do mundo.

Salto de produtividade

Em 40 anos, o rebanho mais que dobrou no país. Um detalhe importante é que a área de pastagens não cresceu na mesma proporção — em alguns casos, até diminuiu. Isso reflete a melhoria da produtividade, que é obtida por meio do controle de elementos altamente influenciadores no processo como o ganho de peso dos animais, a diminuição da mortalidade, o aumento nas taxas de natalidade e na diminuição progressiva da idade de abate.


O conjunto de atitudes tomadas pelos produtores e donos de propriedades que começaram a perceber a importância de se investir em tecnologia foi o que proporcionou, ao longo das duas últimas décadas do século XX, o crescimento desta atividade produtiva. Desde o ano 2000, o abate de bovinos cresceu cerca de 90% — o que posicionou o Brasil como um dos maiores exportadores do globo. No ano de 2018, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que o volume total de carne bovina produzido aqui será de 9,9 milhões de toneladas, acima das 9,5 milhões registradas no ano passado. Mas para concretizar essa previsão, será preciso investir cada vez mais em tecnologia.

Pecuária no Brasil: inovação quadruplica produção

A ideia de que a pecuária deve se aproximar cada vez mais da agricultura não é exatamente nova, mas tem ganhado cada vez mais evangelistas nos últimos anos. Para alguns especialistas, esse é o único caminho de fazer com que propriedades produzam cada vez mais por hectare anualmente. O agrônomo Ivan Wedekin, por exemplo, afirma que a pecuária brasileira tem apresentado números ascendentes ano após ano, mas “é a hora de olhar e cuidar da pecuária como se cuida de uma lavoura”. Segundo o consultor, essa nova visão depende de investimentos para integrar sistemas dentro da porteira, já que o controle dos diversos fatores que contribuem para a criação de gado de corte de qualidade tem que ser rigoroso.

Pecuaristas que implantam sistemas dedicados à gestão agropecuária conseguem produzir mais de 20 arrobas por hectare/ano, cerca de quatro vezes mais do que quem adota técnicas mais antigas de controle de pasto, alimentação e outros fatores. Essa diferença acontece porque as plataformas modernas interligam todas as áreas da fazenda, permitindo o monitoramento em tempo real dos cochos, da engorda dos animais, do manejo e indicando o ponto ótimo para o abate.

Continue acessando o nosso blog para saber como aumentar a produtividade e a lucratividade dos seus negócios agropecuários! Nosso objetivo é estimular a pecuária no Brasil e ajudar produtores a melhorarem seus resultados.

Se você se interessa por pecuária no Brasil, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Estação de monta: boas práticas para gerar melhores resultados na sua propriedade
  • Recria de bezerros: como manter uma boa gestão
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

7 passos para aumentar a Produtividade

Ser pecuarista não é uma tarefa simples, pois é uma atividade sujeita à uma série de fatores externos como oscilações do mercado, altas dos insumos, alta dos preços de reposição, custos com logística, entre outros. Queremos trazer neste artigo o que pode ser feito “dentro da porteira” para alcançar o máximo desempenho produtivo e financeiro do negócio.

A gestão da produtividade envolve diversos fatores que vão interferir na resposta do animal. É importante que o produtor conheça e controle todos os ativos da propriedade. As estratégias nutricionais estão atreladas ao tipo de animal manejado e ao produto que se deseja entregar no final do processo, visando mercados específicos e alguns tipos de bonificações mais rentáveis associadas às características do animal.

A grande questão é que, para uma gestão eficiente da produtividade, precisamos entender a reposta do animal de acordo com o modelo de negócio escolhido.

Fatores relacionados à produtividade:

  • Tipo de produto (boi);
  • Estratégia nutricional;
  • Gestão da sanidade;
  • Gestão do resultado.

Tendência histórica – Produtividade

Avaliamos os 5 primeiros meses dos últimos 3 anos e, apesar do valor de venda do boi gordo ter aumentado significativamente, verificamos um aumento considerável do custo alimentar e do custo do boi magro, o que ocasionou achatamento da margem.

Em 2020, a maioria dos produtores conseguiu trabalhar estocado, o que permitiu maiores margens frente a alta do preço da arroba. Em 2021, o cenário mudou completamente com escassez de animais de reposição e a alta dos principais insumos da nutrição. Nesse ano desafiador, o produtor deve aproveitar o máximo potencial do animal para agregar mais valor e garantir uma margem mais segura para o negócio.

Sabemos que a compra e a venda estão muito ligadas às variações do mercado pecuário, não permitindo interferências do produtor, dessa maneira, o pecuarista deve se atentar aos processos “dentro da porteira”, principalmente relacionados ao balanceamento da dieta, manejo nutricional e sanidade do rebanho.

Importante lembrar que, nem sempre, aumentar os índices produtivos está relacionado a colocar mais @ por animal, mas sim evitar que ele tenha perdas de desempenho durante o processo produtivo, agregando maior valor à carcaça.

7 passos para o produtor aumentar a produtividade do seu confinamento

Utilizar ferramentas de monitoramento do animal em tempo real e de automação de processos (fábrica e fornecimento de ração), permitem potencializar os resultados em três áreas fundamentais do negócio pecuário. São elas:

Na Nutrição

  1. Ajustar o balanceamento de acordo com a resposta animal;
  2. Evitar troca de ingredientes; (Saiba mais clicando aqui) *
  3. Controlar o estoque de insumos (disponibilidade X custo).

* direcionar para o artigo de nutrição 3

No Manejo

  • Potencializar o consumo pelo animal (batidas mais homogêneas para evitar a seleção);
  • Reduzir os desvios operacionais (dieta formulada x fabricada x fornecida x metabolizada).

Na Sanidade

  • Estabelecer níveis de alerta de perda de peso (indicativo de animais clínicos e subclínicos);
  • Lançar corretamente os motivos de tratamento para identificar tendências e recorrências por origem, por manejo ou por dieta.

Fica claro que acompanhar e gerir melhor os dados da propriedade, pode trazer retorno em produtividade e desempenho dos animais que estão diretamente relacionadas às melhorias financeiras do negócio. 

Para acessar mais conteúdos como este, não deixe de participar nossa Trilha de Conhecimento. Saiba mais em: Trilha do Conhecimento GA

Conteúdo e Estudos:

Marcelo Ribas (CEO Intergado)

Veterinário, doutor em Zootecnia e responsável pela área de pesquisa e inovação da Intergado.

Paulo Marcelo (CEO da GA)

Zootecnista, mestre em Produção Animal e pioneiro na aplicação da ciência de dados na pecuária.

Produção do conteúdo:

Kelly Alves (Diretora de Marketing da GA)

Milena Marzocchi (Zootecnista e Analista de negócios da GA)
Jade Medeiros (Redatora)

Análises:

Vinícius Felix (Mestre em bioestatística e Diretor de P&D da GA)

Luigi Cavalcanti (Doutor em zootecnia e head de P&D da Intergado)

+Time de estatísticos e cientistas de dados (GA e Intergado)

5 dicas para aperfeiçoar a gestão de fazendas

Gestão de fazendas
A gestão de fazendas pode melhorar se você seguir algumas dicas básicas. Confira 5 recomendações que vão ajudar muito sua produção agropecuária!

Não consegue ler agora o artigo “5 dicas para aperfeiçoar a gestão de fazendas”? Clique no play e ouça o conteúdo:

 

Até metade da próxima década, o crescimento da produção de proteína animal bovina deve alcançar taxas superiores a 2% ano ano. Ao final desse período, a quantidade de carne produzida em 2027 deve ser de 11,4 mil toneladas — uma variação de 20,5% em relação ao volume que foi produzido no ano passado. Para aproveitar as boas perspectivas de crescimento do mercado no médio e longo prazos, é fundamental manter o foco na gestão da fazenda e evoluir constantemente.

 

O crescimento da demanda é acompanhado pelo aumento das exigências na qualidade da carne, da sustentabilidade do processo produtivo e da diversificação dos mercados. Para se manter competitivo e lucrativo é preciso monitorar e analisar constantemente os diversos indicadores do negócio para planejar o crescimento da fazenda e acompanhar os movimentos mais favoráveis do setor. Essas orientações também são válidas para negócios recém-adquiridos ou que estão apresentando rentabilidade mais baixa do que o esperado. Agora é a melhor hora para ter a rédea do negócio nas mãos. O importante é ficar atento e ler este texto até o final; Com certeza essas dicas vão ajudar a elevar — e muito — o nível da pecuária praticada do lado de dentro da sua porteira.

 

Na gestão de fazendas é preciso conhecer profundamente o negócio

 

A maioria dos donos e gerentes de propriedades pecuárias do Brasil conhece muito sobre a atividade e os processos que envolvem a produção de gado de corte, mas somente há poucos anos os gestores vêm buscando mais conhecimento em administração e gestão empresarial. E a transição de produtor tradicional para empresário rural passa pelo controle aprofundado de todos os números do negócio e pela análise dos seus impactos na eficiência e rentabilidade de cada operação. Para coletar, processar e analisar uma grande quantidade de dados é fundamental usar ferramentas robustas e completas que permitam gerar histórico por animal e operação, além de fazer o cruzamento de informações necessárias ao planejamento do futuro do negócio.

 

Independente do tamanho da fazenda e do plantel, a gestão da informação feita da forma adequada é o melhor caminho para reduzir os riscos e alavancar o negócio. Para fazer a escalada tecnológica da sua fazenda é preciso entender qual o nível de controle atual e estabelecer uma meta de evolução; assim será mais fácil identificar qual solução deve ser implantada primeiro e quais são os próximos passos a seguir.

 

Um caso de escalada tecnológica bem sucedida é o da Fazenda Nova Piratininga, localizada no município de São Miguel do Araguaia (GO) — uma das maiores do Brasil. Com uma área de mais de 205 mil hectares, o empreendimento tem pelo menos 130 mil cabeças de gado, 1,7 mil quilômetros de estradas, 1,8 mil pastos e cerca de 300 funcionários. Os números são impressionantes — sobretudo os de área, que a colocam acima de metrópoles como o Rio de Janeiro ou Nova Iorque em extensão territorial. Claro que hoje a fazenda tem um grau de sofisticação e profissionalismo na gestão sem precedentes, mas nem sempre foi assim.

 

Segundo o gerente administrativo do negócio, José Cláudio da Silva (49), há sete anos, quando ele chegou na propriedade, o que viu foi uma mega-estrutura subutilizada: havia área construída, espaço para equipamentos, mas faltava colocar o foco na produtividade.

 

— O negócio não tinha quase nenhuma tecnologia, o manejo não existia. Sem a gestão correta, tudo é mais difícil. Costumo fazer a seguinte comparação: sem a inteligência dos softwares de pecuária, até uma chácara fica muito grande para se administrar — afirma o gestor.

 

Com a tecnologia, no entanto, qualquer fazenda, por maior que seja, fica “pequena”. Por isso a preocupação foi, num primeiro momento, montar uma equipe e planejar quais seriam os próximos passos. Era preciso fazer um “inventário” do que existia, qual era o tamanho do rebanho e como ele poderia produzir mais.

 

— No primeiro ano nós não tínhamos nenhum controle, não sabíamos nem que tipo de gado vivia na propriedade. Buscamos um sistema de gestão agropecuária justamente para permitir a montagem de um banco de dados, e isso ajudou muito a preparar as equipes e mudar as rotinas que não funcionavam do jeito certo — diz.

 

Manejo adequado: fundamental para a gestão de fazendas

 

O próximo passo era qualificar os funcionários e fazer com que eles unissem a tecnologia ao conhecimento que muitos já traziam de experiências anteriores e da prática no campo. Muitos bois, ainda que dentro da fazenda, eram criados quase que de forma extensiva e, portanto, quase não passavam por nenhum tipo de manejo. O primeiro desafio foi fazer a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), para capacitar a equipe e educar o gado, levando-o aos currais.

 

Vencida esta etapa, o ciclo seguinte melhorou de forma quase que automática: tornou-se possível, por meio de números que começaram a apresentar a situação real da propriedade de forma mais clara, acompanhar e monitorar questões fundamentais relacionadas à sanidade animal, empastamento, localização do gado e aspectos reprodutivos — hoje a Nova Piratininga trabalha com cria, recria e engorda das raças Nelore e Angus.

 

Gerenciamento preciso de informações

 

A organização geral da propriedade nos últimos anos gerou uma “enxurrada” de dados que começaram a retratar a fazenda de forma muito mais precisa do que acontecia antes. Agora é possível acompanhar, prever e direcionar precisamente a alimentação, a imunização e fases importantíssimas como a cria, a recria e a engorda, buscando mais produtividade e qualidade.

 

— Na estação de monta do período 2017/2018, trabalhamos com 52 mil matrizes. Fizemos 68 mil protocolos de IATF e só aí fizemos mais de 360 mil manejos — compara o administrador da Nova Piratininga.

 

As informações mais precisas permitem gerenciar 35 currais de modo simultâneo. Além de saber em tempo real o que acontece em cada um deles, é possível estimar resultados e intervir na produção, de modo a obter o melhor resultado no final do ciclo produtivo.

 

— A análise de dados nos dá poder para ver como a produtividade da fazenda evoluiu ao longo do ano e comparar, rapidamente, com o que planejamos no mês anterior, para saber se estamos no caminho certo — complementa.

 

Gestão de fazendas com rastreabilidade

 

Com a “casa em ordem”, é muito mais fácil fazer planos de médio e longo prazo. Um deles envolve a conquista de outro tipo de cliente e deve acontecer nos próximos anos.

 

Trata-se da produção de carne de altíssima qualidade para o consumidor final, que está cada vez mais preocupado com a forma de produção dos itens que coloca na mesa. O movimento já foi compreendido pelos gestores da Nova Piratininga, que estão desenvolvendo um projeto para criar um selo de rastreabilidade para o produto.

 

— Nós temos a possibilidade técnica de acompanhar exatamente todos os passos do boi na cadeia produtiva, desde o nascimento até a saída pela porteira. Conseguimos saber como ele foi nutrido, com quais tipos de alimento, que controle sanitário foi feito, para quem foi vendido… É uma riqueza muito grande de informações e queremos aproveitar essa capacidade que temos — diz Cláudio.

 

O acompanhamento individualizado de cada boi só é possível por conta da adoção da tecnologia, pois a quantidade de dados gerada é tão grande que seria impossível acompanhar de forma manual ou pelos métodos tradicionais. “É mais vantagem para o consumidor, que sabe que está comprando carne com qualidade. Quem tiver a rastreabilidade de uma ponta a outra vai sair na frente”, finaliza.

 

Tecnologia para gestão de fazendas

 

A orientação mais importante para que a gestão de fazendas seja aperfeiçoada é a que permitiu a transformação da Fazenda Nova Piratininga: gestão da informação. Isso só é possível tendo os dados na mão por meio da tecnologia. Antes, o olho do dono é que engordava o boi. Agora, “o olho na tela é que engorda o lucro”.

 

Para que tudo isso aconteça, é fundamental compreender a importância que uma plataforma completa de gestão agropecuária tem: é ela quem vai permitir planejar adequadamente, lidar com situações emergenciais e corrigir curvas para chegar à produtividade ideal ao final do ciclo. “É um sonho de todo gestor de fazenda ter uma solução completa, um ecossistema que integre todas as informações em gráficos e planilhas para serem analisados pelos zootecnistas”, afirma Cláudio.

Saiba mais sobre como melhorar a gestão de fazendas usando a tecnologia: acesse o nosso site e leia o nosso blog para conhecer mais técnicas e transformar a sua propriedade.


 

Se você se interessa por pecuária no Brasil, inteligência artificial na pecuária e demais tendências de gestão de fazendas, confira outros materiais publicados no nosso blog:

  • Existe evolução sem revolução? Um breve cenário da pecuária de precisão no Brasil – e o que nos espera
  • Medição de resultados de monta natural e IATF: como a tecnologia pode ajudar
  • A evolução da pecuária no Brasil
  • Gerenciamento rural profissional: o que diferencia um bom de um mau gestor

 

controle de gado de corte

  • « Anteriores
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4

Assine nossa NEWSLETTER e tenha informação de valor na palma da mão!

  • Início
  • Quem Somos
  • Soluções
  • Orçamento
  • Blog
  • Suporte
  • Contato

Todos os direitos reservados à Gestão Agropecuária © 2007 - 2025.